1.2 Licenças
Se você estiver querendo simplesmente "pôr a mão na massa", pule os itens 1.2.2 e 1.2.3!
As licenças representam a área legal do
Software Livre. Apesar de parecer uma área muito enfadonha, ela é muito polêmica e seu debate trouxe contribuiu para o surgimento de licenças livres para outras coisas que não software, como textos, música, vídeo, etc.
1.2.1 - Licenças de Software Livre segundo o Projeto GNU
O Projeto GNU, como mostra nos textos acima, lança a público a idéia de se desenvolver o Software Livre. De fato encontram-se diversos
Software Livres que de alguma forma foram ajudados pela
Free Software Foundation, uma instituição criada para arrecadar fundos para financiar o Projeto GNU.
Além disso, o projeto GNU tem um papel histórico fundamental de criar um sistema de licenças livres, que garantam legalmente a liberdade do software. Para entender este conceito amplamente debatido até hoje, vale à pena perder algum tempo lendo outros textos no site do Projeto GNU:
1.2.2 Software de Código Aberto e a OSI
Alguns destes textos refletem um debate que surgiu no final da década de 90 quando a
Netscape liberou seu código fonte (depois que a Microsoft lançou o Windows 98 junto com o Internet Explorer), fazendo surgir o
Projeto Mozilla, responsável pelo desenvolvimento do atual Firefox e Thunderbird.
Nesta época, surgiu a
OSI, que defende licenças mais flexíveis sem o conceito de copyleft. Alguns artigos interessantes:
De fato, a OSI passou a ser procurada por grandes empresas para validar licenças que elas criam para liberar seus produtos para a comunidade. Então, quando a SUN, IBM, Netscape, etc liberam seus códigos fontes e a OSI aprova a seu modelo de licenciamento, dizemos que ele é um "Software de Código Aberto segundo a OSI" e assim ele é recebido de braços abertos pela comunidade, ou pelo menos por aqueles que se contentam com licenças, geralmente no estilo BSD.
1.2.3 As licenças livres fora do campo da informática
O movimento de Software Livre reaqueceu um antigo debate a cerca da universalidade do conhecimento. A idéia é de que o conhecimento não pode ser propriedade particular, deve ser compartilhado com toda a sociedade de forma a incrementar o arcabouço cultural humano.
Desta forma surgiram propostas de criar licenças que permitam copiar e distribuir diferentes tipos de mídias, como páginas da Internet, fotos, textos, vídeos, etc utilizando licenças mais ou menos restritivas.
A
Creative Commons foi criada especificamente para atender este público, oferecendo diversos modelos de licenças traduzidas para várias línguas que podem ser utilizadas facilmente por qualquer um.
Em novembro de 2005 o
Google incluiu uma opção na suas buscas avançadas para procurar conteúdo na Internet com a opção
Direitos de uso, onde é possível selecionar conteúdo com licenças livres.
Um exemplo excelente do poder das licenças livres é o
Wikipedia, um projeto de enciclopédia livre, produzida no estilo do Software Livre.
NOTA: O texto original pode ser acessado através do BLOG de Fábio Telles em: