A criação de módulos é relativamente fácil, mas ela pode se tornar algo difícil, tudo depende da funcionalidade a ser programada. Programada? Isso mesmo. Precisamos saber algo de programação em C, mas somente para codificarmos o objetivo do módulo, pois a estrutura é quase sempre a mesma:

1	#define __KERNEL__
2	#define MODULE
3	#include <linux/module.h>
4	...
5	... código da funcionalidade ...
6	...

As três primeiras linhas fazem parte da estrutura de qualquer módulo e servem para identificá-lo como tal. A linha 5, na verdade, são muitas linhas de codificação em C e representam a funcionalidade que será desenvolvida. Nessa parte usamos muitas funções e instruções específicas para kernel. A linha 3 representa a inclusão de bibliotecas ou 'header files' e sempre dependerá do que está sendo desenvolvido, poderão aparecer muitas bibliotecas, tais como kernel.h, init.h, fs.h, etc.

Exemplo: esse exemplo cria um módulo que exibe a mensagem "Início do módulo" ao ser carregado e a mensagem "Fim do módulo" ao ser descarregado.

Nome do arquivo: modulo.h

O módulo precisa ser compilado em um código objeto para que ele seja posteriormente incorporado ao kernel. Observe que um módulo não possui a função Main, típica de programas em C, o motivo da ausência é que o kernel já possui uma.

# gcc -c modulo.h

Essa compilação produz o arquivo modulo.o, que já é o modulo propriamente dito. Basta agora carregarmos ele e verificarmos as mensagens com o comando dmesg.

Carregando...

# insmod modulo.o
# dmesg
...
-> Início do módulo ...

Descarregando...

# rmmod modulo
# dmesg
...
->> Fim do módulo

Conclusão

Com auxílio desses comandos, uma boa leitura na documentação de cada módulo e algum conhecimento em linguagem C será possível criar e instalar muitos módulos sem que haja maiores problemas com a compatibilidade.