Antes de partir para o
código RGB, vamos recapitular sobre a formação das cores e como chegam em nossos olhos. A luz solar (ou a luz de qualquer objeto que possa emitir luz) pode ser absorvida, refletida, transmitida e refratada. A refração é quando, através de um objeto refrator como um prisma, a luz é decomposta ou dividida para pontos diferentes, às vezes se decompondo em vários feixes de luz visível.
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Figura 1 - Comportamentos da Luz
Os nossos olhos possuem células nervosas especializadas em enxergar essas cores e que são chamados
Cones. Quase dois terços dessas células são de responsáveis por enxergar a faixa de baixa frequência, os vermelhos, um terço enxerga a faixa média, os verdes, e apenas 2% consegue enxergar a alta frequência, os azuis. Ou seja, temos a distribuição de cores com dois extremos, vermelho e azul, e uma faixa média, verde. É assim que nossos olhos enxergam as cores.
Red,
Green e
Blue. Isso te lembra alguma coisa?
Outro detalhe importante, enxergamos só o que é refletido. Por exemplo, se enxergamos amarelo é porque o espectro azul é TODO absorvido, enquanto o espectros verde e vermelho são refletidos em sua totalidade.
AS CORES PRIMÁRIAS
Por um bom tempo foi ensinado que as cores primárias eram formados pelo azul, amarelo e vermelho. Elas seriam responsáveis por gerar as cores secundárias e que misturadas formariam as cores terciárias.
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Figura 2 - Cores Primárias, Secundárias e Terciárias
No entanto, hoje sabemos que essa não é essa a melhor forma de reproduzir a mistura de cores. Uma vez que as cores somente existem por conta da luz, foi elaborado outro sistema de cores, compostas pelas sínteses aditiva e subtrativa.
As
cores aditivas são formadas pelas cores
azul,
verde e
vermelho. São aditivas porque relacionadas resultam na luz branca. Esse padrão de cores deu origem ao sistema de cores
RGB. Já as
cores subtrativas são formadas pelas cores
ciano,
magenta e
amarelo. São subtrativas porque resultam no preto, ou seja, resultam na ausência da luz. Esse padrão de cores deu origem ao sistema de cores
CMY, que posteriormente foi nomeado como
CMYK.
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Figura 3 - Cores Aditivas e Subtrativas
Foram esses os padrões de cores utilizados no universo da computação, o que na verdade foi o certo a se fazer.
APLICAÇÃO DOS SISTEMAS RGB E CMYK NO UNIVERSO DA COMPUTAÇÃO
O sistema de cores RGB é usado em computadores, smartfones e em todos os equipamentos de emissão de imagem digital. Esse sistema utiliza muito da luz para a formação das cores, o que justifica sua aplicação.
Já o sistema de cores CMYK é usado na indústria gráfica. O princípio do funcionamento dos tinteiros das impressoras usam esse padrão afim de criar ilimitadas combinações, uma vez que a tinta preta acabou sendo inclusa no pacote.
Por caráter de curiosidade, durante os estudos para a implementação do CMY na evolução litográfica, a combinação de todas as cores acabava gerando um tom marrom e não preto. O preto é a ausência de luz e para ser obtido as tintas teriam que absorver todas as cores, ou seja, cada uma dessas cores
Cyan,
Magenta e
Amarelo, deveriam bloquear totalmente suas opostas, mas devido a baixa qualidade das tintas, o que seria economicamente viável, isso não estava acontecendo, gerando o marrom, ao invés do preto.
Outro problema era que a maior parte dos textos seriam impressas na cor preta, e imprimi-los usando 3 cores era quase impossível na época e até hoje inclusive, pois exigiria um registro impecável, além de uma variação entre as cores que poderia gerar textos marrom esverdeado, vermelhos, azuis, entre outros. Por isso incluíram a cor preta no sistema de cores, dando origem ao CMYK.
Não é difícil compreender porque o RGB foi usado em computadores e o CMYK na impressão, pois afinal, o monitor é preto e o papel é branco. Por fim, o que nos interessa é o sistema de cores RGB, pois é ele que se relaciona com o código hexadecimal.