Essa é talvez a pergunta mais comum entre os iniciantes, confusos diante das inúmeras opções que caracterizam a liberdade de escolha dos usuário do GNU/Linux. Com esse artigo pretendo provar que a melhor distribuição é aquela que você se dedica a conhecer bem, apresentando algumas dicas para que você possa fazer da sua distribuição, seja ela qual for, a melhor distribuição do mundo.
Um dos pontos mais questionados nessas perguntas sobre distribuições é a questão da detecção de hardware.
Muitos ficam encantados ao ver o Kurumin detectando tudo que você tem no computador, mas isso não é por acaso. Um kernel atualizado e compilado com muitos módulos é o segredo do nosso pinguim nacional. E bons scripts de inicialização, que testam diversas possibilidades para detectar seu hardware. Ponto para o Morimoto!
Assim se você quer ter uma distribuição que detecte todo seu hardware, perca o medo e se aventure na compilação do kernel. Habilite como módulo tudo que encontrar pela frente a respeito de hardware e depois modifique seus scripts de inicialização para que testem e carreguem o que você possui.
Artigos sobre como compilar kernel você encontra aqui mesmo no Viva o Linux.
Pacotes
A distribuição X tem muitos pacotes, enquanto a distribuição Y tem poucos pacotes.
Essa é outra afirmativa comum quando se está discutindo (inutilmente) qual é a melhor distribuição.
Digo que esse argumento é falacioso, por três razões principais:
1) As distribuições correntes são, geralmente, derivadas de uma das "grandes famílias" do GNU/Linux. Assim, qualquer distribuição derivada do Debian por exemplo, terá à sua disposição todos os pacotes .deb da sua ancestral. O mesmo se pode dizer das descendentes do Slackware, que herdam os pacotes .tgz e as derivadas do Red Hat, que herdam os pacotes .rpm;
2) O alien é uma ferramenta que converte pacotes de uma distribuição para outra. Com o auxílio dessa ferramenta você pode converter os pacotes que desejar e que não existirem no formato que a sua distribuição usa; e,
3) Se você realmente usa uma distribuição construída "from scratch" (o que não é comum para os usuários medianos, diga-se de passagem), sempre pode baixar os pacotes de fontes do software que desejar e compilá-los.
Nesse último caso, vale ainda salientar que se você deseja que a sua distribuição "from scratch" se torne popular, deverá encarregar-se de criar um sistema de empacotamento, especificando um formato próprio e criando ferramentas para criar pacotes nesse formato e instalá-los. Ou adotando um dos formatos já existentes, é claro.
[1] Comentário enviado por razgriz em 08/11/2006 - 01:29h
Muito interessante a sua abordagem, ainda mais com um assunto propenso a trols como este, fica ai mais um artigo interessante para a orientação de quem deseja migrar, ou migrou a pouco tempo, parabéns e boa sorte =]
[2] Comentário enviado por removido em 08/11/2006 - 01:50h
Parabéns pelo artigo, mas irei destacar alguns pontos imprescindíveis.
Concordo que você acabou de falar que muitos defendem sua distro por ser a melhor ou seja lá o que for. Mas para o usuário iniciante que tem pouco conhecimento com o sistema do pinguim e/ou não teve contato e está migrando agora e/ou é um usuário comum que utiliza o micro para tarefas básicas não deve utilizar distribuições que lhe deixa na mão, pois poderá deixá-lo perdido sem saber por onde ir. Como assim? Ao terminar de instalar o debiam no HD, o resto o próprio usuário "iniciante" terá que se virar, pior seria se fosse o Slackware, onde teria que construir o sistema tudo à mão.
O usuário iniciante quer o sistema pronto para funcionar e não está interessado em aprender comandos agora. Deseja o sistema bonito, estável, livre de vírus e super-personalizável. Já pensou papai, mamãe, irmãozinho, titia e titio etc. se virar para configurar o sistema e pôr para funcionar. Esses, sim, terão uma dificuldade tremenda.
A sua resposta também é a mesma da minha: "É aquela que se adapta melhor às suas necessidades". Do meu ponto de vista, a melhor distribuição para um iniciante começar a conhecer o Linux é:
- Big Linux 3.0
O resto são para usuários medianos e avançados e/ou aqueles que gostam de fuçar o sistema mais a fundo.
[3] Comentário enviado por tatototino em 08/11/2006 - 03:12h
muito bom o artigo
só um comentario a fazer
Para fazer um LFS não precisa de muito amadurecimento assim, acho
que para criar os essenciais são o tempo, um pc + ou - potente porque para compilar o binutils,gcc e o glibc é dose se não tiver um pc razoável, vai ficar muito dificil
Também é necessário saber como compilar pacotes que não é nada dificil para quem usa o Slackware ;).
[4] Comentário enviado por davidsonbhz em 08/11/2006 - 09:27h
Cara, parabéns pelo artigo! Muito bom para orientar usuários novatos. Eu mesmo quando comecei tinha um monte de perguntas desse tipo... Ja coloquei nos meus favoritos pra passar pra galera quando perguntarem.
Eu mesmo comecei pelo conectiva, não me lembro a versão mas era bem antiguinha... coisa de uns seis anos atrás, por causa da facilidade de configuração oferecida pelo Linuxconf.
Hoje sou adepto incondicional do Slackware pelo fato de ele servir como uma luva pra mim. Configuro tudo do meu jeito!
[7] Comentário enviado por bjverde em 08/11/2006 - 14:17h
Uma distribuição para Geoprocessamento é o Poseidon Linux é uma distribuição GNU/Linux. Ele nasceu a partir da necessidade de ter-se um desktop amigável e completo baseado em software livre para a comunidade acadêmica/científica brasileira. Incorpora atualmente várias ferramentas nas áreas de: Geoprocessamento (GIS/SIG), Geoestatística, Visualização 2D/3D/4D, Matemática, Estatística e mais algumas.
[8] Comentário enviado por feraf em 08/11/2006 - 15:31h
Não acho que haja uma "melhor distro". Já experimentei várias, e achei defeitos e qualidades em todas. Escolhi o Fedora para ser minha distribuição desktop por satisfazer minhas necessidades. Quanto aos pacotes, acho que é importante que a distribuição (ou comunidades) forneçam pacotes, pois ficar compilando os pacotes e suas dependências é cansativo e demorado, dependendo do pacote. Ferramentas que manipulam esses pacotes também são importantes, pois facilitam na hora de instalar/desinstalar/atualizar um pacote e suas dependências.
Felipe
[9] Comentário enviado por thed em 08/11/2006 - 15:47h
parabêns Edvaldo o artigo esta muito bom.
só não entendo a nota 8.5.
esse tipo de documentarios e muito importante, principalmente para os novos usuarios que estão querendo migra para software livre ou linux.
a comunidade teria que dar nota dez.
[11] Comentário enviado por escorpion em 08/11/2006 - 18:36h
Achei muito legal seu artigo Edvaldo, parabéns.
Mas não concordo com o Thed e Pdjailton, pois vejo em seu artigo mais uma questão filosofica para usuario que já tenha um certo contato com o mundo linux, para iniciante não vejo que venha somar, uma vez que você "fala mas não diz nada".
Creio que já disse isso aqui nessa comunidade e você sabiamente disse também, mas vou dizer novamente:
Distribuição linux e como religião, cada um tem a sua e tem a certeza de que é melhor que as outras.
[12] Comentário enviado por EdDeAlmeida em 08/11/2006 - 18:51h
Caro escorpion,
Mui respeitosamente devo dizer que não concordo com essa idéia de que "falo mas não digo nada".
Minha intenção foi clara ao escrever o artigo. Quere mostrar que essa tal de "melhor distribuição do mundo" não existe, e que o que existem são pessoas que aprenderam a usar bem as distribuições que escolheram. E que, eventualmente, acabam ficando apegadas às suas distribuições religiosamente, como você diz.
É um artigo para iniciantes, como deixo claro também desde a introdução. Um usuário avançado vai tirar muito pouco dele. Talvez tenha sido isso que você sentiu, e acabou achando que o artigo era vazio. O objetivo é dizer ao iniciante que ele precisa conhecer sua distribuição. Os "da velha guarda" como eu e você, provavelmente já fizeram suas escolhas e já se aperfeiçoaram nelas.
Lamento não ter agradado, mas de qualquer forma obrigado por ter lido e comentado.
[13] Comentário enviado por vfl em 08/11/2006 - 19:10h
Inicialmente parabéns pelo artigo que sem dúvida tem seus méritos, mas eu tenho pensamento semelhante ao exposto por rychardi.
Segundo a minha vivência (entre outros, leciono Informática básica em cursos técnicos e superiores), a abordagem sugerida no artigo não é a mais adequada para a maioria dos usuários de sistemas Windows que acabam se assustando com o paradigma tão diferente de sistemas livres. Até é interessante como discurso introdutório, mas para obter efeitos práticos, alguma coisa mais concreta precisa ser feita.
Minha orientação (quando perguntado) sobre a escolha de uma distribuição geralmente consiste no seguinte: (considerando o usuário típico de Windows).
- Importância da escolha de uma distribuição amplamente suportada e com uma comunidade bastante ativa, cito geralmente Ubuntu, Fedora, Suse, ...
- Importância da escolha de uma distribuição com perspectiva de ser amplamente adotada ou suportada por empresas, governos, etc (a lista de distribuições geralmente é similar a anterior);
O usuário comum não está muito propenso a aprender e reaprender infinitas vezes a fazer sua tarefa no computador.
- Verificar em seu círculo de amizade, se há usuários de Linux e qual distribuição usam. A chance de conseguir ajuda, se usar uma distribuição similar é muito grande;
- Após estes filtros, testar o que restou no seu computador afim de verificar a compatibilidade de hardware.
A questão seguinte geralmente é relativa ao ambiente gráfico, que normalmente se resume ao Gnome ou Kde para este tipo de usuário.
Neste tópico, oriento que além de considerar a preferência pessoal, seria interessante considerar a tendência para o futuro, o que tem mais chances de ser adotado no ambiente corporativo, onde possivelmente ele irá trabalhar ou está trabalhando.
Particularmente, recomendo tentar inicialmente o Gnome, uma vez que aparentemente ele ganhou a "guerra do desktop Linux" (ver: http://www.osnews.com/story.php?news_id=14466 ). As principais razões apontadas são:
- este ambiente tem o suporte explícito de pesos pesados como Red Hat, Sun, Novell, IBM, Sony, etc.
- tende a atrair mais desenvolvedores devido à licença LGPL;
- o controle sobre a evolução das bibliotecas (GTK no caso) é feito por uma comunidade, ao contrário das bibliotecas Qt do Kde, cujo domínio pertence a uma única empresa: a Trolltech. Portanto as grandes empresas, ao fazerem investimentos na área, certamente não vão querer se prender a uma única empresa.
- outro fator que pende a balança para o lado do Gnome, em termos de adoção pelas empresas, é sua facilidade maior em relação à ambientes distribuídos (Corba x Kparts).
É uma pena, porque para o usuário Windows, o Kde pareceria mais familiar do que o Gnome (desde que se tire a maioria das tranqueiras geralmente colocadas pelos empacotadores). Mas se bem configurado e com apoio ao usuário, este acaba se encantando com a simplicidade e limpeza do Gnome.
Antes de finalizar, só gostaria de voltar a frisar que esta abordagem por mim defendida, é mais conveniente com o usuário do tipo "average joe", que é a ampla maioria e que nem sabe o que é sistema operacional ou só sabe o que é um editor de texto se a gente mencionar o Word. Acho que nessa hora temos a responsabilidade de tentar orientar o novo usuário Linux de forma a minimizar ao máximo o esforço necessário para o novo aprendizado e de que este possa vir a ser útil inclusive profissionalmente.
[14] Comentário enviado por pink em 08/11/2006 - 19:57h
Parabéns, amei seu artigo, vivo mudando de distro, uso + ou - 12 distros para fins de teste e pra conhecer suas características e afins, a minha preferida é a Conectiva (melhor do mundo) que agora deu lugar a Mandriva... Também estou criando a minha própria distro especificamente para crianças e deficientes; ainda está no início prevista para 2010... Não vou negar tb uso Windows (não em casa) por causa de uns programas daqui, futuramente serão multiplataforma e só terá Linux...
Eh isso novamente parabéns, esse artigo ajudará muito na escolha e tb para quem quiser criar sua própria distro...
Abraços e felicidades...
[16] Comentário enviado por JefersonLopes em 09/11/2006 - 12:48h
Muito bom edivaldoalmeida, este tipo de Discurso/Artigo é uma boa para novatos que chegam ao GNU/Linux e também ótimo para velhos guerreiros do linux refletirem um pouco sobre o próprio sistema.
[17] Comentário enviado por Gilmar_GNU/Slack em 09/11/2006 - 14:15h
gostei de sua pergunta...
pois qual e a melhor distribuição? mais tem várias e impossivel saber qual e a melhor. mais eu acho sempre que a melhor e aquela que vc se indantifica !
Minha opinião: Eu gosto da distribuição nacional! kurumin e a slackwear e a Gnu/Linux
[19] Comentário enviado por agk em 10/11/2006 - 14:58h
Acho que quem já instalou uma versão recente do Debian ou do Slack sabe que tem opção para instalar os pacotes dos ambientes desktops durante a instalação e depois de reiniciar o micro você já estará com a tela de login gráfica (para a grande maioria dos casos), como também tem a opção de instalar somente o sistema base (mais conveniente para usuários experientes) e depois instalar somente o que for necessário para cada caso específico.
O Poseidon é uma modificação do Kurumin, que é uma modificação do Knoppix que é derivado do Debian, resumindo se você souber Debian você provavelmente vai saber todas essas incluindo Ubuntu e diversas outras.
GNU/Linux é isso gente, liberdade de escolha. e \o/ o Linux.
[20] Comentário enviado por marcioralves em 11/11/2006 - 03:30h
Gostei muito deste seu artigo Edvaldo, acho q o maior problema para a escolha do GNU/linux não seja nem a facilidade ou dificuldade de seu uso, ou a escolha da melhor ou pior distro, e sim a falta incentivo que este sistema tem, pois em 99% dos micros adquiridos no mercado já vem com o windows. O monopólio que a microsoft conseguiu criar com o apoio de grandes industrias de PCs somado com o medo de se aventurar num sistema que exige mais raciocínio do que um simples clicar de "ok" são os fatores que impedem os usuários menos experientes a se aventurarem no mundo do GNU/Linux.
Eu particularmente uso há muito pouco tempo duas distros, o SUSE e o UBUNTU, e, apesar das dificuldades de realizar algumas tarefas, pelo pouco conhecimento e até mesmo pela falta de hábito com estes novos sistemas não tenho do que me queixar, pois trabalho editando textos e navegando na net (com velocidade superior ao windows) e sem os incomodos travamentos que existem no sistema da microsoft.
[24] Comentário enviado por GilsonDeElt em 09/12/2006 - 20:01h
D+!
Artigo ótimo para iniciantes e medianos.
Já li vários artigos sobre qual a melhor distribuição, mas sem dúvida este é o melhor.
Valeu mesmo, Edvaldo!
[27] Comentário enviado por librarian em 15/01/2009 - 20:53h
@rychradi; @versurix:
A idéia do artigo foi justamente não provocar esse tipo de comentário. Big Linux não é a melhor distro para iniciante, porque isso de melhor distro para iniciante não existe. Um novato pode até pegar um Sl4ck, por que não? A melhor distro é realmente aquela que atende as necessidades do usuário. Ponto final.
@edlonewolf:
Sou (quase) bibliotecário, e já há algum tempo tenho a intenção de manter não uma distro, mas uma versão personalizada de alguma para bibliotecas livres. Esse seu texto mostrou justamente minhas preocupações. Muito boa leitura; vai para os favoritos, com certeza!
[30] Comentário enviado por removido em 21/07/2010 - 17:17h
caraca...muito bom.....
concordo plenamente com vc...
vc ja encontrou sua distribuição? Qual é?
só por curiosidade....
eu uso o fedora 12 e estou muito satisfeito.......
arrumei ele do meu jeito de ser e trabalhar.......
[33] Comentário enviado por joaozinho_dim em 25/03/2016 - 22:58h
Conheci o Linux pela Conectiva 6 como usuário, ate trabalhar em uma empresa que usava servidores Conectiva 8, fiz até certificação Conectiva PRO, e se me perguntassem qual era a melhor distro já sabe né! Realmente, eu adorava a Conectiva porque dominava o que eu usava no dia a dia (Samba, Squid, iptables e serviços de rede). Após a venda da conectiva, fiquei uns dois anos sem saber qual distro usar, de cara fui no Ubuntu, que não me agradou, testei alguns Live CDs eté que me decidi pela Fedora, que incrivelmente me atendeu muito bem, tomando minha preferência. Algum tempo depois, procurava algo mais amigável, pois toda vez que queria mostrar aos amigos que se podia fazer tudo com o Linux, o resultado não era bom, até que conheci o Linux Mint. Excelente, consegui agradar alguns usuários leigos, até minha esposa usa! (rsrs). Aí andando por aqui vi algo sobre o Lubuntu, que ficou muito bom em meu netbook. Aí você me pergunta, qual é a melhor? Durante anos procurei essa resposta, e esse artigo com certeza sanou a minha dúvida, acho que a resposta sempre esteve na minha frente mas eu não intendia. Parabéns pelo artigo!