Gentoo (make.conf)

Categoria: Miscelânea

Software: Gentoo

[ Hits: 14.814 ]

Por: Carlos Eduardo de Andrade


Muita gente se assusta com o make.conf do Gentoo. E mesmo depois de alguma experiência com ele, ainda tem dúvidas de como ajustar esse importante arquivo no Gentoo.

Estou postando meu arquivo, que funciona com sucesso, com alguns comentários que acredito serem úteis para marinheiros de primeira viagem.

Espero que possamos discutí-lo.


# -----------------------------------------------------------------------------
# by Carlos Eduardo de Andrade

# -----------------------------------------------------------------------------
# Install Features
#
# Estas configurações serão utilizadas por seus programas na hora da compilação.
# O importante aqui é sempre habilitar tudo o que é relativo as seu hardware
# e desabilitar o que não é. É uma lista grande que, com certeza, você irá
# modificar alguma hora. Claro que ela pode ser sobreescrita (na realidade,
# incrementada ou modificada) na hora da compilação de um pacote específico,
# como você queira.

USE="a52 aac acpi accessibility aiglx alsa apm amule arts apache2 audiofile avi
bash-completion bitmap-fonts bluetooth bzip2 cairo cdparanoia cdr core2 crypt cscope
-cpudetection ctype cups dbus devil dia divx doc dts dvd dvdr dvdread emacs -emboss
encode examples fbsplash ffmpeg fftw flac firefox foomaticdb ftp gif
glibc-omitfp glitz glut -gnome graphviz gstreamer gtk gtk2 hal groupwise highlight
history netmeeting nowlistening sms statistics texteffect translator
ieee1394 imagemagick imlib jabber java javascript
jpeg jpg kde kdehiddenvisibility kdeenablefinal lame latex live livecd lm_sensors
logitech-mouse lzo mad matroska mp3 mpeg mime mmx mmx2 mmxext motif
mplayer mysql mysqli ncurses network nls nptl nsplugin ntfs nvidia ogg -oss -openal
opengl pascal pcmcia pda pdf pic png php php5 pnp ppds posix python qt qt3 qt3support qt4
quicktime readline readline real realmedia rtc samba sdl slp smp snmp spell sqlite sse sse2
sse3 ssse3 ssh ssl subversion svg svga synaptics tcltk tetex theora threads tiff
truetype truetype truetype-fonts trusted type1 type1-fonts usb userlocales
v4l v4l2 vorbis wifi win32codecs winpopup wma wmf wmp wmv wxwindows X Xaw3d xanim
xcomposite xine xinerama xml xosd xpm xvid xv zlib"

# Tive problemas com referências circulares com essas clásulas. Aqui, o segredo
# é habilitar uma de cada vez, compilar uma por uma. Compilado uma vez,
# vc pode deixar ligado:
# tetex emacs
# doxygen

# Aqui vc colocar seus dispositivos de entrada como mouse e teclado. O padrão
# é keyboard p/ teclado e mouse p/ mouse. No meu caso, tenho outras 2 clásulas
# pr causa do meu touchpad
INPUT_DEVICES="synaptics evdev keyboard mouse"

# Aqui você coloca os drivers de vídeo que vai usar. Coloquei o driver
# proprietário da Nvidia primeiro, depois o driver livre. Acho que no caso de
# placas da ATI, você deve fazer a mesma coisa. Outras placas desconheço o
# procedimento
VIDEO_CARDS="nvidia nv"

# Idem placas de video, mas em relação a placa de som
ALSA_CARDS="hda-intel"

# Línguas que você quer habilitar. É estranho, mas a variável se chama
# "LINGUAS" mesmo... ehhehe... De novo, ordem de precedência.
LINGUAS="pt_BR en"

# -----------------------------------------------------------------------------
# Compiling Features
# Aqui vamos configurar as opções de compilação. Tem muitas coisas sensíveis
# nesta seção, já que são dependentes do sistema.

# Utilize o CHOST e keywords abaixo caso tenho um processador da AMD de 64 bits
#CHOST="x86_64-pc-linux-gnu"
#ACCEPT_KEYWORDS="amd64"

# Aqui, é a arquiteruta 64 bits da Intel. Note que o core2 ainda não existe
# no gcc. Vai ser implementado na próxima versão.
#ARCH="nocona"
#ARCH="core2"

CHOST="i686-pc-linux-gnu"
#ARCH="prescott"

# Aqui está a menina dos olhos no desempenho do seu sistema. Aqui você deve
# ter cuidado redobrado. Recomendo ler fóruns com sugestões. Meu sistema
# roda redondo assim (Core 2 DUO). Se você tiver um processador AMD,
# mude de acordo.

CFLAGS="-O2 -march=prescott -mtune=prescott -mfpmath=sse -pipe -funroll-loops
-fomit-frame-pointer -fprefetch-loop-arrays -maccumulate-outgoing-args -ftracer"

CXXFLAGS="$CFLAGS" # -fvisibility-inlines-hidden"

# Aqui, temos quantas threads (linhas, processos) de compilação rodarão ao
# mesmo tempo. Muita gente deixa 2 processos por núcleo.
MAKEOPTS="-j3"

# Isso indica p/ limpar coisas que foram geradas na compilação e não são
# mais necessárias
AUTOCLEAN="yes"

# Aqui tem coisas interessantes: sandbox protege seu sistema, compilando
# suas coisas de modo protegido, ou seja, evita problemas na recompilação
# de coisas que estão sendo utilizadas. userfecth faz seu sistema baixar
# os pacotes com permissões de usuário comum, protegem seu sistema de ataques.
# parallel-fetch (a mais interessante): permite que enquanto você compila um
# pacote, baixe outro!# ccache explico depois.
# buildpkg constrói pacotes binários e getbinpkg tenta usar um pacote binário,
# caso exista, ao invés de compilar.
FEATURES="sandbox userfetch parallel-fetch ccache" # buildpkg" #getbinpkg"

# O ccache é um programa (você deve baixar e compilar antes de tudo) que
# permite vc reaproveitar coisas já compiladas, baixando o tempo de compilação
# do sistema todo. É uma boa idéia utilizar.
CCACHE_SIZE="2G"
CCACHE_DIR="/root/.ccache"

# -----------------------------------------------------------------------------
# Downloading Features
#
# Aqui você define de onde baixará os pacotes.

GENTOO_MIRRORS="http://www.las.ic.unicamp.br/pub/gentoo
http://csociety-ftp.ecn.purdue.edu/pub/gentoo
http://sunsite.ualberta.ca/pub/unix/Linux/gentoo http://gentoo.oregonstate.edu/
http://ibiblio.org/pub/Linux/distributions/gentoo"

#GENTOO_MIRRORS="http://csociety-ftp.ecn.purdue.edu/pub/gentoo
#http://sunsite.ualberta.ca/pub/unix/Linux/gentoo http://gentoo.oregonstate.edu/
#http://ibiblio.org/pub/Linux/distributions/gentoo"

# No caso de usar emerge --sync: ele faz por rsync ao invés de web
SYNC="rsync://rsync.las.ic.unicamp.br/pub/gentoo-portage"

# Onde um snapshot do sistema será guardado. Recomender ler sobre o portage
# p/ mais detalhes, já que isso é um assunto longo.
PORTDIR_OVERLAY="/usr/portage"

# for cfg-update
PORT_LOGDIR=/var/log/portage

# END
  


Comentários
[1] Comentário enviado por jackbefree em 22/01/2017 - 08:41h

When I make changes to the make.conf file, what command do I put to activate the changes?
Please send me an answer.

Tanks....

Agora vou perguntar na lingua materna: Quando eu modifico o arquivo "make.conf" em /etc/portage/make.conf !
que comando eu digito para efetivar as alterações ? Se é que voce se lembra.....

[2] Comentário enviado por jackbefree em 22/01/2017 - 09:07h


O insteresante que não tem data teu post.
Então vem a pergunta que não quer calar: você ainda esta usando Gentoo Linux?

Vendo teu perfil, começou usando Slackware, eu também. Mas são os desafios que me movem.
E qual desafio maior do que instalar Gentoo?
Foi no 1º FLISOL que participei em Curitiba o primeiro realizado na PUC, que levei meu computador para alguém instalar,
pois nas tentativas sem sucesso, pensei, lá deve ter um hacker que manja da arte. Ledo engano. Acabei instalando para dois
usuários de notebook, a distro Mint. Mas quando cheguei em casa, depois de muito tutorial posts e videos, eis que o Gentoo
buta e funfa, mal e porcamente, 24 horas de compilação do XFCE4..... Não largo mais desta Distro.

Esta é a melhor referência que achei sobre o Gentoo: Chamado de "Slackware para donas de casa" e, pior ainda, "Slackware para donas de casa com tempo sobrando" https://www.ibm.com/developerworks/community/blogs/752a690f-8e93-4948-b7a3-c060117e8665/entry/gentoo... . Abraço.

[3] Comentário enviado por an_drade em 22/01/2017 - 11:44h

Poxa, esse post foi cavado das profundezas. Eu acredito que tenha postado isso a uns 10 anos atrás mais ou menos. Desde 2010, eu migrei para Mac OS e não uso Gentoo. Mas ainda sinto uma certa nostalgia pois sou usuário do macports, um gerenciador de pacotes muito parecido com o ports do BSD, donde muita coisa do Gentoo foi inspirada.

Entretanto, não apandonei Linux completamente. De fato, os servidores da empresa onde trabalho são todos Linux (várias distribuições) e tenho uma máquina virtual com Mint quando preciso compilar coisas estaticamente.

Mas eu gostava muito do Gentoo, pois era extremamente estável e rodava que nem um avião, depois de compilado. Mas com o passar dos anos, seu tempo se torna cada vez mais precioso, e vc precisa escolher qual tipo de luxúria vai fazer. Se um dia voltar ao Linux no meu desktop, talvez dê uma secunda chance.

Abraços,

Carlos


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