Com Gnome 2 não sendo mais uma opção, nós perdemos um dos mais importantes componentes no qual o desktop do Linux Mint era baseado. Nosso foco foi mudado para remendar o Gnome-Shell (lembram do MGSE?) de forma a oferecer uma alternativa boa, mas não tão boa como o Gnome 2.
Ambos, o MATE e o Gnome-Shell são projetos promissores, mas o objetivo final do MATE é replicar o Gnome 2, além disso o Gnome-Shell não oferece o que precisamos em um desktop e está indo em uma direção que não queremos seguir. Sendo assim, por essas razões, estamos projetando um novo desktop chamado Cinnamon que aproveita as novas tecnologias e implementa nossa visão.
Se você gosta de Linux Mint você provavelmente gostará de Cinnamon. Ambos os projetos compartilham a mesma filosofia e a mesma visão do que um desktop deve ser. Nesta visão, o computador funciona para você e o ajuda a ser mais produtivo. As coisas não estão escondidas, mas são de fácil acesso.
Com visual fácil de usar, um leiaute familiar, tecnologias avançadas e princípios que você já tem usado no Linux Mint. Você irá se sentir familiarizado.
A configuração também é algo importante no Cinnamon como um dos seus objetivos fundamentais e é capaz de fazer você se sentir em casa... dando-lhe a capacidade de mudar a forma como o ambiente de trabalho funciona, o visual e o comportamento.
Sob o capô o Cinnamon é um fork do Gnome Shell e baseado em Mutter e Gnome 3. Ele já está disponível para Linux Mint 12, Ubuntu 11.10, Fedora 16, openSUSE 12.1 e Arch Linux e em breve deve fazer o seu caminho (junto com MGSE e MATE) para LMDE quando Gnome 3.2 entrar no Debian Testing.
O mais recente lançamento (na época em que este artigo foi escrito), Cinnamon 1.1.3, traz estabilidade e melhorias para o que já se tornou nosso desktop favorito. Daqui para frente, Cinnamon ganhará temas, extensões e um centro de controle.
Ele provavelmente vai substituir o Gnome Shell / MGSE como área de trabalho principal em Linux Mint, e vamos continuar a apoiar MATE (cujo objetivo e tecnologia são diferentes, mas que também está ficando melhor e melhor a cada dia).
Algumas coisas legais do Cinnamon:
Um painel inferior único que você pode configurar para ficar oculto automaticamente (no qual o local será configurável)
Lista de janelas, botão de "mostrar área de trabalho", ícones systray e todos os recursos introduzidos no MGSE
Um menu com o mesmo leiaute do mintMenu, com opções para adicionar aplicações aos favoritos, para o desktop ou para o painel
Personalização de lançadores de painel
Um applet de som que lhe permite executar e controlar a sua música, e mudar o som dos alto-falantes para os fones e vice-versa.
Instalação do Cinnamon
Você pode instalar Cinnamon ao lado dos outros desktops (incluindo MATE e Gnome Shell / MGSE). Instale o pacote "cinnamon", saia e escolha o "Cinnamon" na tela de login.
Quando o artigo foi lançado a versão do Cinnamon era 1.1.3. Hoje a versão do Cinnamon é 1.2 e é considerado 100% estável! Para mais informações sobre as novidades da última versão do Cinnamon acesse:
[2] Comentário enviado por xerxeslins em 30/01/2012 - 13:34h
levi_linux,
valeu!
bem, eu estou usando no meu notebook com Linux Mint. O que posso dizer é que está estável e é bem clássico, como se fosse o windows xp, com uma barra de ferramentas na parte inferior apenas (mas isso pode ser mudado) e lembra bastante o visual antigo do Linux Mint quando tinha o Gnome 2, só que com um pouquinho mais de efeitos.
Para quem não se adaptou ao Gnome-shell, nem ao Unity, é uma ótima opção! Mas não é nada revolucionário. =)
[5] Comentário enviado por removido em 30/01/2012 - 21:41h
Depois dessa, não poderão mais chamar o Mint de 'distro chupa-cabra'.
O pessoal está desenvolvendo algo para a comunidade e com qualidade.
E o negócio já está bem adiantado, tem até vários temas disponíveis no Gome-Look e Devian Art.
[7] Comentário enviado por xerxeslins em 30/01/2012 - 23:15h
Izaias, é verdade! Tive a impressão que o Mint sofreu preconceito no início, principalmente dos usuários do Ubuntu, mas como tempo o fato de o Mint está focado em agradar os seus usuários, atender aos seus pedidos no site oficial, pedir opinião deles, etc... antes de mudar as coisas, faz essa distro ser bem legal e o preconceito está diminuindo
[8] Comentário enviado por geekaia em 31/01/2012 - 11:31h
O problema principal problema do Cinamon é que ele só roda em computadores com aceleração 3D, isto é realmente um problema, pois a única opção razoável que nos sobre é o KDE, pois o fall back do gnome 3 não é bom, o unity 2D ainda não é bom. Seria bom se o Mint, ou Ubuntu tivesse uma boa alternativa para o Gnome 3, ou Unity. Mas para quem está acostumado com o velho Mint, este tal de Cinamon já serve.
Para mim o melhor é o Unity, pois se vc adicionar o cairo-dock, e configurar no gerenciador configurações do compiz o plugin do Unity com autohide e o Revel mode e clicar no que estiver marcado, o Unity já fica muito melhor que esse Cinamon.
[12] Comentário enviado por xerxeslins em 31/01/2012 - 17:26h
Lembrando ainda que além desses ambientes, tem o unity e todos os outros ambientes como kde, lxde xfce, e os box... para quem nao gostar de nenhuma opção com gnome
[19] Comentário enviado por nicolo em 05/02/2012 - 18:16h
Mais uma variedade dissidente para engrossar o mostruário Of Your very own Frankstein OS.
Sempre haverá fãs, afinal tem gente que torce pro Vasco.
Em termos de avanço mais uma interface gráfica pouco acrescenta, e uma variedade a mais serve para
aumentar a confusão. Sem padronizar, pelo menos as grandes distros, fica difícil disputar a olimpíada.
[21] Comentário enviado por nicolo em 06/02/2012 - 18:21h
Xerxelins
O Linux não é assim, ele está assim. A variedade é razoável, provavelmente ótima na periferia, e muito diferente quando contamina o centro porque ela centrifuga os esforços.
A coisa funciona como um sistema planetário que exige estabilidade do núcleo. Se o núcleo falha a coisa pulveriza e tende a formar micro nichos, uma vez que a matéria não some.
O Linux atravessou uma fase de criatividade intensa, adotou 3 variações (Debian, RPM e Slackware). Sadio, pois o sumiço de uma das variedades não extinguiria e espécie. Depois disso veio uma fase de consolidação com evolução dentro das distros, significa então padronização dentro de cada distro de grande porte. É evidente o gigantismo das grandes distros e também a sua completação, significa que elas oferecem soluções padrões e completas.
Nesse instante essas grandes devem seguir rumos bem definidos, elas ditam os padrões.
Não dá para uma distro como o Ubuntu bancar a dançarina e revirar tudo a cada 5 minutos, especialmente porque ela era a distro mais forte, ou foi durante 3 anos ou mais.
O resultado está sendo a perda da liderança para um derivado, ou o rabo está abanando o cachorro, porque a turma do Ubuntu resolveu virar distrozinha.
Essa baderna nãoajuda a divulgação do Linux.
Antes eu enchia boca e recomendava Ubuntu para os iniciantes. Hoje recomendo Debian ou qualquer coisa com a ressalva:
POr sua conta e risco.
Tenho um amigo fá de Windows. Ele critica o Linux assim: É uma bagunça, coisa pra maluco,
Qualquer pessoa com raciocínio gerencial de mando e comando contra indica o LInux, e com razões bem racionais.
Abraços
[22] Comentário enviado por xerxeslins em 07/02/2012 - 00:26h
bakunin, entendo seu ponto de vista, eu acho... mas o que vc chama de baderna eu chamo de diversidade e para mim essa é uma característica marcante do Linux.
O Linux sempre foi assim. diga-me um dia na história do Linux que ele não tenha dependido de vários colaboradores espalhados pelo globo criando distribuições, softwares, personalizações e modificações diversas. E a tendência é que seja cada vez mais e mais diverso devido a sua popularidade crescente.
Vc diz que se o núcleo falha a coisa pulveriza. Que núcleo? Não há núcleo. O que há são distros mais e outras menos populares.
As grandes distros ditam padrões para elas mesmas, mas ninguém é obrigado a seguir tais padrões. Nunca houve obrigação de seguir um padrão da distro X, Y e Z. Por isso que existem centenas ou milhares de distros.
Você disse que não dá para Ubuntu revirar tudo a cada 5 minutos... tá certo, foi exagero, porque eles não mudam tudo a cada 5 minutos e sim aos poucos a cada 6 meses, mas quem disse que não podem? Eles fazem o que quiserem, nunca estiveram sob obrigação de seguir um padrão além daqueles criados por eles mesmos.
Quem prefere algo mais tradicional escolhe outra distro.
E esse lance de uma distro derivada superar a distro mãe em popularidade, "perder a liderança" como vc disse, não quer dizer nada, só significa que há usuários domésticos que querem facilidade ao invés de ficarem configurando tudo antes de usar. Não torna a distro mãe pior, nem a distro derivada melhor, tudo depende do gosto e da necessidade.
Uma coisa é sempre certa: para a maioria dos usuários o que é fácil de usar sempre será mais popular. Slackware já foi a distro nº 1 em popularidade na época em que era conhecida por ser fácil diante das outras. E também foi por isso que Ubuntu superou Debian em popularidade.
Seu amigo tem sua opinião, mas isso é algo pessoal dele. Não significa que só está certo quem pensa como ele. Posso citar várias pessoas que acham Linux melhor que Windows. isso é só opinião.
Vc disse que qualquer pessoa com raciocínio gerencial contra indica o Linux. Tenho minhas dúvidas quanto a essa afirmação visto que Linux é um dos sistemas mais utilizados nos meios corporativos. Profissional que se preze não pode descartar o Linux apenas por ele ser Linux, é preciso analisar os prós e contras antes de escolher o sistema para determinado projeto ou objetivo. Isso sim é ser racional.
Linux tem muitos sabores, e dentro de cada sabor há possibilidade de variações... e seria muito chato se fosse tudo igual e padronizado. Mas se quiser seguir um padrão é simples, basta usar uma distro tradicional como Redhat, Debian ou Slackware.. elas ainda existem.
Não há alternativa para o nũcleo, todos usam o mesmo. Essas fundações não aceitam palpites, não há essa tal de liberdade, o que é publicado é padrão.
2-O Linux teve sucesso nos servidores porque os servidores utilizam basicamente pa parte feita por essas duas fundações que tem disciplina de adulto, que os garotões das distros não tem. Essas fundações fazem coisas para serem úteis, são profissionais, logo tem clientes. Não é do tipo está aí usa quem quiser
3-O KDE, o GNOME, o XFCE e tudo o mais é periferia. POde jogar fora um que tem mais dez alternativas.
4- As distros sofrem da síndrome de Peter Pan, tem medo de crescer e se dissolver como ocorre com tribo de índio quando cresce.
O mundo horizontal sem núcleo nem hierarquia não resiste a mais de 200 pessoas. Tudo que cresce precisa de estrutura.
A idéia que que está aí é assim mesmo não resiste a uma analise séria. Hoje há dinheiro demais na jogada para ser simplista.
Talvez a sistro exceção seja o Debian, já que o Suse e Fedora são vinculados a empresas, e isto já outro mundo.
Não me leve a mal , é que eu vivo no mundo gerencial onde não se acredita em boas intenções.
Abraços
[24] Comentário enviado por xerxeslins em 07/02/2012 - 21:54h
bem, kernel.org e gnu.org nunca tiveram autoridade para dizer como cada distribuição do mundo deveria ser e nem poderiam fazer isso mesmo que quisessem, por isso esses órgãos não são núcleos no sentido de padronizar distribuições Linux. vide a realidade.
sim, o linux faz sucesso em servidores... nunca neguei isso, pelo contrário. esse fato é mais um exemplo de que não é irracional usar Linux.
sobre os ambientes gráficos que vc citou, eles tem a sua utilidade principalmente para usuários domésticos.
e é claro que dinheiro é motivador de muita coisa. nem preciso viver no mundo gerencial para saber disso.
claro que não o levo a mal! vc apenas pensa diferente de mim.