Análise do Syllable, mais um interresante sistema operacional livre

Hoje, num mundo dominado por sistemas operacionais, Windows, Linux e Mac ditam as regras, mas mesmo assim temos sistemas alternativos tão interessantes quantos eles. Escrito por hobby de programadores, é neste contexto que surge o Syllable, um interessante e estável sistema operacional livre que vale à pena conferir.

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Por: Matheus Santana Lima em 28/07/2006


Introdução ao Syllable



Numa visão superficial do Syllable, podemos dizer que ele é um sistema operacional alternativo simples, mas fácil de usar, direcionado para usuários domésticos e para pequenas empresas.

Primeiro, algumas coisas que o Syllable não é:
  1. O Syllable não compete com os sistemas Windows e Linux.
  2. O Syllable não é uma plataforma grande, exorbitante. É um sistema operacional de idéias experimentais.
  3. O Syllable não é para experts. Foi feito para usuários finais.
  4. O Syllable não é pesado. Ele pode ser carregado em 20 segundos com hardwares antigos.

Enfim, segundo o autor, o Syllable tem a intenção de ser um bom substituto para sistemas Windows ou Linux para seu desktop.

Características interessantes do Syllable:
  • Usa o sistema de arquivos AFS;
  • O Syllable é um sistema POSIX, possibilitando assim rodar muitos softwares Unix sem necessitar mudar o código para isso;
  • Faz o processo de boot de forma rápida em computadores antigos com baixa quantidade de memória RAM.

O Syllable está em constante desenvolvimento, mas está relativamente estável e maduro. Hoje ele suporta uma grande gama de hardwares, como dispositivos de som, network, vídeo, etc. Para conferir a lista de hardwares compatíveis com o Syllable acesse:
O projeto Syllable data de Julho de 2002, mas a história do sistema começa bem antes disso. A verdadeira história começa com um sistema operacional de nome BeOS, no qual desenvolvedores de uma pequena companhia nomeada Be, formada inicialmente por empregados da Apple que estavam descontentes com a diretoria desta empresa. Foram eles que desenvolveram o BeOS moderno, que tem particularmente uma poderosa suite de multimídia.

Embora a Be tenha sido extinta pela aquisição da Palm e o sistema operacional BeOS liquidado, ele inspirou um programador de nome Kurt Skausen, que criava como hobby sistemas operacionais. No final da década de 90 e começo do ano 2000, ele cria o AtheOS, pegando emprestado o sistema de arquivos do BeOS e a API de programação.

Depois de cinco anos no projeto, Kurt abandona o projeto em busca de outros sonhos. Em Julho de 2002, um devotado time do AtheOS cria um fork do sistema, nomeando-o Syllable.

Depois disso o Syllable é desenvolvido por um time que tem por objetivo criar um sistema operacional que qualquer um pode usar.

Adaptado e traduzido de:
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Páginas do artigo
   1. Introdução ao Syllable
   2. Conhecendo o desktop do Syllable
   3. Conhecendo alguns softwares do Syllable
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Comentários
[1] Comentário enviado por removido em 28/07/2006 - 20:04h

Blz legal...
Gostei mesmo do artigo, mas tenho uma pergunta geral para esses sistemas "independentes"

pra que? <<< essa é a pergunta...

Por que não ajudam no desenvolvimento do Linux que já é algo num estágio avançado e precisa de tanta coisa ainda no SL e o pessoal desenvolvendo sistema novo =/... Não sendo xiita, só não entendo isto...

Que ces axam?

[2] Comentário enviado por birilo em 28/07/2006 - 20:15h

Então Hiran, a idéia do software livre é justamente essa: Ser livre...


Creio que como "sistema operacional teórico" a idéia é interessante, pois pode trazar novas formas de lidar com problemas antigos que o nosso kernel não resolve 100%.

Sem contar que, quando falamos de sistemas operacionais, não podemos falar apenas de desktops. Existe outros tipos de equipamentos (até mesmo SO embarcado) que alternativas pequenas de sistemas operacionais podem ser extremamente úteis.

[3] Comentário enviado por pacman em 28/07/2006 - 22:50h

"Por que não ajudam no desenvolvimento do Linux que já é algo num estágio avançado e precisa de tanta coisa ainda no SL e o pessoal desenvolvendo sistema novo =/... Não sendo xiita, só não entendo isto..."

Ué, por que vc pode pegar o que não dá pra fazer no linux e aplicar em outra coisa. Linux ja tem muita gente usando, agora é partir pra outras coisas, criar alternativas dentro das alternativas :)

[4] Comentário enviado por F4xl em 29/07/2006 - 00:54h

E foi justamente a falta disso que fez o Windows reinar no mercado durante uma década... Pensem nisso! Viva a LIBERDADE!!!

[5] Comentário enviado por davidsonbhz em 29/07/2006 - 01:23h

Muito bom o artigo! É ótimo ver e poder participar de software livre. A alguns anos atrás nem podiamos sonhar em ter alternativas viáveis ao windows.
A questão não é o "pra que" de um novo SO, mas o que isso significa! Todo dia vivemos uma revolução, nossos pais nem sonhavam com isso na época deles, hoje temos opções e se nenhuma delas agradar, crie a sua!
Isso ai! Viva o Software Livre!!!

[6] Comentário enviado por pacman em 29/07/2006 - 02:05h

Acabo de testar o liveCD.

Muito bom, boot rapido, interface intuitiva, leve e funcional. Alguns programas não funcionam 100%, o date and time travou/deixou de responder pra mim, mas o sistema continua funcionando.

Não consegui configurar a placa de rede. Não pega ip por DHCP :(

O browser é interessante. Tem abas, bookmark e suporte a javascript, mas não mostra o source. O conjunto de softwares que vem junto é interessante. Queria ver awk ou vim nesse livecd, pelo menos tem versões pra download desses programas.

Gostei bastante, acho que se fizer um 'apt-get' para ele, ficará show de bola. Virei fã!

[7] Comentário enviado por Century_Child em 29/07/2006 - 02:19h

Esse sistema seria útil pra uma aplicação embutida.

[8] Comentário enviado por edulimaabreu em 29/07/2006 - 02:26h

Ótimo artigo Matheus, é sempre bom abrirmos o nosso horizonte para novas experiências, não vejo a hora de testar esse S.O.
Parabens pelo artigo :)

[9] Comentário enviado por JosuéDF em 29/07/2006 - 08:08h

Belo artigo, testei o syllable a uns 6 meses atrás e achei bomzinho para quem tá começando, O Beos foi se não me engano o segundo SO que testei na minha vida, rodava ele sobre o windows mesmo, achei bom tbm.

[10] Comentário enviado por feraf em 29/07/2006 - 09:43h

Estou no 3º ano de Ciência da Computação, e um dos projetos para a matéria de sistemas operacionais é modificar o kernel do BeOS. Já estou ancioso para saber como funciona um kernel por dentro. Acho que esse é um dos motivos desses sistemas alternativos, é explorar, conhecer, descobrir, é um hobby. Pessoas fascinadas pela tecnologia, que resolvem aprender na prática os conceitos de um sistema operacional.

[11] Comentário enviado por gabrield em 30/07/2006 - 11:23h

Show esse artigo, eu tb já tinha feito uma pesquisa sobre SO's independentes e achei uns bem legais que cabiam em um diskete, como o minuetOS e o Visopsys!!!
Mas...qual é os requisitos mínimos, memória, HD e etc pra ele ser instalado?
Biaxei o cd de instalção mas não encontrei informações sobre o hardware minimo a ser utilizado, quero ve se da pra ressussitar umas máquinas velhas que tenho aqui em casa, se puderem me ajuda...?
Abraços!

[12] Comentário enviado por sax0n_m0f0r em 30/07/2006 - 20:08h

um projeto de qualquer especie é sempre bem vindo e quase sempre ajuda alguma pessoa nesse mundo ahah

o artigo é muito bom ... em questão do que foi escrito la acima em "qual o sentido de criar algo" o sentido vai que a necessidade das pessoas as veze como já disse acima, de projetos como esse . alguma coisa dele por mais que não seja focado, terá utilidade pra alguem... vejo por mim mesmo o BeOS eu renderizava graficos pesados nele com. coisa que talvez conseguisse usando uma platarma mac.

enfim... ideias novas e conceitos novos ou reimplementados, serão sempre bem vindos ;-)

T+

[13] Comentário enviado por jeffestanislau em 30/07/2006 - 20:39h

Parabéns pelo artigo!

A LIBERDADE "em todos os sentidos" é o que fez a maioria dos membros do VOL pensarem um dia em testar o Linux.

Outros foram apenas CURIOSOS... rs rs rs

Mas é esta mistura que faz as coisas acontecerem!


[]'s a todos e Viva a Liberdade!!!

[14] Comentário enviado por removido em 31/07/2006 - 09:29h

Pow... legal , mas tu já testou Matheus??
Falo

[15] Comentário enviado por paulo.plug em 01/08/2006 - 14:22h

pow cara muito bom o Artigo, muito bom mesmo, mais me passa ai onde posso baixar o download pra mim fazer o teste

[16] Comentário enviado por pacman em 01/08/2006 - 14:29h

http://www.syllable.org/get.php#livecd

[17] Comentário enviado por porongo51 em 30/07/2008 - 08:12h

Ótimo artigo. Valeu!

[18] Comentário enviado por Teixeira em 01/12/2009 - 10:18h

Requirementos mínimos:

* Processador Pentium e 32 MB RAM (Para usar o browser vai precisar mais, e para o live CD precisa de 64 MB).

* A instalação básica toma aproximadamente 250 MB de espaço em disco, incluindo uma coleção de aplicativos.

* O suporte a hardware não é nada mau, mas também não muito compreensível.
Existe suporte para uma grande variedade de dispositivos, incluindo video, rede e placas de som, dispositivos USB, impressoras e scanner, de fabricantes como Intel, AMD, 3Com, nVidia, e Creative (diga-se Sound Blaster).

(Traduzido do próprio site da Sli Taz)

Editado em 14/02/2010:
Apesar de requerer um "Pentium" (e isso é muito vago), pode ser que alguém venha a ter problemas de compatibilidade com os K6 e os MMX, por conta de chipsets meia-boca que frequentemente acompanhavam as motherboards "econômicas" que geralmente vinham nesse tipo de micro.

[19] Comentário enviado por edersonhonorato em 14/02/2010 - 11:12h

Alternativa interessante já que apesar de ser um Unix-like, não é baseado em kernel Linux(já que o kernel foi escrito totalmente do zero pelo Kurt), seguindo a linha do BeOS.

Na minha opinião, o que mais interessa em sistemas alternativos como esse, é o fato de utilizar novas tecnologias(falando de software) utilizando hardware obsoleto(veja a configuração minima postada pelo nosso amigo Teixeira...).

Um sistema polido e visualmente bonito rodando em hardware "meia boca" resolve muitos problemas, entre eles o de muitas escolas e comunidades pobres que não precisam de nada mais que um Office e navegador de internet.

Ótimo artigo!


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