Prejuízo com pirataria de software no Brasil mais que dobra [RESOLVIDO]

luanyata
(usa Ubuntu)

Enviado em 11/05/2010 - 17:46h

Hoje saiu essa matéria sobre o aumento da pirataria de software

http://www.adnews.com.br/lerrss.php?id=103140

Como vc ver isso?
Como isso pode nos afetar (usuários em geral independente do OS usado)??

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 11/05/2010 - 19:13h

Para produzir e comercializar um software da qualidade do Windows, ou seja, um programa igualmente refinado, contando TODAS as despesas e a margem de lucro de 100% (de um modo bruto), tendo porém em vista a enormidade de cópias adquiridas legalmente, o seu preço justo estaria entre R$ 48,00 e R$ 82,00 (notem uma margam muito grande).
Portanto os R$ 400,00 são exatamente para cobrir financeiramente o rombo deixado pelo universo de cópias piratas.
Se desse prejuízo de verdade a Microsoft, a exemplo de tantas outras, já teria fechado as portas. Eles não são bobos, e fizeram suas contas direitinho.
Pelos mesmos motivos, não podem deixar de cobrar os 400,00.
Sendo que naqueles 100% de lucro bruto estão incluídas despesas como impostos e taxas especiais, se houverem.

Os cálculos foram feitos em dólares norteamericanos convertidos (e arredondados) para Reais, com base em informações de volume de vendas mundiais pela própria Microsoft.

Portanto, esse prejuízo já é previamente calculado.
É o mesmo caso das empresas de transportes coletivos que estabelecem seus preços com base em planlhas de custos, e posteriormente a isso pretendem cobrar mais um "por fora" por conta daquilo que eles chamam de "gratuidades" ou seja, o transporte de escolares, idosos e portadores de enfermidades crôncas ou deficiências físicas.
Muito me irrita esse termo "gratuidade" pois é uma "gratuidade paga", já que os governos abrem mão de parte de seus impostos exatamente para esse fim.
Não é uma gratuidade, mas sim um patrocínio, ou uma subvenção. Que OUTROS estão efetivamente pagando.

Assim também o dizerem que o Windows Starter é uma "amostra grátis" (interssante: tirando essa "amostra grátis' o micro fica cerca de 200,00 mais barato)...

Os números apresentados naquele artigo contradizem as informações dos próprios desenvolvedores.

A meu ver, mais um artigo para encher linguiça e reclamar de barriga cheia.
Vai que cola...

luanyata
(usa Ubuntu)

Enviado em 12/05/2010 - 09:02h

Cada vez que eu leio um post do Teixeira mim impressiono como ele coloca as palavras, a facilidade de falar... Show de bola... :D

Realmente a queda do custo do sistema cai absurdamente... nunca tinha pensado nesse ponto onde tudo está incluso no valor atual...

teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 12/05/2010 - 15:46h

Em geral as pessoas não pensam nisso. E seria até paranóia fazê-lo constantemente.
Mas note que hoje em dia já não se vende mais o produto em si, conforme antigamente quando inventaram o dinheiro.

Quando se compra um automóvel, está-se comprando as condições de financiamento e não o veículo em si.
Ao comprar um produto que chegue até nós na nossa porta, estamos pagando pela nossa preguiça de sair, ir pesquisar e pechinchar.
Isso é um tanto perverso, mas acontece que existem nichos de negócio para praticamente tudo.

Hoje vemos alguns negócios milionários que jamais teríamos a idéia (ou condições) de empreender, e que deram muito certo. Exemplo: Google.

Neste exato momento, milhares de pessoas estão pagando 420% (quatrocentos e vinte por cento) a mais por um simples cosmético, apenas porque ele vem em casa.
Outros pagam mais de 200% de overprice sobre o preço de roupas ou calçados, apenas para desfilar com uma bolsa de propaganda de alguma loja de griffe (a bolsa em si, por mais luxuosa que seja, sai por cerca de R$ 5,00 ou menos, dependendo da quantidade)...

As pessoas são inteligentes enquanto "pessoas".
Mas quando viram "povo", aí a coisa complica.

Há alguns anos atrás os brindes de propaganda eram distribuídos gratuitamente, ou através de campanhas de incentivo ao consumo de um determinado produto.
Hoje, além de pagarmos pelo produto, pagamos também para fazer propaganda daqele produto.
Exemplo? Camisetas de clubes (com seus patrocinadores), bonés, chaveiros, ioiôs.

Eu já fui bancário no tempo em que os bancos forneciam gratuitamente toda a papelada ao cliente e ainda remuneravam à base de 6% ao ano.
Hoje em dia nós pagamos para eles ganharem dinheiro com o NOSSO dinheiro.
Cobram pelo extrato, pelos talões de cheque, etc., para manter a conta corrente aberta, e até para atender o telefone. Quer mais?

Obs. Antigamente não havia dinheiro e se praticava o escambo, que é a troca de bens "in natura".
Mas o dinheiro veio a calhar, porque como é que alguém iria comprar um navio, por exemplo? Trocaria por ovelhas ou pombinhas? rsrsrs

luanyata
(usa Ubuntu)

Enviado em 12/05/2010 - 16:12h

De quem seria a culpa...

Acordo Empresa X Governo X Mercado Internacional?
Empresa com o proposito de querer está no topo?
Nós consumidores que sempre sedemos, aceitando tudo que está acontecendo.?

Em relação a o mercado atual o "boicote" seria uma das soluções mais eficaz, o deveríamos ter mais confiança e que Empresas X Governo e o Mercado Internacional onde todos vão chegar a um acordo em pro de todo...
como recentemente foi dito que a Apple abrirá uma fabrica no Brasil para assim reduzir o custos de seus aparelhos.

Fabricio.Er
(usa Debian)

Enviado em 12/05/2010 - 17:23h

li a noticia em outro site, na mesma hora queria saber como foi feito essa pesquisa, e se ele tinha considerado a existência de software livre ou simplesmente consideraram que cada pc vendido deveria ter um O.S legalizado, um office legalizado e algum programas de menor saída legalizados aqui e ali.

quando eu era menor e não tinha verba própria baixei bastante jogos e comprei apenas alguns jogos piratas. depois de ter me irritado com produtos de baixa qualidade (monitor, e drive de cd da lg, e pc comprado no paraguaí que começou o hardware começou a dar problema), comecei a evitar a compra de coisas que não se sabe de onde veio, já fiz isso com a minha bike que ficou pelo menos 20x melhor que quando eu comprei ela.

como dizia o velho ditado: o barato sai caro. (quem aqui não gastou uma fortuna com formatações na época de windows?)
antes que saiam atirando pedra em mim lembrem que toda regra tem uma exceção.

teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 12/05/2010 - 18:16h

Existem certas exceções por conta de um mercado alternativo porém legal. Digamos, um "mercado de apoio".

Tive uma moto Honda e sempre comprei peças originais.
No entanto descobri que alguns itens não fundamentais (velas, lente da lanterna) são disponibilizadas no mercado com as mesmas especificações do produto original, a um preço muito mais em conta.
Por exemplo, uma lente de lanterna Honda original custava 65,00 (dinheiro da época) e o produto da Aprilia (o proprio fabricante para a Honda) custava 13,50.
As velas, da NGK e com a mesma nomenclatura, custavam uma fração do preço do produto original.
Descobri isso quado comprei umas velas originais que vieram bichadas e não foram cobertas pela garantia (naquela época era assim mesmo).
Aí comprei as "não originais" originais e ficou tudo certo.
Agora, peças essenciais, só originais mesmo.

Em alguns produtos de software é possível obter algumas gratuidades ou descontos.
Temos de ficar atentos às oportunidades, que aparecem de vez em quando.
Graças a isso, já pude ter Corel Draw! 6.0 original (com direito a registro) e outros produtos que, se fosse pagar, gastaria uma pequena fortuna.
E até um programa japonês para converter MIDI em WAV, registrado a convite do próprio desenvolvedor.

Tem ambém alguns produtos de software com preços incrivelmente altos.
Há poucos anos atrás eu me interessei por um compilador Cobol que julguei ser barato e no entanto tiveram a cara de pau de me cobrar R$ 1.740,00 (!!!!!!!!!!!!!!!).
Considerando que existem MUITOS outros compiladores bem mais em conta - e alguns gratuitos e com apelo visual - acho que eles simplesmente deixaram de ganhar um "cemzinhos"...

luanyata
(usa Ubuntu)

Enviado em 13/05/2010 - 15:50h

Gostaria de agradecer a todos pelos esclarecimento e em especial o @teixeira esse cara ta mim dando uma visão de 2 segundo ponto de vista, não pro profissionalmente mais tbm pessoalmente...

;)