Introdução ao Linux: O editor de texto Nano

Aprenda como esse excelente editor de texto pode agilizar o seu trabalho.

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Por: Juliao Junior em 16/09/2010


Editor de texto Nano



Como falei em uma dica recente, o site da Linux Foundation fornece uma enormidade de informações, úteis para qualquer nível do usuário. Com este artigo, estou iniciando uma série de traduções vinda dessa ótima fonte.

Um dos recursos no site de Linux Foundation são os tutoriais, claros e diretos. Como estão em inglês, trarei aqui versões livres para aqueles que preferirem o bom português.

No presente artigo, a fonte esta disponível aqui.

Nano é um editor que deve ser executado a partir de um terminal, e se concentra em simplicidade. Nano é um clone do antigo editor de texto Pico, o editor para o cliente de e-mail Pine, que foi muito popular lá pelos anos 90, em UNIX e sistemas do tipo UNIX. O Pine foi substituído pelo Alpine e o Pico pelo Nano, mas algumas coisas não mudaram - assim como a simplicidade de edição com o Nano. Veja uma imagem de terminal rodando o Nano:
Nano foi criado em 1999 com o nome de "TIP" (uma sigla, um acrônimo recursivo que significa "TIP Isn't Pine", ou "TIP não é o Pine") por Chris Allagretta. Allagretta decidiu criar este clone do Pico porque o programa não foi liberado sob a GPL. O nome foi mudado oficialmente em 10 de janeiro de 2000 para diminuir a confusão entre o novo editor e o comando "tip" (o comando "tip" é comum em Sun Solaris).

Nano usa combinações muito simples de teclas para trabalhar com arquivos. Um arquivo é aberto ou iniciado com o comando:

nano <nomedoarquivo>

Onde <nomedoarquivo> é o nome do arquivo que você deseja abrir. Ou, se você precisa editar um arquivo que somente o usuário root tem acesso, faça

sudo nano <nomedoarquivo>

Quando o arquivo estiver aberto no Nano, você verá uma pequena lista de exemplos de comando na parte inferior da janela do terminal. Veja na figura:
Todas as combinações de teclas para Nano começam com a tecla CTRL. Para executar um comando você deve manter a tecla CTRL pressionada e clicar na segunda tecla para executar a ação. As combinações mais comuns para Nano são:
  • CTRL-x - Sai do editor. Se você estiver no meio da edição de um arquivo, o processo de saída irá perguntar se você quer salvar seu trabalho.
  • CTRL-R - Ler um arquivo em seu arquivo de trabalho atual. Isso permite que você adicione o texto de outro arquivo enquanto trabalha dentro de um novo arquivo.
  • CTRL-c - Mostra a posição atual do cursor.
  • CTRL-k - 'recorta' o texto.
  • CTRL-U - 'cola' o texto.
  • CTRL S - Salva o arquivo e continua trabalhando.
  • CTRL-T - verifica a ortografia do seu texto.
  • CTRL-w - faz uma busca no texto.
  • CTRL-a- leva o cursor para o início da linha.
  • CTRL-e - leva o cursor para o fim da linha.
  • CTRL-g - mostra a ajuda do Nano.

Existem muitos mais comandos para usar no Nano. Para ver a lista de comandos, use o comando CTRL-g.

Instalação do Nano

Nem todas as distribuições vem com o Nano pré-instalado. O Ubuntu, por exemplo, tem ele instalado por padrão. Se sua distribuição não tem o Nano instalado, tudo bem, pois você vai encontrar o programa nos repositórios-padrão. Para instalar esta ferramenta tudo que você precisa fazer é seguir estes passos:

1. Abra o programa nativo de sua distribuição para procurar e instalar softwares.
2. Pesquise por "nano" (sem aspas).
3. Marque Nano para a instalação.
4. Clique em Aplicar para instalar.

É isso aí! Nano será instalado agora. Tudo que você precisa fazer agora é abrir um terminal e iniciar a edição. Só falei essas etapas-padrão, por que o Nano está disponível para toda distribuição. Então é realmente fácil mesmo.

Curiosidade

Logo acima falamos sobre acrônimos, que é algo muito comum na comunidade Linux. Por exemplo, você sabia que o GNU pode significar "GNU Não é UNIX"? . Outras siglas recursivas são:

LAME: LAME 'AIN'T an MP3 Encoder

JACK: JACK Audio Connection Kit

LINUX: Linux Is Not UNIX

WINE: Wine Is Not an Emulator

Até o próximo artigo!

   

Páginas do artigo
   1. Editor de texto Nano
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Comentários
[1] Comentário enviado por removido em 16/09/2010 - 19:23h

Gosto muito do nano, (não consigo, não me adapto e nem me esforço) para aprender a usar o 'vi/vim'.

Artigo simples e direto de um valoroso membro desta comunidade, no aguardo das outras partes.

[2] Comentário enviado por junior em 17/09/2010 - 15:36h

Também utilizo bastante o nano.
Lembrando que em algumas distribuições Linux, o nano pode ser "chamado" pelo prompt através do comando "pico".
Se não me engano, no Mandriva é assim.

[3] Comentário enviado por juliaojunior em 17/09/2010 - 18:09h

Resolvi escrever sobre o nano por sempre usar este editor, porém não vejo falar muito sobre ele. Quando trabalhamos com configuração e coisas do tipo, normalmente precisamos apenas de um bom editor de textos. Sem frescuras, direto e rápido.

Por isso escrevi este artigo. Espero que ajude a tornar o nano mais conhecido.

[4] Comentário enviado por pinduvoz em 18/09/2010 - 00:42h

Também não gosto de vi/vim. Quando preciso editar em modo texto, uso o nano.

[5] Comentário enviado por removido em 18/09/2010 - 02:50h

Quero aprender a usar o vi, mas apenas por curiosidade, pois o nano sempre atende às minhas necessidades.


[6] Comentário enviado por removido em 19/09/2010 - 14:07h

Uso este editor desde a época do pico, que fazia parte de uma MTA que nem me lembro mais o nome. Depois descobri o fork "nano", daí o nome: unidade de medida, pico -> nano

Nem me lembro mais que existe o filho-do-sulfuroso chamado "vi", aberração da natureza mais sem-graça que cirurgia de morróida.

O nano é facílimo de usar, vc olha os comandos no roda-pé do aplicativo e não tem erro. Todas as minhas edições de arquivos de configuração são feitas com ele.

ac

[7] Comentário enviado por removido em 19/09/2010 - 14:28h

Sim, é verdade, mas @acvsilva com esse avatar sinistro tu deverias gostar do 'filho-do-sulforoso', rsrsrs.

O pior é que não configurei meu Arch Linux então de vez em quando caio no vi pra editar um PKGBUILD, cruz-credo, é um tal de ESC, Ctrl , seta prum lado, sai pra lá!

Bom com a devida licença do autor do artigo, para definir o nano como editor de texto padrão dos sistemas Debian/derivados:

$ sudo update-alternatives --config editor

* somente se existirem o nano e mais algum outro editor instalado. No meu caso não preciso porque a primeira que coisa que faço após instalar o NetInstall é remover o VIM.

A outra alternativa é alterar o ~/.bashrc (apenas pro usuário local) e criar um alias:

alias editor=nano

[8] Comentário enviado por stilldre em 19/09/2010 - 15:16h

ei o vi era bom! o vim é bom! o pico é proprietário! o nano, um clone livre do pico! e não julguem os filhos pelos atos dos pais... :P

[9] Comentário enviado por juliaojunior em 19/09/2010 - 22:57h

"com a devida licença do autor do artigo" kkkkk toda a licença, edps. :)

[10] Comentário enviado por thiiagofernando em 22/09/2010 - 15:45h

eu utilizo o nano e acho ele um otimo editor

[11] Comentário enviado por tatuiano em 22/09/2010 - 15:59h

ta no favoritos.gosto muito do nano.

[12] Comentário enviado por WhiteHawk em 14/11/2010 - 07:40h

Olá. Eu nunca tinha usado o Nano antes. Ao ler um artigo e pensar na possibilidade de migrar para Arch Linux, descobri que eu teria que usar ou o Nano ou o Vi para editar os arquivos de configurações. Testei os dois no Ubuntu, e a facilidade do Nano é notável.

Artigo bem escrito. Obrigado.

[13] Comentário enviado por xei em 22/11/2010 - 14:49h

Pessoal, eu fiz uma alteração no arquivo fstab e meu ubuntu 10.10 não inicia mais, então iniciei no modo recovery e abrí o arquivo usando o nano como root mas há uma mensagem "modo somente leitura" - e não consigo salvar as alterações no arquivo. e agora?

[14] Comentário enviado por tiagofv em 05/07/2013 - 14:26h

Tem como exibir números nas linhas do nano para facilitar a localização das mesmas???

[15] Comentário enviado por Mc.Eagle em 11/05/2015 - 12:15h

Sem palavras! #unbelieved #awesome. Realmente...the best of best editor para terminal Linux.

[16] Comentário enviado por ensabr em 10/12/2018 - 02:45h

Olá, Cicero Juliao da Silva Junior, chegamos onde EU não entendo! por exemplo quando acesso a tela TERMINAL do Mate aparece:
user@debian:~$ (espaço) e o sinal preto que acredito que é onde devemos ter que escrever algo! A única coisa que sei é:
user ... sou EU ... que me cadastrei; @ é que irei me comunicar pela internet; debian é quem vai receber a mensagem e a única que sei são 2:
EXIT e HELP ... Lamento e agradeço pela sua compreensão!


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