Banco de dados Livre X Proprietário

Neste artigo analisamos todos os aspectos necessários para a avaliação dos bancos de dados. Percebemos a diferença real dos bancos de dados livres e dos pagos. Vimos que é preciso uma boa análise de mercado e também das nossas necessidades para com o banco de dados, para assim poder fazer a melhor escolha.

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Por: tvi em 10/08/2006


Introdução



Como os softwares estão se tornando cada vez mais comuns nos dias atuais, com banco de dados não poderia ser diferente. O mercado de sistemas pagos está bastante consolidado, incluindo grandes corporações como IBM, Microsoft, Oracle entre outras.

Contudo os bancos de dados livres começam a ganhar força da mesma forma que aconteceu com o Linux. O banco de dados relacional está se tornando uma mercadoria, isto está ocorrendo por causa do mercado de bons produtos no mercado e também pela concorrência entre os mesmos, que está se tornando cada vez maior.

Primeiramente é necessário analisar qual será a real utilização do banco de dados que iremos utilizar. Hoje em dia os bancos de dados já não são mais simples armazenadores de informações. Existem vários serviços agregados aos softwares. As estruturas de dados estão cada vez mais complexas e estão sendo armazenadas pelos bancos de dados para suprir as necessidades diversas dos usuários.

Para a manipulação das informações nos bancos de dados relacionais, o padrão usado é o SQL (Structures Query Language). Em 1986 surgiu o primeiro padrão, que ficou conhecido como SQL-86. Uma nova versão foi lançada em 1989, conhecida como SQL-89. Logo se chegou a um padrão com regras para definir os bancos de dados relacionais. A grande maioria dos bancos de dados utilizados hoje é compatível com esta versão. A última alteração desde padrão ocorreu em 1999, conhecida como SQL-99, que trouxe muitas mudanças, algumas delas estão relacionadas com definição do padrão para banco de dados de "objetos relacionais".

Este padrão é usado pelos bancos de dados livres e também os pagos. A diferença entre eles é a forma que a informação é tratada. Cada software gerencia de uma forma diferente seus dados, usam controle de transação, replicação, garantia de integridade, etc. Tem aqueles mais simples que se baseiam em arquivos de dados. Também falando em linguagens de programação, alguns possuem uma linguagem complexa, enquanto outros não.

Contudo, sabemos que os bancos de dados usam o mesmo padrão, mas nem por isso eles são iguais. Os fatores que nos influenciam a adquirir um determinado sistema de bancos de dados são vários, entre eles podemos destacar:
  • Recuperação - Quando temos algum tipo de problema, como vamos recuperar os dados? Backup online em vários servidores e clusters, esta é uma ferramenta realmente útil e que devemos levar em consideração.
  • Suporte à transações - É preciso realizar o controle dessas transações, garantindo integridade das informações quando há vários usuários manipulando-as ao mesmo tempo. Hoje em dia é necessário pelo menos o bloqueio por linha, isto é, cada operação bloqueará uma linha no banco de dados.
  • Suporte à programação - O banco de dados deve ter uma linguagem de programação que permita realizar rotinas específicas sobre ele.
  • Desempenho - O banco de dados tem que ser rápido, este desempenho pode ser melhorado por meio de técnicas de ajustes, realizados no próprio banco de dados. É interessante verificar se o sistema que escolhemos possui esta opção.
  • Controle de acesso - Permite definir o que cada usuário pode ver e/ou fazer/modificar. Podemos com este controle definir por meio da necessidade de cada usuário suas permissões.
  • Estabilidade - É preciso considerar o tamanho do banco de dados e o número de linhas nas tabelas. Interessante é conhecer alguns casos que se sucederam bem, assim podemos determinar se o software se enquadra com as nossas necessidades.
  • Controle da redundância - É essencial para um banco de dados garantir que seus dados não sejam repetidos. Com isso, não seria possível incluir dois registros com a mesma chave primária. E também não seria possível excluir um registro que tem relacionamento com outros.
  • Compartilhamento de dados - É necessário que as informações estejam disponíveis para vários de uma maneira rápida e segura. Este é um requisito fundamental para um sistema.

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Páginas do artigo
   1. Resumo
   2. Introdução
   3. Banco de dados livre X Pago
   4. Conclusão
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Comentários
[1] Comentário enviado por jeanci em 10/08/2006 - 11:33h

Olá Amigo,

O artigo é bom onde se aponta os itens a serem checados nos bancos, mas acho que faltou um cruzamento destes itens entre os bancos para se ter uma idéia melhor.

[2] Comentário enviado por jragomes em 10/08/2006 - 15:00h

Gostei do artigo. Você poderia tê-lo enriquecido com algumas comparações de custo, tipo de máquina que rodam, número de transações.

Se você puder retificar uma coisa no texto, retifique uma coisa: a MySQL é uma empresa sueca e não suiça.

Parabéns.

[3] Comentário enviado por slack felix em 07/04/2008 - 09:27h

O artigo é interessante, mas ficou muito superficial. Poderiam ter sido abordadas comparações técnicas sobre os BD's livres e proprietários referentes aos protocolos de controle de transações, gravação/recuperação, controle de acesso etc.
Por exemplo, você poderia ter feito um Estudo de Caso com dois SGBD's conhecidos como o Oracle e o Postegree. Assim ficaria mais fácil "ver" as diferenças relativas aos dois.


[4] Comentário enviado por edupersoft em 23/09/2008 - 18:02h

É uma boa descrição. Mas o interbase na data do artigo já não era open source havia um tempo, perto do lançamento da versão 6 a Borland já ameaçou a não liberar o código, a comunidade se indignou e a Borland abriu o código, mas já fechou logo em seguida no lançamento da versao 6.5 que corrigia os erros da versão 6. Dai a comunidade lançou o firebird. A partir daí a borland tratou o firebird como concorrente. O objetivo da Borland ao abrir o código é fornecer uma base de dados livre para o delphi, robusto já que ela tinha descontinuado o paradox e o dbase;

A principal vantagem de bancos como o Oracle ou DB2 sobre os concorrentes open source é o fato de estarem no mercado a muito tempo, enquanto o software livre passou a ser realmente viável depois do surgimento e da popularização da internet. Se observarmos as outras plicações isto não acontece, por exemplo, o linux, apache, sendmail, qmail, são aplicações que ajudaram a viabilizar a internet, os concorrentes chegaram na mesma época ou depois, outras aplicações como o gimp pode até levar desvantagem sobre o concorrente pago, no entanto, este a desvantagem não é tão grande já que este concorrente não existe a tanto tempo.

Outro exemplo claro são os cads, eles também vieram amadurecendo muito tempo antes do surgimento do software livre, para desenvolver uma opção livre a altura dos pagos o número de funções terá que ser enorme.



[5] Comentário enviado por emilioeiji em 19/07/2012 - 09:18h

Eu li o artigo pensando que haveria um cruzando dos bancos de dados livre X proprietários, mas mesmo assim o artigo ficou muito bom.


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