Agora que o BIOS fez a inicialização dos dispositivos de hardware do computador, esse programa continuará em execução auxiliando o Kernel a gerenciar os recursos do computador. No sistema operacional
Linux o Kernel é a base do sistema. Ele controla o acesso à memória, ao HD e aos demais componentes do micro e divide esses recursos disponíveis entre todos os programas que forem executados. Todos os programas, desde os aplicativos de linha de comando, até os aplicativos gráficos rodam sobre o comando do Kernel.
Naturalmente uma SB Live e uma placa AC'97 onboard por exemplo oferecem conjuntos diferentes de recursos e se comunicam com o sistema de uma forma particular, ou seja, falam línguas diferentes. Por isso o Kernel inclui vários intérpretes: os módulos de dispositivos.
Podemos dizer que os módulos são as partes do Kernel mais intimamente ligadas ao hardware. Os módulos são as partes do Kernel que mudam de máquina para máquina. Temos também um bloco principal, "genérico" do Kernel.
Você pode instalar módulos para diversos dispositivos, esses módulos em geral são arquivos pequenos que não ocupam tanto espaço no seu HD e são ativados apenas quando solicitado, o que evita lentidão no sistema por uso desnecessário dos recursos do processador.
Um exemplo de como carregar um módulo manualmente, você poderia carregar o módulo para a SoundBlaster 16 (do seu velho 486), com os seguintes comandos:
# modprobe sb
E descarregá-lo com um:
# modprobe -r sb
O kernel, bloco principal: "genérico", somente é alterado quando você o recompila manualmente ou instala uma nova versão, o Kernel apresenta-se como um arquivo compactado e de somente-leitura, gravado em: /boot/vmlinuz. Ao ser chamado pelo gerenciador de boot esse arquivo é descompactado em uma área reservada da memória RAM e roda a partir deste local. Esse processo de transferência para memória é importante para que se obtenha um melhor desempenho na execução dos processos, pode ser aproveitando o fato de que a memória RAM é muito mais rápida que o HD.