Como falei em uma dica recente, o site da
Linux Foundation fornece uma enormidade de informações, úteis para qualquer nível do usuário. Com este artigo, estou iniciando uma série de traduções vinda dessa ótima fonte.
Um dos recursos no site de
Linux Foundation são os tutoriais, claros e diretos. Como estão em inglês, trarei aqui versões livres para aqueles que preferirem o bom português.
No presente artigo, a fonte esta disponível
aqui.
Nano é um editor que deve ser executado a partir de um terminal, e se concentra em simplicidade. Nano é um clone do antigo editor de texto Pico, o editor para o cliente de e-mail Pine, que foi muito popular lá pelos anos 90, em UNIX e sistemas do tipo UNIX. O Pine foi substituído pelo Alpine e o Pico pelo Nano, mas algumas coisas não mudaram - assim como a simplicidade de edição com o Nano. Veja uma imagem de terminal rodando o Nano:
Nano foi criado em 1999 com o nome de "TIP" (uma sigla, um acrônimo recursivo que significa "TIP Isn't Pine", ou "TIP não é o Pine") por Chris Allagretta. Allagretta decidiu criar este clone do Pico porque o programa não foi liberado sob a GPL. O nome foi mudado oficialmente em 10 de janeiro de 2000 para diminuir a confusão entre o novo editor e o comando "tip" (o comando "tip" é comum em Sun Solaris).
Nano usa combinações muito simples de teclas para trabalhar com arquivos. Um arquivo é aberto ou iniciado com o comando:
nano <nomedoarquivo>
Onde <nomedoarquivo> é o nome do arquivo que você deseja abrir. Ou, se você precisa editar um arquivo que somente o usuário root tem acesso, faça
sudo nano <nomedoarquivo>
Quando o arquivo estiver aberto no Nano, você verá uma pequena lista de exemplos de comando na parte inferior da janela do terminal. Veja na figura:
Todas as combinações de teclas para Nano começam com a tecla CTRL. Para executar um comando você deve manter a tecla CTRL pressionada e clicar na segunda tecla para executar a ação. As combinações mais comuns para Nano são:
- CTRL-x - Sai do editor. Se você estiver no meio da edição de um arquivo, o processo de saída irá perguntar se você quer salvar seu trabalho.
- CTRL-R - Ler um arquivo em seu arquivo de trabalho atual. Isso permite que você adicione o texto de outro arquivo enquanto trabalha dentro de um novo arquivo.
- CTRL-c - Mostra a posição atual do cursor.
- CTRL-k - 'recorta' o texto.
- CTRL-U - 'cola' o texto.
- CTRL S - Salva o arquivo e continua trabalhando.
- CTRL-T - verifica a ortografia do seu texto.
- CTRL-w - faz uma busca no texto.
- CTRL-a- leva o cursor para o início da linha.
- CTRL-e - leva o cursor para o fim da linha.
- CTRL-g - mostra a ajuda do Nano.
Existem muitos mais comandos para usar no Nano. Para ver a lista de comandos, use o comando CTRL-g.
Instalação do Nano
Nem todas as distribuições vem com o Nano pré-instalado. O Ubuntu, por exemplo, tem ele instalado por padrão. Se sua distribuição não tem o Nano instalado, tudo bem, pois você vai encontrar o programa nos repositórios-padrão. Para instalar esta ferramenta tudo que você precisa fazer é seguir estes passos:
1. Abra o programa nativo de sua distribuição para procurar e instalar softwares.
2. Pesquise por "nano" (sem aspas).
3. Marque Nano para a instalação.
4. Clique em Aplicar para instalar.
É isso aí! Nano será instalado agora. Tudo que você precisa fazer agora é abrir um terminal e iniciar a edição. Só falei essas etapas-padrão, por que o Nano está disponível para toda distribuição. Então é realmente fácil mesmo.
Curiosidade
Logo acima falamos sobre acrônimos, que é algo muito comum na comunidade Linux. Por exemplo, você sabia que o GNU pode significar "GNU Não é UNIX"? . Outras siglas recursivas são:
LAME: LAME 'AIN'T an MP3 Encoder
JACK: JACK Audio Connection Kit
LINUX: Linux Is Not UNIX
WINE: Wine Is Not an Emulator
Até o próximo artigo!