Compilação
É, sem dúvida, a mais complicada das opções de instalação, valendo seguir algumas recomendações.
Primeiro, faça uma busca na Internet por informações no site do desenvolvedor do programa, nos fóruns de
GNU/Linux e nos sistemas de buscas, como o Google, pois alguém que já instalou/compilou o mesmo código-fonte pode lhe fornecer dicas que facilitarão a operação.
Em seguida, leia os arquivos de texto (README ou INSTALL) geralmente incluídos no pacote (eles deverão estar na pasta descompactada), pois eles podem incluir observações (especialmente sobre dependências) ou comandos sem os quais não será possível a instalação.
Finalmente, crie o "ambiente de instalação" no UBUNTU com o seguinte comando:
sudo apt-get install build-essential fakeroot gcc alien make linux-headers-`uname -r` checkinstall
Obs.: Os caracteres entre a expressão "uname -r" são crases e implicam na instalação do pacote para o kernel atual.
Continuando, ressalvados casos especiais, a compilação/instalação funciona assim:
1º passo) Descompactação do arquivo:
Utilize os seguintes comandos, de acordo com o formato do arquivo:
Arquivos tar.bz2:
tar -jxvf nome-do-programa.tar.bz2
Arquivos tar.gz:
tar -zxvf nome-do-programa.tar.gz
Arquivos tar:
tar -zxvf nome-do-programa.tar.gz
Arquivos zip:
unzip nome-do-programa.zip
Arquivos tgz:
tar -zxvf nome-do-programa.tgz
Observações úteis:
a) É possível descompactar graficamente o arquivo pelo File Roller (o Compactador de Arquivos). Para tanto, abra o pacote compactado com duplo clique e mande
extrair, escolhendo e guardando o nome e caminho da pasta, ou use o clique direito e a opção "extrair aqui", criando dentro da pasta atual uma nova pasta com o
conteúdo extraído;
b) O pacote "nautilus-open-terminal" permite que se abra um terminal a partir de qualquer pasta aberta no Navegador de Arquivos (o Nautilus) e é uma mão-na-
roda para quem prefere descompactar graficamente, pois basta abrir a pasta criada pelo File Roller e a partir dela, via clique direito do mouse, o Terminal;
c) Quem instalou o pacote "Nautilus Elementary" pode acessar um terminal diretamente no Nautilus, o gerenciador de arquivos do Ubuntu, via "F7".
Utilizando as dicas acima o usuário evita qualquer dificuldade para chegar ao conteúdo do pacote a ser instalado e poderá partir diretamente para o 3º passo.
2º passo) Entrar na pasta descompactada com o comando:
cd /caminho/pasta-criada-pelo-descompactador
Obs.: O "caminho" incluirá a pasta onde o pacote foi descompactado.
3º passo) Partir para a instalação propriamente dita com os comandos:
./configure
make
sudo make install
E o que faz cada comando acima?
O configure pode ser utilizado com diversas opções, tais como: onde será instalado o programa, onde estão as bibliotecas utilizadas, ativação de determinados
recursos etc.
Para visualizar as opções utiliza-se o comando:
./configure --help
O make faz a compilação do código, utilizando o makefile criado pelo configure como referência, e finalmente o make install faz a instalação.
E para desinstalar?
Alguns programas são acompanhados da opção make uninstall, mas para utilizá-la é necessário guardar o código-fonte. Para não depender disso faça um pacote de
instalação (arquivo DEB) e será possível instalar e desinstalar facilmente.
A melhor opção para isso é usar o comando checkinstall:
./configure
make
sudo checkinstall -D
Ou use, na última linha:
fakeroot checkinstall -D
Uma vez criado o pacote DEB pelo checkinstall, é possível instalá-lo ou removê-lo a qualquer tempo.
Embora a opção em questão seja trabalhosa, ela, ao menos em teoria, permite que se instale qualquer programa, pois o código-fonte sempre está disponível.
E para poder contar com o necessário à compilação podemos usar a ferramenta denominada "auto-apt", capaz de reconhecer e baixar automaticamente as bibliotecas
de desenvolvimento necessárias (que podem ser muitas).
Rodando o "configure" através do "auto-apt", o download e a instalação das dependências para a compilação do código-fonte será automático, facilitando a vida de
quem precisa realmente compilar.
Os passos para ter o auto-apt funcional são:
a) Instalar o programa:
sudo apt-get install auto-apt
b) Configurar o programa:
sudo auto-apt update
sudo auto-apt updatedb
sudo auto-apt update-local
c) Usar o programa, obviamente no diretório onde o código-fonte foi descompactado:
sudo auto-apt run ./configure
Agora, toda vez que o "configure" não achar uma biblioteca (LIB) de desenvolvimento (DEV) necessária à compilação, o apt a instalará automaticamente.
Instalação de arquivos binários, ou via scripts
Alguns programas, dentre os quais se destacam vários jogos para GNU/Linux, podem ser baixados como arquivos binários (executáveis) para instalação, geralmente
com as extensões BIN, RUN ou SH.
Embora os sites onde eles são encontrados disponham de instruções de instalação, vale esclarecer o básico.
Usando o Terminal, a primeira providência é dar permissão de execução ao arquivo com o comando:
chmod +x nome-do-programa.extensão
A segunda é a execução do arquivo de instalação com o comando:
sudo ./nome-do-programa.extensão
Executar o binário é quase como executar um arquivo de instalação do Windows porque, sendo necessária a sua interferência, um aviso fornecerá as opções.