Passado o desespero inicial, pensei nas possíveis soluções:

1 - Passar a deletar e-mails;
2 - Abrir outra conta de e-mail;
3 - Pagar por mais armazenamento;
4 - Fazer backup e continuar com a mesma conta deletando e-mails da conta mais antiga a ser usada diariamente.

E pensei nos contras:

1 - Seria como voltar à Idade da Pedra, pois além de gastar precioso tempo, me faria perder o histórico de fatos (algo inconcebível na nossa contemporaneidade tecnológica);
2 - Teria o inconveniente de ter que repassar o novo endereço de e-mail para todos e, com grande risco de perda de conexões na rede de contatos pessoais e profissionais.
3 - Uma possibilidade, se realmente não houvesse outra solução (ok, vamos lá, o Google já está recebendo '$' dos anunciantes, e nem fizeram um referendo para saber a opinião dos usuários aos moldes do VOL.:-P).
4 - Me pareceu o mais lógico. Logo, pensei: Mãos à obra!

Optando pela última solução, o procedimento seria:

a) Criar uma conta alternativa com todos os e-mails até a presente data (ex.: andreuebe2011).
b) Transferir e-mails de 2006 (quando adotei o Gmail) até 2011.
c) "Zerar" a conta original liberando todo o espaço.

Simples, não? Nem tanto...

Minha primeira tentativa foi a de criar um filtro para encaminhar todas as mensagens para nova conta. SURPRESA: O Gmail me informou que não poderia fazer encaminhamento de uma conta Gmail para outra.

É claro que não me passou pela cabeça que o Google, intencionalmente, me compelia a comprar mais espaço de armazenamento. rs

Minha segunda tentativa foi a de criar um filtro para encaminhar todas as mensagens para uma outra conta minha, do BOL. Além das mensagens chegarem lentamente, havia o risco de lotar o BOL.

Mas nenhuma destas soluções resolveria o problema, descobri que o BOL não exportava para o Gmail.

Minha terceira tentativa foi de fazer este 'trânsito' de e-mails da conta usual para a conta de backup via Cliente de e-mail.

Vamos ver no que deu...

IMAP versus POP

Resolvi utilizar o Thunderbird, cliente de e-mails e noticias (RSS) da Fundação Mozilla.

Assim que comecei a configurar o Gmail no Thunderbird, deparei-me com a seguinte questão: IMAP ou POP?

Explico: Bem a grosso modo, para que os serviços de computador se entendam, é necessário que falem a mesma língua ou, façam uso de um tradutor (como o usado em Star Trek - ou acham que Romulanos, Ferengis, Vulcanos, Klingons falam Inglês?*). A este "tradutor" damos o nome de Protocolo.

Pois bem, para que um programa de serviço de Cliente de e-mail* como Thunderbird, enviem algum e-mail local para o Servidor de e-mail do Gmail, é necessário um protocolo chamado Smtp*.

Já para o envio, existem duas opções comumente usadas: IMAP ou POP.

Para nossa finalidade, importa saber que enquanto o protocolo IMAP não "descarrega" localmente os e-mails, deixando o Cliente de e-mail em uma conexão "de prontidão" com o Servidor de e-mail, o protocolo POP faz uma conexão com o servidor, transferindo os e-mails do Servidor para o Cliente, desconectando-se, em seguida e oferecendo, inclusive, a opção de "copiar" ou "mover" os e-mails do Servidor de e-mail.

Como minha intenção era mover as mensagens, ou seja, transferi-las de um local para outro, pareceu-me mais lógico e econômico usar o POP, pois faria uma transferência, sem precisar posteriormente, sair apagando do Servidor as mensagens copiadas.

Mas após a configuração, descobri que as Etiquetas (ou pastas) criadas no e-mail tradicional não foram replicadas no Thunderbird, ou seja, as mensagens de e-mail estavam vindas, mas sem as categorias que havia criado no Gmail.

Daí, optei pelo IMAP. E parece que a coisa funcionou!