Pois é, puxando do título, o
Linux para mim é muito "fera". Mas continua sendo mal vendido no mundo dos softwares proprietários. E aí a turma pergunta: "então, o camarada nem chegou ao mundo de Tux e já está tirando sarro com a nossa cara?"
Não, não é bem assim. Só quero tentar fazer esse pinguim mais barrigudinho!
Mais ou menos um ano atrás, consegui convencer minha esposa a ceder um de nossos computadores para experimentos; tomei coragem e busquei ajuda na internet. Imediatamente apareceu em meu socorro uma página, muito charmosa, chamada 'Viva o Linux', à qual me afiliei imediatamente e onde pedi auxílio para os primeiros passos:
Por quê fiz isso? Simples! Tenta você sozinho migrar do Windows para o Linux, sem saber que existem zilhões de distribuições diferentes. E que tudo isso continua sendo Linux. Que umas são Rolling Release e outras não, que existem pacotes, repositórios, que daqui para frente é TUDO do jeito que você determinar (você é quem monta a máquina. Ficou poderoso o carinha, né!), e dentro de cada versão as sub-varições (KDE, GNOME 2, GNOME 3, MATE, Xfce, LXDE...) e que tudo é a mesma coisa.
Só que não! Uns são lindos; outros parecem feitos de LEGO! Mas são todos Linux (Linux Mint, Manjaro, Fedora...). E assim vai!
Ah! E sem contar a minha predileta, vai convencer o carinha que na metade do século XXI tem que voltar à malfadada telinha preta, estilo DOS, que ele amava ter esquecido em função de telas superpoderosas de mais de 16 milhões de cores que permitiam a ele jogos, vídeos e tudo mais, sem ter que decorar comandos e chaves e...
Bem, acho que deveria existir dois mundos: o mundo Linux em terminal (para os "experts", cabeçudos que manjam tudo) e um mundo Linux visual que, graças a Deus, já está sendo mais aceito pela 'Comunidade' e que é fator decisivo de expansão para novos usuários.
Mas, por que citar toda essa saga? Explico! Para ilustrar que se os Linuxers pretendem mesmo abocanhar uma maior fatia de mercado no nível desktop, incentivando crianças, idosos, professores, servidores públicos... Gente que quer usar a máquina, mas muitas vezes não tem dias ou disposição para encarar horas de estudo e buscas na web, o que fazer?
Então, a meu ver, deveríamos:
1. Quando questionados pela primeira vez por um novato em Linux, mostrar que não é como lá nos sistemas proprietários, que se engole a versão final do produto e ponto. E, para isso...
2. Mostrar que, apesar de uma base só (kernel), existem várias distribuições Linux diferentes e elencar os mais didáticos (e aqui pontuo a equipe do Manjaro, que apesar de ter uma plataforma linda e gráfica, além do módulo em texto, não me pareceu ser voltada à iniciantes em Linux).
Depois disso, ajudar a escolher, dentre elas, as versões mais adequadas a cada perfil, sem nos esqueceremos de apresentar os tais sabores de cada uma delas, né não?! Afinal, o carinha não tem culpa nenhuma de não conhecer em minúcias as peculiaridades do novo sistema que quer usar e, já que estamos de cicerones, não custa nada fazer bem feito.
3. Explicar as principais vantagens e desvantagens de cada sistema e, nesse caso quem fez bonito foi
Xerxes Lins em seu artigo ao VOL:
E em:
4. Explicar que as distribuições estão em constante aperfeiçoamentos e melhorias e, que por isso, é importante aprender a fazer backups de seus arquivos. E ainda, como proceder com as atualizações na distribuição escolhida por ele, tal como fez a equipe do Linux Mint num artigo chamado
How to upgrade to a newer release.
5. Pontuar coisas como a incidência de vírus, uso de Firewall; procedimentos de segurança de uma forma geral.
6. Na instalação não podemos nos esquecer de mostrar as diferenças. E um exemplo importante é a figura da Memória Virtual (SWAP), como em:
Dentre outros. Acho que a lista seria bem maior.
Conclusão
Bom, a esta altura do texto, os usuários de Linux (linuxers, para quem não sabe) já devem estar a ponto de me esconjurar, mas volto a fazer a pergunta: queremos realmente ver nosso querido Tux (nome da mascote do sistema Linux, o famoso pinguim) cada dia mais e mais gordinho?
Se a resposta for sim, acho que seria de bom tom que fossemos assim bem humildes, ajudando, divulgando e multiplicando cada vez mais nosso "Espirito Livre".
Muito obrigado pela oportunidade e até a próxima.
Abraços,
E. Querido.