Olá a todos! É o meu primeiro texto aqui no VOL, espero que seja o primeiro de muitos. Neste artigo apenas compartilho a visão que tenho sobre o mundo Linux (trabalho até um pouco com ele aqui na empresa), das dificuldades de aceitação por parte de usuários, modelos in-house.
Palavra-chave: aceitação.
Tenho vivido experiências no mundo open-source que tem contribuído muito para minha formação profissional (minha próxima meta aqui na empresa é implantar um servidor de impressão digno, aka Slackware 13).
A principal experiência é o suporte a usuários que adquiriram um novo PC ou laptop com o adesivo "made for pinguim".
A guerra é grande. Ao ouvir frases do tipo "que Windows é esse? eu quero o XP!", "não consigo instalar o Photoshop", "não tem o botão iniciar", "o que é o OpenOffice", "cadê o MSN?" e por aí vai... Dei-me conta do quanto as pessoas podem ser influenciadas facilmente por propagandas, amigos mais chegados ou até mesmo os "tequinicos" que tem por aí. Em 90% dos casos, onde meus serviços são solicitados, os clientes exigem a troca do sistema operacional instalado para Windows XP. Como foi importante para a Microsoft, durante o período dos anos 90, onde seu reinado foi instaurado sem perturbações ou abalos.
"Conceitos" foram criados e empurrados como padrão: mostre a um leigo uma distribuição Linux, com área gráfica padrão Gnome (onde temos a barra de tarefas na parte superior) e você ouvirá a clássica frase, que é o título deste texto bem simples.
Atualmente encontro dificuldades em conversar com um cliente ou amigo acerca do Linux (que não é o bicho de 7 cabeças que aparenta ser). Nada deve ser por pressão. O Linux não ganhará expansão em desktops se for pregado como religião. Ainda encontro maneiras de demonstrar ao cliente as vantagens (e desvantagens também) do sistema proposto; mostrar que existe um mundo de escolhas.
Recentemente implantei o BrOffice.org em um laptop de uma amiga que viaja muito para fora do Brasil. O Dell que ela tem (um Vostro da vida) veio com Windows XP Home, com OpenOffice e ainda na garantia.
Removi o Open, coloquei o BrOffice, configurei-o da melhor maneira possível, inclusive salvando os arquivos no formato Microsoft de ser, mas veio a triste realidade: ela disse para mim que os arquivos que ela cria e passa para outras pessoas abrem totalmente desconfigurados e vice-versa. Expliquei a diferença entre as estruturas das duas suítes, mas não deu outra, ela está para adquirir o Office 2007 Student Pack. Sei que o time/comunidade do BrOffice está se esforçando para ser cada vez melhor, assim com o Linux também.
Encerro por aqui este primeiro texto e apresentação da minha opinião também.
Agradeço a todos e fico no aguardo de críticas e sugestões.
[1] Comentário enviado por yui em 26/08/2009 - 17:22h
Assim, entendo perfeitamente a visão das pessoas, mas é aquilo penso que se a pessoa não tiver a mente aberta não vai nunca conseguir usar o linux normalmente.
Atualmente eu sou a única da empresa em que trabalho que utiliza Linux, e também utilizo em casa. Dizer que eu não uso windows, acabo por usar sim, mas porque infelizmente não tenho como rodar todos os meus jogos no linux.
A cada dia que passa vejo o Linux mais fácil de usar, sem quase precisar ir no terminal. Espero que se torne uma realidade as pessoas abrirem a mente para algo "novo".
[2] Comentário enviado por Urso_Polar em 26/08/2009 - 17:33h
Olá Yui!! Obrigado por comentar e expressar sua opinão sobre o tema! O que escrevi não está bem redigido. é o primeiro deles..rs.. Concordo com seu ponto de vista, mas infelizmente, mas ainda assim é necessário que ocorra uma valorização do Linux por parte da sociedade. Mas se bem que, nos fóruns que participo, sempre ouço a frase "O Linux não concorre com o Windows, no segmento Desktop".
[3] Comentário enviado por albfneto em 26/08/2009 - 17:54h
Concordo com Yui, é questão de tempo, tanto que a $Microsoft$ tá supoer preucupada com Linux e GoogleOS!
Duro que Linux tem Menu Iniciar, botão iniciar... 'e K Menu do KDE e o aplicativos do GNOME! rsrsrsrsr
[4] Comentário enviado por Yui em 26/08/2009 - 19:55h
Urso_Polar -> Concordo com o seu ponto, mas reafirmo que só vai haver essa valorização a partir do momento em que a sociedade "abrir a mente" para o Linux e ai que está a dificuldade, a maioria das pessoas tem medo de algo novo, prefere se manter no conforto da "estabilidade" do sistema antigo.
albfnet -> Fato que a Micro$oft está preocupada com o Linux (e aqui destaco o Ubuntu) e com o ChromeOS (senão me engano é esse o nome do sistema da Google), estão começando a perder o mercado e enquanto não mudarem a mentalidade, vão perder mais ainda. Se parar pra pensar nem Windows mais tem menu iniciar... xDDD
[5] Comentário enviado por medicodepsf em 26/08/2009 - 20:08h
O problema do Linux é que é mais fácil (menos trabalhoso e requer menos conhecimento) para o técnico da esquina dar suporte técnico para Windows do que para duas ou três distribuições-tronco, como debian, red hat e slackware. Se nem o técnico da rua quer saber disto, que será da dona-de-casa ou do pai de família que só mexe no computador nos finais de semana?
Esse é o ponto. A presença física do técnico em casa. Mas o técnico é o primeiro a forçar a pirataria de software como algo normal, legal, e ai de vc se falar que ele está fazendo algo de errado. Será convidado a sair da loja dele.
Tendo um suporte técnico, é fácil as pessoas usarem o Linux. Muitas querem. Mas é que as pessoas que querem se aventurar eventualmente ficam NA MÃO, sem ajuda. Só a ajuda online não dá. Assim como nenhum livro substitui o professor, não há como substituir a ida do técnico na sua casa num socorro (cadê meus documentos, onde eu os salvei?, o que é K3B?)...
[6] Comentário enviado por malanga em 26/08/2009 - 21:49h
Esse tema é muito bom,
acredito que cada um de alguma forma acaba matando um leao por dia quando assume definitivamente o linux em nossas vidas.
como o nosso amigo diz no texto, anos 90 a Microsoft fez o trabalho de casa, nao tinha concorrente eu acredito ate hoje que a pirataria desvairada daquela época foi na verdade a melhor forma que a empresa utilizou para viciar seus usuarios.
acredito tambem, que com calma, e com as novas distros cada vez mais usuárias do que servidores, o linux tem um futuro brilhante pois a
grande diferenca entre Microsoft e tudo o resto do mundo esta na paixao de quem utiliza linux pq se voce perguntar pra um usuario
do Vista ele vai falar "é lindo mas trava toda vez" agora perguntar qual distro eu ou voce utilizamos, certamente ira receber respostas
muito diferentes.
uma coisa que sempre discuto e nem gosto de entrar no merito, do quanto se economiza com linux, acredito que linux é muito mais do
que valores e ainda faço uma pergunta, se a microsoft amanha soltar o windows 7 de graça voce instala? eu nao.
[7] Comentário enviado por ricardok2 em 26/08/2009 - 22:40h
Na minha opinião, uma grande barreira a ser vencida pelo Linux é o comodismo do usuário.
Por mais friendly user que ele seja (Ubuntu por exemplo), ele nunca vai ser o Windows, sempre haverão diferenças entre os sistemas, e o usuário comum não tem "saco" pra ficar descobrindo as funcionalidades e gastanto horas pesquisando manuais e configurando o sistema (coisa que eu adoro fazer! e aposto que a maioria aqui também), prefere na maioria dos casos ficar com o trivial do Windows, mesmo que PIRATA.
[8] Comentário enviado por Teixeira em 26/08/2009 - 22:54h
" se a microsoft amanha soltar o windows 7 de graça voce instala? eu nao. "
Nem eu. Pelo menos o Vista eu quero perder de vista.
No entanto respeito o XP e o considero como um "bom" sistema operacional.
Também respeito o 98 e o 95, apesar de suas limitações atuais (foram mortos pela indústria de hardware e software, embora não o tenham sido por seus usuários, que infelizmente não têm a quem recorrer para atualizar um antivirus ou para conseguir um reles navegador que funcione na internet de hoje, ou para acessar a Receita Federal ou a Caixa, etc., etc., etc.).
É um total contrasenso não querer o Linux "porque é diferente e/ou difícil" e aceitar de bom grado o Vista onde afinal TUDO é diferente, está tudo fora dos lugares a que os usuários já estavam acostumados, e exige muito mais máquina para se fazer as mesmas coisas (com mais enfeites, e gastando mais recursos e mais dinheiro).
Isso nem Freud explica ("me inclui fora dessa!...").
[9] Comentário enviado por Rafaell em 28/08/2009 - 16:12h
Na minha opinião a culpa é TODA dos fabricantes brasileiros de computador. Ao invés de colocarem distribuições fáceis, famosas e bem feitas, como o Ubuntu, por exemplo, preferem colocar distribuições mal feitas, desconhecidas e difíceis de usar... aí vaí uma lista (Fênix, Satux, Insigne, BitLinux, etc...). Sendo assim, eles assustam os consumidores, que tomam trauma do Linux. Mas pegue um Ubuntu e mostre pra pessoa, que ela sara do trauma rapidinho... O problema é que eu sei só de 2 marcas que trazem distribuições famosas e fáceis. A Positivo (Mandriva) e a Microaboard (Ubuntu).