Linux Terminal Server - LTS

Este artigo nos mostra como aproveitar um velho PC (sem drivers de HD ou CD-ROM e com pouca RAM) para rodar Linux, acessar a internet e rodar programas de peso.

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Por: Perfil removido em 04/06/2004


Introdução



O objetivo deste artigo é informar aos navegadores do site quanto a possibilidade de aproveitamento de um microcomputador antigo, sem HD e com pouca RAM para uso nos trabalhos diários em casa ou numa pequena empresa.

Os créditos pelo esclarecimento, configuração e utilização de terminais leves com Linux Kurumin, devem-se a Carlos Eduardo Morimoto, que escreveu um excelente tutorial em http://www.guiadohardware.net.

Segue-se abaixo uma pequena explanação sobre o que é o LTS e algumas de suas características básicas.

O LTS, Servidor de Terminais Linux com clientes leves consiste de uma pequena rede, em que um computador de melhor porte trabalha como servidor e "empresta" seus recursos, um pouco melhores, para outras máquinas com pouco poder de processamento e desprovidas de HD, CD-ROM e outros recursos.

Uma vez configurado o servidor e conectados os terminais, todos os terminais leves podem acessar simultaneamente uma conexão compartilhada de internet, rodar ao mesmo tempo diferentes instâncias de programas relativamente pesados como o OpenOffice.org, ter alguma privacidade no que se refere a arquivos armazenados no disco rígido do servidor, compartilhar uma impressora de rede e ter a mão quaisquer outros recursos de que dispõe um desktop convencional, incluindo o KDE.

Vantagens da utilização de LTS com clientes leves:
  • Aproveitamento de velhos computadores, incapazes de rodar um bom programa;
  • Pouco ou nenhum custo com hardware;
  • Não há necessidade de pagamento licenças de software;
  • Sempre que for efetuado upgrade no servidor, todas as máquinas a ele conectadas melhoram;
  • Baixo custo de upgrade, necessária apenas ao servidor;
  • Compartilhamento instantâneo dos de recursos de rede.

Desvantagens da utilização de LTS com clientes leves:
  • A performance dos terminais dependem extremamente da qualidade da rede;
  • Necessidade de muito boas instalações elétricas;
  • Nem sempre as fontes ficam no tamanho ideal na tela quando se utilizam muitas variedades de placas de vídeo e monitores.

Problemas e soluções encontradas:



Material necessário para um servidor de terminais leves:
  • Um microcomputador relativamente bom, tipo um Athlon ou superior;
  • HD com no mínimo 10 GB (vai depender do número de terminais);
  • 256 MB RAM para funcionamento do servidor mais 32 MB RAM para cada terminal, para dois terminais espetados são necessários 256 + 32 + 32 = 320 MB;
  • Driver CD-ROM;
  • Uma placa de rede para a rede interna e, se for o caso, uma para a internet;
  • Demais componentes comuns de um microcomputador (mouse, teclado, monitor);

Material necessário para interligação:
  • Hub de boa qualidade, com uma porta livre para cada computador;
  • Cabos metálicos UTP categoria 5 com conectores RJ-45 em ligação paralela;
  • Para uso com apenas um terminal, um cabo cross-over substitui com vantagem o hub com cabo paralelo;

Material necessário para o terminal:
  • Microcomputador K6-II 500 MHz, podendo ser empregado até um Pentium 100 MHz;
  • Placa de rede PCI 10/100 com flash chip, para o boot;
  • Caso a placa de rede não possua o chip para o boot, um driver de disquete com um disquete de 1.44 MB;
  • Não são necessários o HD ou CD-ROM;
  • Pelo menos 64 MB de RAM - não esquecer das malditas memórias compartilhadas por placas de vídeo on-board;
  • Demais componentes de um microcomputador (monitor, mouse, teclado);

Softwares utilizados:
  • Sistema Operacional Linux, no caso o Kurumin;
  • Uma imagem de boot para cada terminal, a ser gravada em disquete de boot ou chip de placa de rede;
  • Pacotes do LTSP, DHCP e BOOTP;

Para configurar um terminal, basta determinar no BIOS setup que o boot seja efetuado pelo driver de disquete ou pelo dispositivo de rede.

Para configurar o servidor é necessário configurar manualmente os arquivos: dhcp.conf, exports, hosts.allow, lts.conf e hosts conforme consta no tutorial indicado acima.

O funcionamento é bastante simples e transparente para o usuário. Uma vez ligado o servidor todos os serviços iniciam-se automaticamente, não sendo necessária a intervenção do administrador. Cada terminal que é ligado recebe, via DHCP, um endereço de IP válido para a pequena rede, uma instância do servidor X e um prompt gráfico para a autenticação do usuário, que procede da mesma forma como se estivesse trabalhando em um desktop convencional. Periféricos como uma impressora são compartilhados automaticamente, assim como outras conexões de rede existentes no servidor, tal como a internet.

E é isso ... espero que seja útil, boa luta.

   

Páginas do artigo
   1. Introdução
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Comentários
[1] Comentário enviado por lacierdias em 04/06/2004 - 18:00h

Muito bom o artigo

[2] Comentário enviado por lacierdias em 04/06/2004 - 18:02h

Amigo vc poderia me mandar a url do artigo do Miramoto....

Grato

[3] Comentário enviado por io em 04/06/2004 - 18:50h

Sabia que existia algo assim, mas não sabia como. Parabéns a você (e ao Morimoto do Guia do Hardware. A propósito, foi lá que eu comprei os CDs do Mandrake... mas sempre soube que a culpa não era sua, Morimoto, mas sim da distro!!). Se vc não se incomoda tanto com a qualidade do CD, vem um Smart Buy, que é de praxe em CD copiado...

[4] Comentário enviado por fmjusto em 05/06/2004 - 23:17h

Gostaria de contribuir informando que implantei esta solução em minha empresa e ja tenho 52 estações rodando, a maior problema é o trafio gerando na REDE, porem, a solução e bastante interessante.

Fabricio Justo
fmjusto@terra.com.br

[5] Comentário enviado por japs em 07/06/2004 - 10:08h

Eu fiz algumas experiências em lab do LTSP.
Realmente eu constatei que o protocolo X pode carregar bastante a rede, sendo praticamente impossível de trabalhar em redes a 10Mbits. Em redes com muitas estações, é necessário segmenta-la em VLANs, para evitar excesso de tráfego no switch.
Eu testei também alguns produtos comerciais muito bons como o Tarantella e o Samurai Linux, que permitem o uso de aplicações Windows em estações Linux diskless. Ambos funcionam muito bem, mas o problema é que produtos são comerciais caros. Eu não recomendo o uso em empresas de pequeno porte, devido o custo $$$.

[6] Comentário enviado por madc em 25/02/2006 - 12:57h

Neste servidor Linux com TS eu tenho como rodar/disponibilizar aplicações Windows para os usuários ?

[7] Comentário enviado por removido em 25/02/2006 - 14:11h

caro madc
somente é possível rodar executáveis do windows se a aplicação em questão for emulada. não há como rodar aplicações nativas da plataforma windows diretamente sobre o linux.

[8] Comentário enviado por freeosbr em 26/07/2006 - 18:06h

Estou há seis meses rodando o kurumin terminal server em uma sala de acesso a internet em Ramos no RJ e funciona às mil maravilhas.
São verdadeiras máquinas militares, pois em pleno verão carioca com temperaturas por volta de 40 graus, sem ar condicionado, de frente para a rua com tráfego de carros e caminhões e não dá problema. Se fosse windows eu já teria ficado louco com os virus hehe.

[9] Comentário enviado por osvaldocpd em 08/11/2006 - 11:57h

BOM DIA, ALGUEM TEM PASSO A PASSO COMO CONFIGURAR LTSP, NO SERVIDORE NO DISQUETE ?


[10] Comentário enviado por removido em 08/11/2006 - 16:44h

http://www.guiadohardware.net/tutoriais/083
e
http://www.ltsp.org

[11] Comentário enviado por juliaojunior em 11/11/2006 - 22:02h

muito bom. vou testar!!!

[12] Comentário enviado por saulamado em 30/05/2007 - 16:20h

Tenho está instalação de terminais server a 2 meses e tenho um problema. Os terminais congelão seguidamente e tenho que resetar a todo instante. Possuo 25 TS. Se alguém tem esse problema de congelamento de Ts me avisa.

[13] Comentário enviado por LIBRARIAN em 08/01/2009 - 17:29h

Ah, finalmente sei o que é esse tal de LTSP...


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Baixa performance e congelamento de algumas tarefas. Melhoria da qualidade da rede, substituindo conectares mal crimpados, hub de baixa qualidade por outro de melhor desempenho e emprego de placas de rede da mesma velocidade (10/100).
Arquivos ativos na memória sendo corrompidos. Melhoria no aterramento e uso de no-break no servidor.
Fontes muito pequenas (ilegíveis) em alguns terminais. Recombinação de placas de vídeo e de monitores de vídeo, assim como a reconfiguração manual do tamanho das fontes em aplicativos GTK.