HoneyPots em Linux

Uma análise sobre a função de um HoneyPot e o seu funcionamento.

[ Hits: 19.537 ]

Por: Douglas Gabriel Angeli em 28/11/2016


Linux



Agora que já conhecemos como o sistema honeypots funciona, podemos estudar mais a fundo seu uso em ambiente Linux, que é o Sistema Operacional mais utilizado no mundo para servidores e consequentemente o maior alvo de hackers, também é o que possuí mais opções de segurança. Esse artigo não tem como objetivo ensinar a efetuar a instalação do ambiente de Honeypots, mas caso queira preparar um você mesmo basta acessar o link nas referências.

Segue a configuração de uma máquina honeypot de média interatividade:
  • Máquina Linux Slackware com o kernel 2.4.29 com a rede configurada.
  • O software Honeyperl do projeto HoneypotBR.
  • O sistema de detecção de intrusão snort.
  • Um filtro de pacotes baseado no iptables com regras básicas para nossos serviços.
  • Perl versão 5.6.0 ou superior;
  • Nenhum servidor de rede instalado (ftp, web, correio etc);
  • Nenhum serviço de rede sendo executado pelo inetd;
  • Placa de rede configurada;
  • Uma conexão ativa com a Internet (pode ser via ADSL).

O IDS (Intrusion Detection Systems - Sistemas de detecção de Intrusão) é uma ideia que surgiu em meados da década de 80. Esse sistema tem o objetivo de registrar a invasão, modificar e preparar o sistema para resisti-la e, se possível, lançar um contra-ataque. Um IDS tem as seguintes características:
  • Análise e monitoramento dos usuários e serviços;
  • Auditoria do sistema para levantamento de vulnerabilidades;
  • Reconhecimento de padrões de ataques comuns;
  • Reconhecimento de padrões de violações ao sistema;
  • Análises estatísticas das atividades incomuns ao sistema;
  • Interação com a auditoria do sistema (logs).

O snort é um exemplo de IDS, sendo um software livre, ele é gratuito e pode ser baixado em sua página oficial. Foi desenvolvido por Martin Roesch, capaz de analisar o tráfego em tempo real de uma rede IP. Ele executa análise de protocolo, busca padrões de conteúdo e pode ser usado para detectar uma variedade de ataques, como buffer overflows, stealth port scans, ataques CGI, SMB probes, OS fingerprinting, entre outras. Funciona em arquiteturas RISC e CISC, e diversas plataformas como distribuições Linux, Windows e MACOS X.

O sistema também possui instalado o Honeyperl, desenvolvido em Perl. É um Honeypot de média interatividade e simula os seguintes serviços:
  • Squid que é um servidor Proxy Livre;
  • Apache um dos servidores web mais utilizados;
  • Alguns servidores de e-mail como Sendmail e MSExchange;
  • FTP protocolo de transferência de arquivos muito utilizado ainda hoje;
  • Echo Servidor que envia respostas ao cliente;
  • POP3 protocolo de recebimento de mensagens.
  • O Honeyperl ainda é capaz de detectar assinaturas de vírus.

Além de toda a instalação dos softwares necessários para executar o Honeypots, ainda devem ser feitas configurações no ambiente alvo das invasões. Definindo domínio, o serviço que ele simula, o tipo de conexão com a internet, servidor telnet, portas de conexão liberadas e um diretório com todas as regras. Após as configurações do Honeypots serem concluídas, caso esteja ativo, o analista pode monitorar via terminal todos os acessos que são feitos ao ambiente e estudar com detalhes o que ele faz enquanto conectado, todos os recursos e comandos utilizados. Essa informação ainda ficará gravada em logs para análises futuras.

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Páginas do artigo
   1. Resumo
   2. Honeypot
   3. Honeynet
   4. Linux
   5. Coleta de dados
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Comentários
[1] Comentário enviado por Ghost_Shell em 30/11/2016 - 00:41h

Excelente artigo. Vai para os favoritos.

Keep it simple stupid!


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