Instalação de Programas no Ubuntu (atualização)

Este artigo é um tópico fixo no Fórum do Ubuntu em português que achei por bem atualizar e trazer para o VOL. Não preciso dizer que sou o
autor do tópico original, com o qual alguns usuários daquele espaço colaboraram.

[ Hits: 42.753 ]

Por: Andre (pinduvoz) em 23/08/2011 | Blog: http://casadopinduvoz.wordpress.com/


Instalando por compilação e por scripts (utilize apenas se não houver outra opção)



Compilação

É, sem dúvida, a mais complicada das opções de instalação, valendo seguir algumas recomendações.

Primeiro, faça uma busca na Internet por informações no site do desenvolvedor do programa, nos fóruns de GNU/Linux e nos sistemas de buscas, como o Google, pois alguém que já instalou/compilou o mesmo código-fonte pode lhe fornecer dicas que facilitarão a operação.

Em seguida, leia os arquivos de texto (README ou INSTALL) geralmente incluídos no pacote (eles deverão estar na pasta descompactada), pois eles podem incluir observações (especialmente sobre dependências) ou comandos sem os quais não será possível a instalação.

Finalmente, crie o "ambiente de instalação" no UBUNTU com o seguinte comando:

sudo apt-get install build-essential fakeroot gcc alien make linux-headers-`uname -r` checkinstall

Obs.: Os caracteres entre a expressão "uname -r" são crases e implicam na instalação do pacote para o kernel atual.

Continuando, ressalvados casos especiais, a compilação/instalação funciona assim:

1º passo) Descompactação do arquivo:

Utilize os seguintes comandos, de acordo com o formato do arquivo:

Arquivos tar.bz2: 

tar -jxvf nome-do-programa.tar.bz2

Arquivos tar.gz:

tar -zxvf nome-do-programa.tar.gz

Arquivos tar:

tar -zxvf nome-do-programa.tar.gz

Arquivos zip:

unzip nome-do-programa.zip

Arquivos tgz:

tar -zxvf nome-do-programa.tgz

Observações úteis:

a) É possível descompactar graficamente o arquivo pelo File Roller (o Compactador de Arquivos). Para tanto, abra o pacote compactado com duplo clique e mande extrair, escolhendo e guardando o nome e caminho da pasta, ou use o clique direito e a opção "extrair aqui", criando dentro da pasta atual uma nova pasta com o conteúdo extraído;

b) O pacote "nautilus-open-terminal" permite que se abra um terminal a partir de qualquer pasta aberta no Navegador de Arquivos (o Nautilus) e é uma mão-na- roda para quem prefere descompactar graficamente, pois basta abrir a pasta criada pelo File Roller e a partir dela, via clique direito do mouse, o Terminal;

c) Quem instalou o pacote "Nautilus Elementary" pode acessar um terminal diretamente no Nautilus, o gerenciador de arquivos do Ubuntu, via "F7".

Utilizando as dicas acima o usuário evita qualquer dificuldade para chegar ao conteúdo do pacote a ser instalado e poderá partir diretamente para o 3º passo.

2º passo) Entrar na pasta descompactada com o comando:

cd /caminho/pasta-criada-pelo-descompactador

Obs.: O "caminho" incluirá a pasta onde o pacote foi descompactado.

3º passo) Partir para a instalação propriamente dita com os comandos:

./configure
make
sudo make install

E o que faz cada comando acima?

O configure pode ser utilizado com diversas opções, tais como: onde será instalado o programa, onde estão as bibliotecas utilizadas, ativação de  determinados recursos etc.

Para visualizar as opções utiliza-se o comando:

./configure --help

O make faz a compilação do código, utilizando o makefile criado pelo configure como referência, e finalmente o make install faz a instalação.

E para desinstalar?

Alguns programas são acompanhados da opção make uninstall, mas para utilizá-la é necessário guardar o código-fonte. Para não depender disso faça um pacote de instalação (arquivo DEB) e será possível instalar e desinstalar facilmente.

A melhor opção para isso é usar o comando checkinstall:

./configure
make
sudo checkinstall -D

Ou use, na última linha:

fakeroot checkinstall -D

Uma vez criado o pacote DEB pelo checkinstall, é possível instalá-lo ou removê-lo a qualquer tempo.

Embora a opção em questão seja trabalhosa, ela, ao menos em teoria, permite que se instale qualquer programa, pois o código-fonte sempre está disponível.

E para poder contar com o necessário à compilação podemos usar a ferramenta denominada "auto-apt", capaz de reconhecer e baixar automaticamente as bibliotecas de desenvolvimento necessárias (que podem ser muitas).

Rodando o "configure" através do "auto-apt", o download e a instalação das dependências para a compilação do código-fonte será automático, facilitando a vida de quem precisa realmente compilar.

Os passos para ter o auto-apt funcional são:

a) Instalar o programa:

sudo apt-get install auto-apt

b) Configurar o programa:

sudo auto-apt update
sudo auto-apt updatedb
sudo auto-apt update-local

c) Usar o programa, obviamente no diretório onde o código-fonte foi descompactado:

sudo auto-apt run ./configure

Agora, toda vez que o "configure" não achar uma biblioteca (LIB) de desenvolvimento (DEV) necessária à compilação, o apt a instalará automaticamente.

Instalação de arquivos binários, ou via scripts

Alguns programas, dentre os quais se destacam vários jogos para GNU/Linux, podem ser baixados como arquivos binários (executáveis) para instalação, geralmente com as extensões BIN, RUN ou SH.

Embora os sites onde eles são encontrados disponham de instruções de instalação, vale esclarecer o básico. 

Usando o Terminal, a primeira providência é dar permissão de execução ao arquivo com o comando:

chmod +x nome-do-programa.extensão

A segunda é a execução do arquivo de instalação com o comando:

sudo ./nome-do-programa.extensão

Executar o binário é quase como executar um arquivo de instalação do Windows porque, sendo necessária a sua interferência, um aviso fornecerá as opções.
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Páginas do artigo
   1. Introdução e "recomendação"
   2. Instalando por compilação e por scripts (utilize apenas se não houver outra opção)
   3. Instalação de pacotes (programas) em formato DEB
   4. Algumas dicas e a "conclusão"
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Comentários
[1] Comentário enviado por removido em 23/08/2011 - 15:58h

Dos 169.000 acessos, pelo menos 3 ou 5 são meus, a uns 2 anos atrás. Foi de grande valia e muito esclarecedor
E concordo que precisava mesmo de uma atualização, afinal pesquisar pelo nome do artigo, deve ser muito comum no Google e nestes Fóruns.
Outra coisa, fez justiça quando mencionou outros colaboradores.

Ótima idéia.

[2] Comentário enviado por julio_hoffimann em 23/08/2011 - 19:11h

Oi André, parabéns!

Este é o tipo de artigo que ajuda literalmente milhares.

Gostaria de enfatizar ainda mais para os novos usuários o que você já enfatizou: Tentem ao máximo usar a Central de Software, seja diretamente através do menu, ou indiretamente com cliques duplos em arquivos *.deb. É possível usar o Ubuntu durante anos sem utilizar uma linha de comando sequer.

Abraço!

[3] Comentário enviado por pinduvoz em 23/08/2011 - 23:11h

O artigo original já tem 179.000 acessos, 10.000 a mais do que quando mandei a atualização para o VOL.

Espero mesmo que ajude um monte de gente.

No mais, agradeço os comentários dos amigos acima, gentis como sempre.

[4] Comentário enviado por pinduvoz em 04/04/2019 - 20:11h

Mais de meio milhão de acessos a este artigo no Fórum do Ubuntu. Nunca pensei que chegaria a cem mil, quanto mais meio milhão. Fico feliz de ajudar tanta gente.


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