A pós-instalação do Arch Linux

Olá pessoALL! Nesse artigo vou mostrar como é o processo de pós-instalação do Arch Linux. Ao menos, da forma que eu uso... Alguns pode se perguntar o motivo de eu não tratar a instalação em si. Simples, já tem bastante coisa sobre isso. Se quiser, basta seguir um punhado de comandos que podem ser encontrados por toda a internet e pronto. Uma pós-instalação é algo pessoal, que varia a depender do gosto das pessoas, então, esse meu artigo pode até servir para automatizar caso eu precise fazer novamente esse procedimento.

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Por: Gildásio Júnior em 19/08/2015


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Olá pessoALL! Nesse artigo vou mostrar como é o processo de pós-instalação do Arch Linux. Ao menos, da forma que eu uso... Alguns pode se perguntar o motivo de eu não tratar a instalação em si. Simples, já tem bastante coisa sobre isso. Se quiser, basta seguir um punhado de comandos que podem ser encontrados por toda a internet e pronto. Uma pós-instalação é algo pessoal, que varia a depender do gosto das pessoas, então, esse meu post pode até servir para automatizar caso eu precise fazer novamente esse procedimento. :)

Obs.: originalmente postado em meu blog pessoal:

A distribuição

Arch é uma das grandes distribuições GNU/Linux que existem. Numa primeira visão, é tida como uma distribuição complicada de se usar, mas nada que alguns instantes de leitura, quando se pega um problema, não resolva. Essa distro é focada em ser minimalista, elegante e, claro, muito KISS! Assim como o grandíssimo Slackware (Amém!).

Ela tem seu próprio package manager, o pacman, que particularmente, é o melhor que já utilizei. Fora os repositórios oficiais e do pacman, tem o AUR (Arch Linux User Repository) que contém alguns scripts que automatizam a instalação de bastante coisa. Pode ser pensado como um SlackBuilds, para quem conhece.

Chega de enrolação, e vamos seguir...

Pré-requisitos

Como já deve ter percebido, esse é um artigo sobre pós-instalação, o que quer dizer que apenas o que precisa é do Arch instalado. Conexão com a internet já está incluso, para o caso das instalações...

Leringou?!

Antes de mais nada, gostaria de salientar que todos esses comandos aqui mostrados foram testados em meu processo de pós-instalação, mas se no caso de algum de vocês tiver algum erro, basta comentar e unimos forças para resolver.

Teclado

A primeira parte da configuração é deixar o teclado em ABNT2 permanentemente. Para isso, basta editar um arquivo inserindo um parâmetro... Simplesmente rode o comando:

# echo "KEYMAP=br-abnt2" >> /etc/vconsole.conf

Já vai estar lindamente configurado. Ou ao menos deveria... Vale lembrar que essa configuração de teclado é válida para o console. Caso rode um ambiente gráfico deverá fazer mais um procedimento (mas eu mostrarei quando chegar a hora).

Usuário

Se você usa GNU/Linux deve saber o motivo dele ser tão seguro. Mas se não sabe, vem com o tio... Se dá principalmente pelo "isolamento" de permissões que o usuário normal e o root tem. Então, precisamos criar nosso usuário... Veja o comando:

# useradd -m gjuniioor

Basta criar a conta, criando juntamente a pasta para esse usuário (isso se faz com o parâmetro -m ali mostrado). Depois, vamos nos atentar para com a senha. Mude-a:

# passwd gjuniioor

sudo

Pronto, agora isolamos o root na dele para não ser muito usado (essa é uma ótima prática). Mas precisamos ter privilégio com o nosso usuário para que ele possa instalar programas, configurar certas coisas e demais. O sudo faz isso para você... Ele consegue fazer com que usuários que tenham permissão se torne o todo poderoso por um instante. Vamos instalar:

# pacman -S sudo

Depois disso, teremos de dar essa permissão ao nosso usuário. Há várias formas de se fazer isso... Abra o arquivo /etc/sudoers e ao final terá uma sessão para isso.

A maneira que prefiro fazer é adicionando meu usuário ao grupo sudo e assim, tendo todo acesso.

Então, temos de criar o grupo e adicionar nosso usuário a ele:

# groupadd sudo
# gpasswd -a gjuniioor sudo


E lá no arquivo de configuração que já mostrei (se não lembra, leia novamente, você está fazendo isso errado) podemos descomentar a linha que tem algo como:

%sudo ALL=(ALL) ALL

Rede

É de suma importância se conectar à internet... Se você utiliza rede Wi-Fi, pode fazer isso de forma simples com o wifi-menu. Se você precisa de conexão cabeada, tem uns pares de tutoriais por ai ensinando sobre isso (inclusive na Wiki do Arch, claro).

Agora, sempre que ligamos o computador teremos de rodar o wifi-menu ou seja lá qual programa use para se conectar? Claro que não... Basta dizer ao sistema para sempre que ligar já buscar pelas redes que já fez login. Apenas execute:

ip addr

Com esse comando saberemos os nomes das nossas interfaces de rede (já que o padrão foi alterado e ainda não encontrei um motivo bacana para isso ou uma forma legal de reverter) que iremos usar para o comando, veja:

# systemctl enable netctl-auto@interface_wifi
# systemctl enable netctl-ifplugd@interface_ethernet


Yaourt

Já falei sobre o AUR aqui. O yaourt é basicamente um pacman que vai utilizar esse repositório. Bacana, não?! Vamos instalar ele...

Abra o arquivo /etc/pacman.conf e insira isso ao final:

[archlinuxfr]
SigLevel = Never
Server = http://repo.archlinux.fr/$arch

Em seguida, atualize a lista dos servidores e instale o programa:

# pacman -Sy
# pacman -S yaourt


Xorg

Como nem do de linha de comando vive o homem, talvez precisaremos do X instalado e rodando. Então, vamos ver o que fazer... O primeiro passo sobre isso é instalar os servidores e demais programas necessários:

# pacman -S xorg xorg-xinit

Pronto, já está OK! Ao menos o servidor... Agora precisaremos do window manager ou um desktop enviroment se preferir.

Teclado para o X

Eu disse que quando chegasse o momento eu falaria. Já que instalou o servidor é porque vai rodar ambiente gráfico em algum momento. Então, precisará do teclado devidamente configurado quando for usar isso... Basta editar o arquivo /usr/share/X11/xorg.conf.d/10-evdev.conf adicionando isso:

Section "InputClass"
    Identifier "evdev keyboard catchall"
    MatchIsKeyboard "on"
    MatchDevicePath "/dev/input/event*"
    Driver "evdev"
    Option "XkbLayout" "br"
    Option "XkbVariant" "abnt2"
EndSection

X pronto, prosseguimos!

i3 Window Manager

Seguindo a ideia de que o Arch é uma distro minimalista (e eu adoro isso) o i3 é um window manager de alta qualidade, simples de configurar, leve... Ou seja, se viesse com pizza seria perfeito! Vamos instalá-lo:

# pacman -S i3 dmenu

Obs.: o i3 usa o dmenu como um laucher, então, é legal ter para facilitar a vida.

Agora, adicione a linha para executar o i3 ao iniciar o x:

echo "exec i3" > ~/.xinit

Para rodar basta chamar o "startx".

Possa ser que precise de um terminal quando vai para o X, então, recomendo a instalação do Xterm:

# pacman -S xterm

Não vou mostrar aqui como personalizar o i3 pois já tem um material muito bom que passarei a você. Recomendo que termine esse post para depois prosseguir para o do i3:
Deixo aqui também a sugestão dos meus arquivos de configuração:

Áudio

Vamos deixar o áudio funcionando para caso precisemos daquela empolgação com a música... Precisamos então do ALSA e do Pulse trabalhando lindamente. Vamos:

# pacman -S alsa-lib alsa-utils alsa-firmware alsa-plugins pulseaudio-alsa pulseaudio
# pacman -S pamixer
# pacman -S cmus vlc


A primeira linha instala os programas necessários para rodar o som. A segunda é um mixer via linha de comando que eu decidi testar e estou gostando. E na terceira, já dá para perceber que se trata de reprodutores, certo?! O cmus é um reprodutor de áudios feito para CLI. O VLC dispensa apresentações.

Talvez você precise adicionar para o PulseAudio ser executado ao iniciar o i3. Talvez não... De qualquer forma, teste, se precisar, basta fazer isso:

echo 'exec --no-startup-id "pulseaudio --start' >> ~/.i3/config

Para adicionar um ícone informando sobre o status do volume, pode configurar mexendo em um arquivo (e o guia do i3 mostra como) ou pode simplesmente copiar meu arquivo de configuração para você:

Programas usuais

Irei adicionar aqui alguns programas que são importantes e bastante úteis se ter... Os softwares contidos aqui são de minha escolha pessoal, ou seja, são que eu gosto, fique à vontade para preencher como quiser. Vejamos:

Compressores:

# pacman -S tar gzip bzip2 unzip unrar p7zip

Browser:

# pacman -S luakit firefox

Compatibilidade de disco:

# pacman -S ntfs-3g

Downloaders:

# pacman -S wget curl

PDF Viewer:

Gostaria de comentar sobre essa seção em especial... Tem uma aplicação para leitura de PDF no modo gráfico que é bem leve e gosto dela:

# pacman -S epdfview

Mas as vezes me dá na telha a vontade de usar o console puro. Portanto, as vezes leio PDF por ele. Então, é preciso o programa fbgs que está no pacote fbida para rodar. Então:

# pacman -S fbida

Mas ele precisa de um outro (o famoso Ghostscript) para gerar o que você vai visualizar:

# pacman -S ghostscript

Conclusão

Então pessoal, é isso... Tem mais coisas que uso, claro!, como por exemplo o Vim, Transmission... Mas isso fica para outros posts pois são mais extensos e aqui está o básico para deixar funcional e já redondo. Fiquem a vontade para criticar se quiserem.

Não deixem de ver meus dotfiles no GitHub: para caso queiram usá-los.

Até mais ver!

   

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Comentários
[1] Comentário enviado por xerxeslins em 19/08/2015 - 16:47h

Muito legal! ideal para quem está começando!

Abraço!

[2] Comentário enviado por stilldre em 20/08/2015 - 09:42h


muito bom! se o funtoo acabasse minha primeira opção seria o arch! ja testou o manjaro? vou baixar a iso e testar aqui, deve ser bom também...

[3] Comentário enviado por killwill em 27/08/2015 - 20:53h


Uso o Manjaro Linux na minha máquina principal e aconselho. Após anos usando Debian e seus derivados me aventurei no Arch e gostei.Rápido...muuuito rápido. Abç

[4] Comentário enviado por 11235813 em 31/08/2015 - 11:48h

Mês que vem vou voltar a me aventurar no Arch, já deixei como favorito aqui!
Vlw!

[5] Comentário enviado por nicolo em 01/09/2015 - 12:43h

Eu até uso um pouco de command line, mas não consigo entender qual o prazer em fazer tudo em command line.
Depois do básico o command line torna-se muito específico para cada aplicação, com sintaxes apropriadas para os profissionais. Eu aprendi que a partir de determinado ponto num conhecimento, a coisa vai para a jurisdição dos profissionais, logo na maioria das atividades o pragmatismo propicia bons resultados. Como deve ser usar o rosegarden na linha de comando?
Eu entendo que o arc é uma proposta futurística e ambiciosa de roller distro, isto é: Eternamente up-graded (diferente de up-dated) sem reinstalar o sistema. Isto numa empresa reduz custos de reinstalar o sistema e todos os programas de tempos em tempos; além de manter a continuidade operacional da empresa. Cada vez que muda o sistema para uma nova versão na empresa é um desespero.
Logo o Arc é uma grande revolução, ainda em curso .... mas paixão por command line, isso... eu não consigo entender.

[6] Comentário enviado por z3lost em 11/09/2015 - 11:15h

Grande artigo, reinstalei meu Arch utilizando ele.

Só corrigindo:
echo "exec i3" > ~/.xinit
echo "exec i3" > ~/.xinitrc

[7] Comentário enviado por gjuniioor em 15/09/2015 - 14:23h


[6] Comentário enviado por z3lost em 11/09/2015 - 11:15h

Grande artigo, reinstalei meu Arch utilizando ele.

Só corrigindo:
echo "exec i3" > ~/.xinit
echo "exec i3" > ~/.xinitrc


Opa, cara! Muito obrigado! Tanto pelo artigo como pela correção!

Como aqui não posso colocar updates, fiz em meu blog: https://gjuniioor.wordpress.com/2015/08/12/a-pos-instalacao-do-arch-linux/
Espero que não tenha problema linkar esse teu perfil como agradecimento lá :)


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