IPv6, DNSv6 e DHCPv6

Este artigo contém algumas informações destinadas para quem já tem algum conhecimento de redes e de GNU/Linux, porém, nada impede que um iniciante se interesse pelo assunto e, com algum estudo, aplique os conhecimentos aqui apresentados. Há algumas explicações básicas também.

[ Hits: 86.141 ]

Por: Buckminster em 10/06/2013


Introdução



Este artigo contém algumas informações destinadas para quem já tem algum conhecimento de redes e de GNU/Linux, porém, nada impede que um iniciante se interesse pelo assunto e, com algum estudo, aplique os conhecimentos aqui apresentados. Há algumas explicações básicas também.

Ao longo do artigo veremos porque o IPv6 veio com pretensões de acabar com o NAT (Network Address Translation - Tradução de Endereços de Rede) e, talvez, acabe também com os servidores DHCPs para a "plebe".

As configurações de DNS IPv6 e DHCPv6 apresentadas ao final, apesar de serem gerais e experimentais, funcionaram na prática e dão um bom ponto de partida para que cada um adapte ao seu cenário de redes.

Durante o artigo e ao final, nas referências, estão links para quem quiser se aprofundar no assunto e links para ferramentas de cálculo de endereços IPv6.

Uma brevíssima história

O protocolo IPv6 foi criado para substituir o IPv4. A internet, como a conhecemos, não foi concebida para ter o uso comercial que temos hoje. A ARPANET, nos Estados Unidos, com os militares, deu origem à internet e seu objetivo era criar uma rede mundial de comunicação na qual não existisse um ponto central e que fosse semelhante à uma imensa teia de aranha (World Wide Web - em uma tradução livre, Ampla Teia Mundial) onde cada nó pudesse se comunicar com outros nós e se um nó fosse perdido, os outros manteriam a comunicação sem nenhum problema.

Esgotamento do IPv4

Uma das principais causas do esgotamento IPv4 foi a distribuição dos blocos de IPs. Metade dos endereços disponíveis foi endereçada aos EUA e a outra metade foi rateada entre os demais países. Algumas empresas adquiriram blocos inteiros /8 para si (cerca de 16 milhões de endereços IPs). E isso foi uma das causas do esgotamento.

Apesar de que há controvérsias a respeito desse tal "esgotamento", o IPv6 veio para ficar.

Com o enorme crescimento da internet que, hoje em dia, permite integrar computadores, eletrodomésticos, smartphones, etc., fez com que crescesse a necessidade de endereços IPs para que a comunicação se realizasse.

E, para dar conta desse crescimento, eis que surge o IPv6 (ele existe desde a década de 90... mas eis que surge).


O IPv5 foi uma modificação experimental e nunca foi utilizado.

    Próxima página

Páginas do artigo
   1. Introdução
   2. IPv6
   3. DNSv6
   4. Cabeçalhos IPv4 e IPv6
   5. Configurações - DNS
   6. Configurações - Resolução reversa
   7. Configurações extras - Roteador
   8. Configurações extras - DHCPv6
   9. Implementação DHCPv6
   10. Conclusão
Outros artigos deste autor

DHCP com controle de IP e compartilhamento no Debian Squeeze

Instalação do Ventoy, programa para criar pendrives inicializáveis

Compilando kernel no Debian Squeeze

Compilação do Squid 3 no Debian Wheezy

Como agendar um backup automático do PostgreSQL no Cron evitando o problema de senha

Leitura recomendada

Importância do gerenciamento de redes e Nagios como ferramenta de gestão

Zabbix Server 2.0 no CentOS - Instalação e configuração

SNMPv3 no Debian/Ubuntu - Configurando para consultas externas

DHCP com controle de IP e compartilhamento no Debian Squeeze

SQUID com autenticação e permissões por grupos do Active Directory e relatórios com SARG

  
Comentários
[1] Comentário enviado por danniel-lara em 10/06/2013 - 17:54h

Parabéns pelo Artigo , ficou bagual

[2] Comentário enviado por Buckminster em 10/06/2013 - 18:06h


[1] Comentário enviado por danniel-lara em 10/06/2013 - 17:54h:

Parabéns pelo Artigo , ficou bagual


Mas credo tchê, loco de especial!

Obrigado conterrâneo.

[3] Comentário enviado por joubertvh1 em 11/06/2013 - 07:54h

Parabéns mesmo muito interessante

[4] Comentário enviado por Buckminster em 11/06/2013 - 15:58h


[3] Comentário enviado por joubertvh1 em 11/06/2013 - 07:54h:

Parabéns mesmo muito interessante


Obrigado.

[5] Comentário enviado por Buckminster em 19/06/2013 - 00:18h

AQUI NESTA PARTE

zone "1.8.b.d.1.0.0.2.ip6.arpa" {
tope master;
file "/etc/bind/2001:db8::1.ip6.arpa";
};

O CERTO É

zone "1.8.b.d.1.0.0.2.ip6.arpa" {
type master;
file "/etc/bind/2001:db8::1.ip6.arpa";
};

[6] Comentário enviado por px em 19/06/2013 - 21:34h

bacana seu artigo, ótima contribuição para o VOL.

[7] Comentário enviado por Buckminster em 20/06/2013 - 12:44h


[6] Comentário enviado por px em 19/06/2013 - 21:34h:

bacana seu artigo, ótima contribuição para o VOL.


Obrigado.
Estamos aí.

[8] Comentário enviado por albfneto em 22/06/2013 - 21:52h

Muito legal, favoritado e 10! Por isso que a USP não atribuí IP estático pros micros dos alunos? Não pode encher uma rede de IPs fixos?

[9] Comentário enviado por Buckminster em 22/06/2013 - 23:25h


[8] Comentário enviado por albfneto em 22/06/2013 - 21:52h:

Muito legal, favoritado e 10! Por isso que a USP não atribuí IP estático pros micros dos alunos? Não pode encher uma rede de IPs fixos?


Obrigado.

IP estático causa problemas de segurança, além disso, dá um trabalho enorme fixar IPs máquina por máquina ou fixar no DHCP em redes grandes.
Se uma máquina com IP fixo tiver um problema na placa de rede, ao trocar a placa de rede terá que se fixar novamente o IP no DHCP, pois isso é feito pelo endereço MAC e cada placa tem seu próprio MAC.

O DHCP foi criado justamente por isso, para facilitar a distribuição de IPs automaticamente e para facilitar a vida dos administradores de redes.

IP estático, que eu saiba, só se usa em servidores (que não podem ficar mudando de IP toda hora, pois devem ser facilmente encontrados na rede) e em alguns casos específicos de máquinas clientes onde o acesso e o controle devem ser feitos por questões de segurança ou permitir fácil administração (diretoria, alguns setores, etc).

[10] Comentário enviado por matos.alessandro em 25/06/2013 - 09:34h

Quero aprender ipv6 e esse é um ótimo texto introdutório para esses serviços.

Quanto ao fornecimento de endereços de rede, sobre ipv4, o serviço dhcp pode fornecer ips de uma lista, de forma que o equipamento sempre receba o mesmo ip. Cadastra-se o mac-address da placa do equipamento e indica-se o ip e pronto. Tenho uma rede com 400 hosts onde tenho controle de que equipamento faz o que assim, sem problemas, casando isso com squid etc. Uma rotina shell dá conta do recado, buscando um arquivo .txt com as informações e populando o arquivo de configuração do dhcp, dentre outros...

/etc/dhcpd.conf
.
.
.
host INTRANET {
fixed-address 10.0.0.10;
hardware ethernet 00:0C:29:84:5C:99;
}
.
.
.

No ipv6, com certeza, há de haver solução similar ou mais interessante ainda.


Excelente artigo.

[11] Comentário enviado por Buckminster em 25/06/2013 - 10:25h



[12] Comentário enviado por Buckminster em 25/06/2013 - 10:30h



[13] Comentário enviado por Buckminster em 25/06/2013 - 10:31h


[12] Comentário enviado por Buckminster em 25/06/2013 - 10:30h:


[11] Comentário enviado por Buckminster em 25/06/2013 - 10:25h:


[10] Comentário enviado por matos.alessandro em 25/06/2013 - 09:34h:

Quero aprender ipv6 e esse é um ótimo texto introdutório para esses serviços.

Quanto ao fornecimento de endereços de rede, sobre ipv4, o serviço dhcp pode fornecer ips de uma lista, de forma que o equipamento sempre receba o mesmo ip. Cadastra-se o mac-address da placa do equipamento e indica-se o ip e pronto. Tenho uma rede com 400 hosts onde tenho controle de que equipamento faz o que assim, sem problemas, casando isso com squid etc. Uma rotina shell dá conta do recado, buscando um arquivo .txt com as informações e populando o arquivo de configuração do dhcp, dentre outros...

/etc/dhcpd.conf
.
.
.
host INTRANET {
fixed-address 10.0.0.10;
hardware ethernet 00:0C:29:84:5C:99;
}
.
.
.

No ipv6, com certeza, há de haver solução similar ou mais interessante ainda.


Excelente artigo.


Obrigado.
Sim, isso chama-se "amarração" de IPs pelo endereço MAC. No IPv6 também pode ser feita essa mesma amarração no caso de endereços de link local.

Você também pode amarrar os IPv4 pela tabela de ARP estática. Sendo teu servidor o gateway da sua rede local, é só criar o arquivo /etc/ethers com os MAC e os IPs de cada máquina:

00:11:22:33:44:55 192.168.0.2
11:22:33:44:55:66 192.168.0.3

Depois você coloca dentro do /etc/rc.local (ou similar, depende da distribuição) o comando arp -s para carregar a lista. Assim, se outra máquina colocar um IP fixo q não esteja associado ao MAC da sua máquina (que não esteja na lista), não conseguirá ter acesso.


[14] Comentário enviado por Buckminster em 25/06/2013 - 10:34h


[



[15] Comentário enviado por edersonschmitz em 24/09/2013 - 16:51h

Gostaria de fazer um dhcpd6.conf com endereços fixos, mas estou com dificuldade de obter a UID de cliente. Como faço para vincular o ip ao cliente?

[16] Comentário enviado por Buckminster em 29/11/2013 - 23:32h


[15] Comentário enviado por edersonschmitz em 24/09/2013 - 16:51h:

Gostaria de fazer um dhcpd6.conf com endereços fixos, mas estou com dificuldade de obter a UID de cliente. Como faço para vincular o ip ao cliente?


Vincule como no dhcp4, amarre o MAC ao endereço IP.

[17] Comentário enviado por andreyg em 13/03/2017 - 17:14h

Eu tenho que configurar um servidor DHCPV6 para testar telefones IPV6. (um servidor isolado para não enviar ipv6 para empresa toda) com posso fazer?


Contribuir com comentário




Patrocínio

Site hospedado pelo provedor RedeHost.
Linux banner

Destaques

Artigos

Dicas

Tópicos

Top 10 do mês

Scripts