Liberdade, usuários e políticas de manutenção de ignorância

O usuário comum é alvo de muitas críticas pejorativas, muitas vezes por não entender alguns conceitos ou por cometer erros considerados primários por pessoas com maior conhecimento. Este texto discute um melhor relacionamento entre o administrador de sistemas e o usuário.

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Por: Perfil removido em 11/07/2009


Introdução



O usuário comum é alvo de muitas críticas pejorativas, muitas vezes por não entender alguns conceitos ou por cometer erros considerados primários por pessoas com maior conhecimento. É comum acompanharmos discussões onde usuários leigos em um determinado assunto são subjugados por usuários um pouco mais experientes, baseados muitas vezes em argumentos incoerentes, como se o intelecto pudesse ser medido apenas pela capacidade com que se utiliza um computador ou se configura um determinado software.

Notadamente existe a famosa disputa entre usuários Linux e Windows, se "atacando" mutuamente e muitas vezes valendo-se de ideologias que não se aplicam ao debate em questão. Este artigo é uma crítica a este tipo de comportamento, visto por muitos como ingênuo e deselegante e sobre a interpretação destas condutas como práticas de manutenção da ignorância.

Sou administrador de sistemas e pelo menos duas características me permitem ser identificado como tal:
  • O conhecimento adquirido sobre as partes que compõem os sistemas que trato;
  • A utilização deste conhecimento visando garantir o bom funcionamento dos mesmos.

A primeira característica é facilmente reconhecida como sendo primordial para um bom administrador de sistemas. Por isto vou me concentrar na segunda.

O bom funcionamento dos sistemas permite uma classificação do administrador em questão baseada nos resultados alcançados, ou seja, permite classificar um administrador como bom ou ruim, dependendo de seus resultados, de maneira fácil e direta.

Mas os usuários são parte do sistema. E por mais que a negação desta afirmativa seja tentadora, este tipo de argumento deve ser encarada como leviana. Quando criamos sistemas, estamos interessados primordialmente que alguém venha a utilizá-los. E nossos sistemas (eventualmente?) serão utilizados por pessoas sem todo o conhecimento necessário para operá-los.

Todos nós começamos assim e somos gratos à pessoas com sensibilidade suficiente para perceber isto. Em um sistema de grande porte temos que levar em consideração que usuários de diferentes níveis de conhecimento terão acesso a ele e é preciso que saibamos fazer a utilização destes sistemas - dentro do possível - o mais amigável possível. Mas, tornar o sistema amigável não significa implementarmos políticas de manutenção da ignorância, onde o usuário é convidado a utilizar - de maneira mascarada - os recursos fornecidos pelo sistema, sobre o pretexto de que o usuário não está e não tem porquê de saber detalhes sobre o funcionamento do mesmo, pois além de perigosa, estas políticas vão de encontro a muitas características que fazem a comunidade Linux referência em liberdade.

Exemplos deste tipo de política vão desde interfaces que permitem o usuário realizar tarefas sob o pretexto de serem mais amigáveis, mas que não permitem - dada a necessidade - ao usuário uma compreensão maior sobre os procedimentos realizados, alguns fóruns de discussão, onde o foco é uma releitura de manuais técnicos, perpetuando a política copia-cola, em geral, despreocupados com o aprendizado e compreensão dos usuários dos conceitos ali envolvidos, com foco apenas na eliminação inconsequente de alguns problemas e ainda, as eternas disputas por prestígio intelectual - comumente associada aos usuários Linux e que não conferem nada além de uma tensão inútil e disputas de ego (sou melhor do que você porquê uso determinado programa, interface, sistema, camiseta etc).

O prestígio intelectual da comunidade Linux foi construído por pessoas com trabalhos sérios e honestos, preocupados com a utilização tanto quanto o esclarecimento de conceitos antes subentendidos ou mesmo escondidos. Esta é uma das principais características que fazem esta comunidade ser o que é. Se apropriar deste prestígio fugindo das responsabilidades inerentes à comunidade é algo que precisa ser revisto e questionado. Usuários são usuários. Contribuidores são outro nível de usuários e é a eles que este prestígio pertence.

Usuários precisam ter disponíveis ferramentas para se tornarem contribuidores. E é aí que os administradores possuem um papel importantíssimo. Como detentores de informação e conhecimento, precisamos ainda disponibilizar este conhecimento para todos os interessados. E grande parte da força da comunidade Linux está aí.

A comunidade de usuários Linux nasceu em um cenário prodigioso. Além da robustez dos sistemas operacionais disponíveis à esta comunidade, havia (e ainda há) uma preocupação muito grande, atingindo até mesmo a esfera jurídica, com a possibilidade de compreensão dos mecanismos utilizados naqueles sistemas. É fácil perceber os elementos deste paradigma quando observamos os termos da licença GPL e afins ou ainda, a preocupação com documentação, sempre presente nesta comunidade. Mas, é preciso ressaltar que:
  • Software com licença livre não é garantia de liberdade.

A abertura do código fonte é sim um avanço nas práticas em informática. Os desdobramentos da licença GPL saltam do escopo da informática e atingem vários segmentos importantes, como a educação, o campo jurídico, as esferas moral e ética, dentre outros. Mas de nada adiantaria termos códigos abertos se estes códigos não puderem ser lidos e compreendidos.

Quem já tentou fazer uma modificação em um código (kernel ou não) sabe das dificuldades envolvidas no processo. Primeiro porquê é preciso se conhecer a linguagem utilizada naquele aplicativo e possuir um nível de domínio daquela linguagem comparável ao nível que aquele aplicativo foi escrito. Neste sentido, muitos de nós estamos privados de usufruir de maneira direta dos benefícios da liberdade nesta comunidade.

Para os que não ficaram convencidos, vale a experiência de se alterar alguma estrutura de funcionamento do kernel do Linux, valendo-se apenas do conhecimento na linguagem C e lendo apenas os códigos fonte do kernel. Todos os seus amigos fariam isto? Os seus colegas da turma de C? Provavelmente não. Há um conforto por parte da comunidade Linux em saber que alguém, em algum lugar pode, se quiser, alterar alguma parte do kernel ou mesmo partes de outros programas, corrigindo falhas e aprimorando o sistema. E a este conforto chamam liberdade.

Existem muitas pessoas sérias envolvidas na comunidade Linux e o que considero mais interessante dentro desta visão de liberdade é a preocupação com documentação existente nesta comunidade, explicando conceitos, discutindo ideias...

Ter acesso à documentações de vários níveis, voltadas para usuários iniciantes, avançados, desenvolvedores, administradores, filósofos é a grande liberdade, pois não existe liberdade sem conhecimento. Conhecei-vos a verdade e a verdade vos libertará. E, o que tenho reparado é que a produção e o acesso a estas documentações tem se tornado cada vez menor. É fácil acompanharmos listas de discussão onde a solução da maioria dos problemas está nos manuais, acessíveis aos usuários à partir de um simples comando:

man <programa em questão>

Em contrapartida, explodem artigos onde um "guru" compila as principais funcionalidades de alguns aplicativos, apresentando-as de forma simples e direta, que acabam tendo um efeito contrário, acredito eu, aos objetivos do autor. O raciocínio é simples. Montar uma exposição clara de alguma aplicação, voltada para um público onde apenas alguns detalhes são o relevantes é sempre de bom tom.

Não estou colocando em questão o papel destes gurus. Eu mesmo escrevo e escreverei vários artigos assim. É claro que cada comunidade possui suas peculiaridades, e é importante portar documentos que sejam mais facilmente compreendidos por pessoas com diferentes perfis, não apenas no campo linguístico, mas principalmente no campo cognitivo (será correto especularmos que os usuários intermediários de algum sistema possuem todos o mesmo nível? Sabem as mesmas coisas? Entendem os mesmos conceitos? Nossas escolas estão recheadas de exemplos que confrontam este tipo de argumentos).

O apelo aqui é de voltarmos esforços também para que esta conduta não crie usuários cada vez mais dependentes de documentos copia-cola ou pior, usuários que não consigam produzir algum tipo de contribuição. Quando digo isto não quero ser radical a ponto de exigir de todos os usuários documentações elaboradas sobre algum tipo de serviço ou aplicação que eles utilizam, mas esperar que os usuários não admitam uma postura de dominação intelectual, onde a única forma de contribuição seja dizer se um documento é bom o ruim, ou seja, exigir dos usuários o cumprimento do papel deles na construção e manutenção da liberdade. E este apelo é mais forte para os administradores de sistema. É preciso pensarmos um ambiente de interação onde nossos usuários tenham a chance de vislumbrar de fato, a liberdade por detrás da ideologia Linux. Em resumo, estes é o ponto-chave que é gostaria de ressaltar:
  • Utilizar implica contribuir.

E não pode ser diferente. Não podemos deixar o papel da contribuição apenas para os usuários experientes, os grandes programadores etc. Deve ser papel do usuário, do usuário comum, identificar falhas, erros, sugerir direções, melhorias, construir documentações - mesmo que simples, mesmo que orais, ainda que informais - buscando sempre maturidade intelectual, pois desta forma veremos - acredito eu - um outro perfil de usuário, crítico, mas de um criticismo diferente do que vejo nos dias de hoje. Um criticismo onde o que está em jogo não é uma briga por prestígio intelectual, mas sim por um fortalecimento intelectual. Assim estaremos mais próximos da tão aclamada liberdade e, embora a crítica aos usuários seja um pouco pesada, é aos administradores que ela se dirige com peso maior.

Os usuários são parte importante do trabalho dos administradores. Usuários levianos remetem diretamente à administradores levianos. O comportamento dos usuários é um resultado direto da profissão dos administradores. Pensemos nisto quando pensarem sistemas.

Texto originalmente publicado em http://linux.lcc.ufmg.br, na sessão "Pensando o Linux".

   

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Comentários
[1] Comentário enviado por elio7769 em 12/07/2009 - 10:29h

É só um comentário que achei interessante. A pessoa que fez esse comentário é uma pessoa bastante consciente e sabe o papel que exerce. Sem muitas firulas descreveu o papel dos administradores. Sou usuário Ubuntu Linux há um ano. Sou frequentador do fórum do Ubuntu e aprendi e aprendo muitas coisas lá. O que você disse tem razão de ser. Eu vejo muitos usuários iniciantes procurarem ajuda nos fóruns e em alguns, eu vejo que são desreipeitados e até maltratados. O que acontece: vai ser mais um usuário a sair falando mal do Linux. Eu uso o Ubuntu em dual boot com o XP numa boa. O dia que certos usuários deixar de falar do Windows, vai melhorar bastante. Como você disse; meter o "pau" no Windows, não vai fazer o usuário ser mais ou menos respeitado. Rwindows, Window$ e outro adjetivos, são o que mais vejo em fóruns, inclusive por administradores. Engraçado, que quase todos usam o mal falado Windows. A realidade é a seguinte: a maioria dos drivers é feita pra Windows, por motivos óbvios. Então não adianta querer tapar o sol com a peneira. O Ubuntu Linux, é um excelente programa, uso a maior parte do tempo. Só que na minha casa o computador é da família e o pessoal não quer nem saber em usar Linux! Como você disse; respeito quem não usa e não gosta. A minha filha adora MSN, eu uso o Pidgin, numa boa. Não tenho e não me fez falta uma webcam, talvez um dia compre. Então o Pidgin me satisfaz. Pra finalizar, vou continuar usando os dois sistemas numa boa, sem política ou fanatismo, que o objetivo do Linux não é esse. O mestre Morimoto diz uma coisa que resume o que é S.O. bom; ele diz "Sistema Operacional bom é aquele que te satisfaz no que você precisa". E acho que isso define bem o que é S.O. bom!

[2] Comentário enviado por removido em 12/07/2009 - 22:17h

Elio, concordo totalmente com o que você disse. A postura dos usuários e administradores Linux para com os outros usuários é realmente diferente da postura que deveríamos ter por aquilo que pregamos - liberdade e conhecimento a todos. Afinal essa é a visão que tenho do Linux, desde quando comecei a me interessar pelo assunto. É pelo conhecimento que estou aqui, por querer aprender mais. Assim, outras pessoas podem também ter procurado o mundo do software livre para aprender e encontrou essa comunidade hostil. Isso decepciona e acaba os afastando. E concordo com o autor também, pois a liberdade vem do conhecimento.

Apesar de conhecer apenas linguagens para programar em Windows, eu procuro ajudar a comunidade de maneiras alternativas, como respondendo perguntas dos meus amigos ou de quem quer que seja que vier perguntar, agora mesmo acabei de auxiliar um amigo no particionamento do disco rígido para instalar o Debian. Ou seja: não é necessário ser um programador ou um administrador para ajudar a comunidade Linux a crescer, basta querer ajudar e ensinar aos outros aquilo que você sabe. Isso já é um grande começo.

[3] Comentário enviado por nicolo em 13/07/2009 - 08:08h

Usuários são maioria por isso usam, não importando quanto entendem do assunto, nem eles se importam em entender nada além do botão certo.
E já contribuem muito, pois a correnteza como do RUINDOWS é determinada por quem sabe menos, porque correnteza é maioria.
São eles que dão a força e o lucro da Micro $oft. Por isso o Tio Bill é um gênio.
O mundo do Software livre já não é o santuário dos primeiros dias. Hoje ele é um grande negócio, e é assim porque cresceu, e para crescer mais precisa ganhar
a massa, dando a massa o que ela quer, o botão certo para apertar. Nem todos gostam de pensar, aliás só uns muito poucos pensam, o resto prefere as coisas prontas.
(Isso é culpa da evolução que facilita tudo).

Mesmo quem adota a atividade intelectual como profissão não suporta ter que pensar em centenas de coisas todos os dias, num mundo cada
vez mais complexo.

Senhores gurus: Olhem para o seu próprio futuro e prestem atenção no usuário que não pensa, ele é a força dominante no planeta.

[4] Comentário enviado por removido em 13/07/2009 - 13:04h

Apenas para colocar lenha, seguindo o comentário do nicolo, segue um fragmento devido a Maria Lucia Victor Barbosa, no texto NAZISMO TROPICALISTA (http://www.endireitar.org/site/socialismo-comunismo/192-nazismo-tropicalista-), a respeito da ascensão de Hittler:

Sua aprovação ultrapassava os 80% e ele seguia levando a risca a idéia do seu grande inspirador, Mussolini, que dizia: “Em política, 97% do apoio popular vem da propaganda governamental e só 3% das realizações efetivas”.

Será que com informática temos algo parecido?

O que quero dizer é que a correnteza citada pelo nicolo é fato. Mas, e a direção da corrente?

Usando esta metáfora, estaríamos numa espécie de piracema?

Fica a pergunta.


Abraços

[5] Comentário enviado por Ed_slacker em 13/07/2009 - 15:36h

Bem, como administrador de uma ferramenta que afere a qualidade de vários setores de atendimento e de alta criticidade (decisões que envolvem prêmios em dinheiro são também baseadas nela), tenho a seguinte opinião: alimente o usuário a medida que ele precisa do alimento! Esmiuçar detalhes importantes do funcionamento de uma dada ferramenta ou tecnologia sem necessariamente o usuário precisar disso pode ser extremamente perigoso! Deixe que ele descubra a dinâmica das tecnologias e vá informando aquilo que ele precisar. Por exemplo, se o usuário tentar executar uma operação sem sucesso, nada mais natural (e justo) que você faça esta operação da maneira correta para o usuário e explicar o que você fez, como funciona e porque deve ser feito assim. A tecnologia da informação é um mar gigante propenso a ventanias e alguns perigos. Não dê a vara e ensine a pescar de cara! Alimente-o com bastante peixe e dê-lhe uma embarcação segura e uma bússola de qualidade. Assim ele conseguirá usar não só a tecnologia, mas qualquer coisa que se queira de maneira muito mais participativa, cognitiva, inteligente, saudável e agradável.

Grade abraço a todos.

Edwi Oliveira Santos Feitoza.

[6] Comentário enviado por pguarnierr em 13/07/2009 - 15:39h

Eu aprendi muito sobre Windows, gosto de mecher nas configurações, registro etc.. e foi pensando que aprendi isso. Mas me deparo com o Linux, e não encontro nada, apenas uma página em branco para ser colocado comandos que desconheço. Pensar não vai me ajudar em nada. Um dos grandes obstáculos para a população usar o linux é essa dificuldade de operar o sistema. E é claro que não podemos ficar defasados pois, se eu quero entrar no msn com webcam, usar o Photoshop, já não posso usar linux. O que precisa acontecer pra mudar isso? Será que um dia esse quadro vai mudar? Enquanto isso a microsoft não perde um segundo, vai e emprega seu dinheiro pra obter o que deseja!

[7] Comentário enviado por nicolo em 13/07/2009 - 16:18h

daavelino. As comparações com Nazismo, não são boas, não tem fundamento. O Nazismo é um fenômemo muito complexo. Nazismo tropicalista é para cachorro chorar. É ruim demais.
O fenômeno das massas é universal, ocorre em qualquer lugar do mundo, a qualquer tempo.
Não tem nada a ver com Nazismo ou Comunismo. Os romanos já sabiam disso. ., e como sabiam.

[8] Comentário enviado por removido em 13/07/2009 - 16:25h

nicolo, a comparação não é com o nazismo. É com a frase do Mussolini. Achei interessante introduzir o contexto de onde tirei a citação mais como uma provocação ao debate.

[9] Comentário enviado por albfneto em 13/07/2009 - 23:29h

concordo com o Nicolo... mas
Distros amigáveis já existem, como o ubuntu, como mandriva, mas de uma certa forma.... Linux ainda é um campo aberto, sendo cultivado..
no momento, linux, é mais para nós, os linusers, do que para o usuário final, mas... é uma questão de tempo, só!

vejam... Windows não? Windows não é assim? windows é assim sim, senão não tinham tecnicos para configurar, nem lojas para instalar seu HD....

Ora, usuário final aperta o botão, clica o botão, seja em linux, como em windows... configurar? isso não é pro user final, em em windows....!

veja meu exemplo eu tenho 3 anos de uso de linux, 15 de Unix e 20 de DOS e windows...!
minha prima não usa linux... tem um velho PC com Windows 2000!
cadê que eu faço aquele 2000;;;reconhecer a placa de rede dela! rsrsrsrrs
depois é Linux é que é difícil.....
Vista vc sai caçando drivers" srrsrsrsrrs

ou seja, ela é usuário comum, não faz e minia ideia de como baixar e instalar, nem em win,quanto mais em linux...e mesmo para mim, não acho o driver que funfa a placa de rede do comp dela! dois dias já!

[10] Comentário enviado por MarcSant em 14/07/2009 - 22:24h

Olha, tudo é questão de querer mudar. Eu usei Windows durante uns 20 anos. Estou hoje num novo projeto, e este trabalho envolve dar suporte em ambiente 90% linux e 10% Windows. A primeira coisa que fiz quando meu gerente me pediu para usar o Ubuntu foi torcer o nariz... Uma porque eu não conhecia a distro, e outra que a minha referência em Linux era até então as distros derivadas do RedHat...

Depois de muita leitura (haja howtos!) e bateção de cabeça, agora 1 ano depois eu não troco o Ubuntu que eu instalei, tanto no meu desktop pessoal quanto na estação da empresa por nada.

Para tudo aquilo que ainda não tem versão para Linux, eu uso o Wine ou até mesmo o Virtualbox.

E a prova maior do usuário comum é minha mãe... Ela tem um desktop velhinho, que eu acabei de instalar o XUbuntu.

Ela está usando sem problemas, e até adorou pois o 2000 vivia travando.

Em resumo, acredito que é tudo questão de cultura, e de permitir que o usuário faça as suas coisas, da forma mais fácil possível. Um SO para usuário não deve ter linha de comando, script, etc. Tem que ser fácil como o Synaptic do Ubuntu Desktop: simples e prático.

Quando o Linux chegar nesse ponto (tá quase lá hein!) que se cuide a concorrência... (Micro$oft).



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