Adicionando ou removendo discos do Storage

Este artigo visa demonstrar a manipulação de devices que se encontram no Storage, identificá-los e removê-los sem necessidade de parada do seu ambiente de produção. E, como funciona o mundo dos Storages para o sistema operacional.

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Por: Rodrigo Carvalho em 29/05/2012


Storages - File Systems - Canal de Fibra



O que são storages?

Segundo a Wikipedia: Rede de Área de Armazenamento.

"Os storage networks, ou redes de armazenamento, diferenciam-se de outras formas de armazenamento em rede pelo método de acesso em baixo nível que eles apresentam. O tráfego de dados nessas redes é bastante similar àqueles usados internamente em discos, como ATA e SCSI.

Em uma rede de armazenamento, o Servidor envia pedidos por blocos específicos ou segmentos de dados de discos específicos. Esse método é conhecido como block storage (armazenamento de blocos). O dispositivo age similarmente a um drive interno, acessando o bloco específico e enviando a resposta através da rede.

Em alguns métodos de acessos de arquivos mais tradicionais, como SMB/CIFS ou NFS, o servidor envia pedidos para um arquivo abstrato como o componente de um grande sistema de arquivos, gerenciados por um computador intermediário. O intermediário, então, determina o local físico do tal arquivo abstrato, obtém acesso a um dos drives internos e, por fim, envia o arquivo completo pela rede.

A maioria das SANs usam o protocolo SCSI para a comunicação entre servidores e dispositivos, embora não usem o baixo nível da interface SCSI.444.

Benefícios

Compartilhar o armazenamento normalmente simplifica a administração e proporciona flexibilidade, uma vez que cabos e dispositivos de armazenamento não precisam ser movidos fisicamente para mudar armazenamento de um servidor para outro, por exemplo. Note que, no entanto, com a exceção do sistema de arquivos SAN e clusters, a SAN ainda é de relação um-a-um. Ou seja, cada dispositivo na SAN é de propriedade de um único computador. Oposto a isso, o NAS (Network-Attached Storage) permite que vários computadores acessem ao mesmo conjunto de arquivos em uma rede.

As SANs tendem a aumentar a capacidade de armazenamento, uma vez que múltiplos servidores podem compartilhar a mesma reserva de crescimento.

Outros benefícios incluem a habilidade de permitir que servidores efetuem boot pelo próprio SAN. Isto permite uma rápida e fácil reposição de servidores defeituosos, uma vez que o SAN pode ser reconfigurado para que o servidor de reposição use o LUN (Logical Unit Number, ou número lógico de unidade) do servidor defeituoso. Esse processo pode levar pouco mais de 30 minutos e é uma idéia relativamente nova que está sendo implantada em novos data centers.

As SANs também tendem a ser mais eficazes em processos de recuperação de dados. Uma SAN pode replicar dados de vários servidores para uma área de armazenamento secundária, que pode ser remota ou local.

Tipos

As SANs normalmente são construídos em uma infra-estrutura especialmente projetada para comportar grande tráfego de dados originados de armazenamento. Assim, eles proporcionam um acesso mais rápido e estável do que protocolos de alto-nível como os NAS.

A tecnologia mais comum para SAN é a rede de fibra óptica com o conjunto de comandos SCSI. Um canal de fibra óptica SAN padrão é feita de alguns switches que estão interligados, formando uma rede.

Uma alternativa, e mais recente (2003), de protocolo SAN é o iSCSI, que usa o mesmo conjunto de comandos SCSI sobre TCP/IP (e, tipicamente, Ethernet). Nesse caso, os switches, cabos e hubs seriam de protocolo TCP/IP.

Conectados à SAN estarão um ou mais servidores (hosts) e uma ou mais coleções de discos, arquivos de fita ou outros dispositivos de armazenamento.

Existem dois tipos de SANs - SAN centralizado ou SAN distribuído.

Níveis de Raid

As implementações mais comuns são as que dispõem de Raid padrão, como os níveis 1, 5, 6 e 1/0. Algumas famílias apresentam modelos especiais como o vRaid da HP, na linha EVA e o Raid DP, nos equipamentos da NetApp."


File Systems suportados e suas características

Quando trabalhamos com discos do storage, é preciso que saibamos bem as características de cada File System suportados pelo no sistema operacional, no caso nosso GNU/Linux.

Segue abaixo uma dica sobre os principais File Systems utilizados:

File System   Max Supported Size   Max File Offset  Max Subdirs (per dir)  Max Depth of Symbolic Links ACL Support    
Ext2          8TB                  2TB              32,000                 8                     Yes    
Ext3          16TB                 2TB              32,000                 8                     Yes     
Ext4          16TB                 16TB[a]          Unlimited[b]           8                     Yes      
XFS           100TB                100TB[c]         Unlimited              8                     Yes     

Onde:
  • [a] Tamanho máximo para máquinas 64-bits e 8TB para maquinas 32-bits
  • [b] Quando um link exceder a contagem de 65,000 ele será reiniciado para 1 e não aumentará
  • [c] Tamanho máximo para máquinas 64-bits. O Red Hat Enterprise Linux não suporta XFS em máquinas 32-bits

Observações

  • Sempre que estiver trabalhando com discos do storage, tente trabalhar com LVM, pois facilitará muito a sua vida. Pode apostar!
  • Outra dica é ter em mente sua estrutura de File System definida, o que será compartilhado, não compartilhado, variável e estático.
  • Estrutura Hierárquica de File System (FHS), trata-se de um padrão de permissões e dimensionamento.
  • Sempre que estiver adicionando ou removendo discos, reduza ao máximo o load do servidor afim de reduzir erros de I/O, out- of-memory e similares.

Canal de Fibra (Fibre Channel)

Ao trabalharmos com discos que se encontram no Storage, devemos levantar em conta se será utilizado Fibra (Fibre Channel) ou iSCSI, para planejamento de estratégia.

Não irei abordar sobre Persistent Naming, WWNN e WWID, existe documentação na Internet sobre isso, mas seu conhecimento deve estar claro quando trabalhamos com Storage.

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Páginas do artigo
   1. Storages - File Systems - Canal de Fibra
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Comentários
[1] Comentário enviado por demoncyber em 29/05/2012 - 22:44h

Ótimo texto, parabéns. Só fica a dica de adicionares referências bibliográficas que usaste, desta forma as pessoas caso queiram se aprofundar podem usar elas. Caso tenha estas referências podes replicar comentando aqui?? ( comentário com interesses XD)

[2] Comentário enviado por danniel-lara em 30/05/2012 - 07:38h

Parabéns , ficou muito bom o seu artigo

[3] Comentário enviado por rdgacarvalho em 30/05/2012 - 14:37h

Pessoal muito obrigado pelos elogios.

Demoncyber as referencias são do site da redhat.com. Estou preparando uma segunda parte deste artigo que irá abordar a parte de redimensionamento de LUN no Storage e como fazer o Sistema Operacional identificar está mudançã, tanto para ambiente configurados em iSCSI e Fibre Channel.

Aguarde em breve estará aqui no VOL bons artigos sobre Storage.

Great Times are coming. Think Open Source become Open Source!

[4] Comentário enviado por rdgacarvalho em 01/04/2013 - 16:59h

Listando informações importantes sobre um disco ou umaLUN. As informações sobre major and minor são praticamente cruciais para trabalho com Storage, então segue abaixo um ótimo comando para listar essas informações.

mountpoint -d <device>
[root@firnin ~]# mountpoint -d /opt
253:5
[root@firnin ~]# mountpoint -d /
253:1
[root@firnin ~]# mountpoint -d /var
253:3
[root@firnin ~]# mountpoint -d /tmp
253:4
[root@firnin ~]# mountpoint -d /usr
253:6
[root@firnin ~]# mountpoint -d /usr/local
253:7
[root@firnin ~]# mountpoint -d /opt
253:5

Abraços!


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