Passo 14 - Repositório Contrib
Edite o arquivo de configuração do gerenciador
prt-get:
# vi /etc/prt-get.conf
Então, "descomente" a seguinte linha:
prtdir /usr/ports/contrib
Salve e feche.
Depois, execute:
# cd /etc/ports
# mv contrib.rsync.inactive contrib.rsync
# ports -u
Pronto. Repositório Contrib estará habilitado.
Passo 14 - Reiniciar e rezar
Reinicie o sistema:
# reboot && pray
No VirtualBox, não esqueça de remover a imagem ISO, para evitar que dê boot no live-CD novamente.
Se não deu Kernel Panic, sorria. Se der Kernel Panic, não se desespere. Dê boot no live-CD novamente, monte a imagem,
faça o
chroot, tudo bonitinho, não precisa mais instalar os pacotes, apenas revisar os
arquivos para buscar erros e provavelmente recompilar o kernel. Quando der certo, continue.
Com tudo certo, logue com seu usuário, configure a sessão do OpenBox e inicie o ambiente:
echo "exec openbox-session" > .xinitrc
startx
- E aí, acabou?
- Tá de "brincation with me"?! A brincadeira começou agora. Seria necessário outro artigo para falar sobre o gerenciamento
de pacotes do CRUX e seu gerenciador prt-get. Não pretendo fazer isso. Mas é fácil achar documentação.
Se quiser atualizar todo seu sistema agora, execute:
sudo prt-get sysup
Sugiro ir dormir depois de executar esse comando, ou dar uma volta no shopping, sei lá. Eu, que não tenho familiaridade
com distros de compilação, sempre me impressiono com
a demora para deixar um desses sistemas no ponto de uso.
Mas, após horas recompilando pacotes e atualizando, o sistema estará longe da condição de pronto para uso. Será
necessário baixar os programas que o usuário irá usar. Então, está na hora de aprender a usar o gerenciador de pacotes
do CRUX
GNU/Linux.
Para entender como funciona o gerenciador de pacotes do CRUX e seu sistema Ports, por favor leia:
E, por fim, o mais importante: para ver como funciona o
prt-get, fronted para o gerenciador
de pacotes do CRUX, que é a base para configurar e instalar o resto dos pacotes, leia o seu manual:
O bom é que ele tem muitas opções e suporta
expressões
regulares.
Conclusão
Espero que o artigo seja de ajuda para usuários que estão querendo começar a testar distros de compilação. Realizei essa
instalação apenas por curiosidade, queria dar uma
chance, mais uma, para sistemas de compilação. A última vez, faz anos, foi com o Gentoo.
O resultado para mim, que não sou usuário avançado (mas também não sou leigo), é que CRUX exige muita paciência. Eu
diria até que faz o usuário perder tempo, de verdade, pois para se configurar o sistema leva-se tanto tempo... para depois
fazer com ele exatamente o que se faria com uma opção de distro pré-compilada.
Se há ganho em velocidade, devido à compilação, isso deve ser na casa dos milésimos de segundo, de forma que para o
usuário doméstico, não faria sentido compilar todos os
pacotes. A vantagem é, praticamente, imperceptível. Agora, com certeza, para entusiastas do GNU/Linux que gostam de
"brincar" com o sistema, deve ser muito bom.
Isso também acaba justificando o sucesso do Arch Linux e o fato dele ter se tornado mais popular que CRUX, que o
influenciou. Primeiro, porque toda distro de compilação (source based) tem um público restrito, normalmente são usuários
mais experientes, que tem uma noção maior do que fazer com o sistema e gostam de mexer nele. Segundo, que o uso de
pacotes pré-compilados torna possível ao usuário ter um sistema pronto para uso de forma muito mais prática do que no
CRUX, onde é necessário esperar a compilação.
Fora isso, o que eu admirei no CRUX, foi o fato dele ser simples, exigindo algumas alterações diretamente em arquivos de
texto para resolver algumas coisas. Assim como Slackware. Também gostei do minimalismo dele, ou seja, vem "pelado" e
o usuário vai instalando o que precisa. Também faço elogios ao sistema Ports, que parece ser muito bom, pelo menos a
sua ideia, é. Infelizmente, ele tem poucos pacotes na sua árvore, em comparação com Gentoo, que usa também um
sistema baseado em Ports.
Eu não usaria CRUX GNU/Linux no meu Desktop, pelo menos não para uso diário, mas recomendaria seu uso e instalação
como experiência.