A primeira coisa feita foi a instalação do sistema básico. Como listado no capitulo anterior, utilizei o Debian-BR-CDD 1.0 pre3. Essa parte da instalação é a mais rápida de todas e geralmente me toma menos de 10 minutos, considerando que eu não instalo nenhum pacote do CD.
Instalado o sistema básico, meu próximo passo foi atualizar o sistema para os pacotes do unstable. Configurei o apt e mandei brasa (mora?) :D.
# nano /etc/apt/sources.list
# sources.list
# Lista de repositórios Debian utilizados pelo apt
deb http://linux.iq.usp.br/debian unstable main
Em seguida, instalei o restante dos pacotes pelo apt. Instalei por fases. Primeiro o X, depois o KDE, o OpenOffice.org, Mozilla e os demais. Mas pra ficar mais prático, vamos colocar como seu tivesse instalado tudo com um comando só. O comando seria esse:
# apt-get install x-window-system kdebase kde-i18n-ptbr kdm openoffice.org openoffice.org-l10n-pt-br openoffice.org-mimelnk myspell-pt-br mozilla mozilla-locale-ptbr xmms xmms-volnorm xine-ui kaffeine kaffeine-mozilla gimp inkscape blender xpdf ark zip unzip unrar bzip2 ntpdate hdparm kscreensaver xscreensaver vim
Entre dar esse comando e o último pacote estar instalado levou quase duas horas. Ao término, comecei a configurar o sistema, começando pela rede, editando o arquivo /etc/hosts e adicionando os nomes e endereços de todos os 30 computadores da rede, no estilo
192.168.1.2 aquario1.maria.br aquario1
192.168.1.3 aquario2.maria.br aquario2
Depois, configurei o vim, mais exatamente as cores. Editei o arquivo /etc/vim/vimrc e descomentei a linhas:
syntax on
set background=dark
Em seguida, configurei o hdparm. Verifiquei que opções o HD suportava com o comando:
# hdparm -i /dev/hda
E editei o arquivo /etc/hdparm.conf, descomentando as 3 últimas linhas e modificando o comando, ficando dessa forma:
command_line {
hdparm -c1 -d1 -Xudma5 -A1 -a16 -m16 /dev/hda
}
A nível de informação, essas opções são, respectivamente:
- -c1 : Ativa o modo de 32 bits de I/O;
- -d1 : Ativa o DMA;
- -Xudma5 : Ativa o UltraDMA modo 5;
- -A1 : Ativa o recurso de leitura adiantada;
- -a16 : Seta a leitura adiantada para 8 KB;
- -m16 : Seta o parâmetro MultiSects para 16;
Então configurei o
GRUB, para que ele inicializasse automaticamente, sem apresentar a tela de seleção de sistema. Editei o arquivo
/boot/grub/menu.lst e modifiquei a linha:
timeout 5
deixando-a assim:
timeout 0
Salvei o arquivo e reinstalei o GRUB:
# grub-install /dev/hda
Depois, tinha que configurar o disquete para que utilizasse um sistema prático de uso que dispensa a desmontagem. Primeiro, editei o arquivo /etc/fstab, modificando a linha de configuração do drive de disquete:
/dev/fd0 /media/floppy0 auto rw,noauto,user 0 0
deixando-a assim:
/dev/fd0 /media/floppy0 auto,vfat rw,noauto,user,sync 0 0
O parâmetro vfat eu adicionei por que, utilizando somente auto, o sistema não estava conseguindo ler disquetes formatados para Windows. Não sei o por quê disso, mas adicionando o parâmetro vfat o problema se resolve. Já o parâmetro sync faz com que os dados sejam gravados de forma síncrona no disquete, de forma que, com uso desse parâmetro, não é necessário desmontar o disquete para gravar os dados.
Para completar, precisei criar o script opendisk, que usaria para abrir o disquete a partir do Desktop.
# vim /usr/bin/opendisk
#!/bin/sh
# opendisk
# Remonta o disquete e exibe seu conteúdo
umount /dev/fd0
mount /dev/fd0
konqueror /media/floppy
# chmod 755 /usr/bin/opendisk
Pronto. Bem simples o que esse script faz. Desmonta o disquete, monta e exibe o conteúdo com o Konqueror. Agora só faltava criar o link simbólico na pasta do usuário. Abri um novo terminal, loguei como usuário comum e criei o link:
$ cd
$ ln -s /media/floppy0 Disquete
E estava terminado. Precisava agora configurar os compartilhamentos NFS. Antes de mais nada, instalei os pacotes necessários:
# apt-get install portmap nfs-common nfs-user-server
Depois, configurei os compartilhamentos e as permissões, editando o arquivo /etc/exports:
# vim /etc/exports
# /etc/exports
# Configuração dos compartilhamentos remotos NFS
/home aquario*.maria.br(rw)
/var aquario*.maria.br(ro)
Aqui, eu deixei a pasta /home disponível para todos os computadores da rede (aquario*.maria.br) com permissão de leitura e escrita (rw), e a pasta /var, também para todos os computadores, com permissão de somente leitura (ro). Mais adiante você já vai ver porque eu compartilhei o /var ;-)
Agora, era preciso criar os pontos de montagem. Entrei na pasta /mnt e criei todos os pontos de montagem.
# cd /mnt
# mkdir aq1 aq2 aq3 aq4 aq5 aq6 aq7 aq8 aq9 aq10 aq11 aq12 aq13 aq14 aq15 aq16 aq17 aq18 aq19 aq20 aq21 aq22 aq23 aq24 aq25 aq26 aq27 aq28 aq29 aq30
Por fim, era preciso configurar o arquivo /etc/fstab, para inserir os pontos de montagem dos compartilhamentos.
# vim /etc/fstab
Segui para o final de arquivo, e adicionei as linhas seguindo o esquema abaixo:
# Compartilhamentos remotos NFS
aquario1:/home/aluno /mnt/aq1 nfs defaults,noauto,user 0 0
aquario2:/home/aluno /mnt/aq2 nfs defaults,noauto,user 0 0
aquario3:/home/aluno /mnt/aq3 nfs defaults,noauto,user 0 0
até chegar na aquario30.
Aí era só configurar o alsamixer, para ajustar os volumes:
# alsamixer
e depois configurar o servidor gráfico e iniciar o KDE.
# dpkg-reconfigure xserver-xfree86
# kdm
Pronto. Já estava com o KDE iniciado e pronto para ser configurado.