O Fedora é um sistema operacional
GNU/Linux nascido após a Red Hat voltar seu GNU/Linux para empresas. Baseado no
Red Hat, a filosofia do Fedora é de trazer um sistema operacional e uma experiência de utilização que contenham apenas softwares de padrões abertos.
Conseguir utilizar um sistema somente com código aberto, pode ser um "ideal" perseguido por muitos, porém, ainda não traz algumas funcionalidades do dia a dia com a qual estamos acostumados (ou nos vemos obrigados) a utilizar, pelo fato de diversos padrões (principalmente da Internet) lamentavelmente, ainda, não contemplarem padrões abertos.
Um sistema operacional sem suporte a MP3 ou Flash no dias de hoje, só traz limitações incoerentes à facilidade que o GNU/Linux se tornou para muitos de nós. Para isso, se faz necessário algumas configurações adicionais, fora do padrão de código aberto, para ter uma experiência de uso mais completa.
O
GNOME Shell é a interface oficial do GNOME 3, mudado radicalmente após o GNOME 2. Essa mudança trouxe muitas opiniões controversas, e foi alvo de muitos protestos na comunidade GNU/Linux, principalmente pela popularidade que o GNOME 2 ainda carregava antes de ser descontinuado.
Algumas das principais críticas vieram por conta da quebra de paradigmas, acusações de que os desenvolvedores não levavam em consideração as demandas da comunidade e inicial engessamento da interface em busca de firmar um novo padrão de abordagem, baseado na simplicidade e procurando dar uma nova coerência para usuários comuns.
Como o GNOME Shell, inicialmente, não caiu no gosto popular, nasceram projetos que procuraram preencher essa lacuna: baseados nas bibliotecas do GNOME 3, vieram o
Unity (
Ubuntu) e
Cinnamon (
Linux Mint e outras distribuições), além do próprio GNOME que, a partir da versão 3.8, por meio de extensões, criou uma versão "clássica" com uma interface próxima ao GNOME 2.
E, paralelo a isso, nasceu o
MATE (Linux Mint e outras distribuições), projeto que procura dar continuidade ao GNOME 2 original, entre outros projetos (destaque para
LXDE e
Xfce) que dividiram a base de usuários do GNOME 2.
Hoje, o GNOME Shell já está menos engessado, uma vez que está ganhando maturidade e que, por intermédio de extensões e ajustes mais avançados, já é possível criar uma experiência de uso bastante agradável e produtivo, moldado às preferências pessoais de cada um.
Não vou cobrir nesse artigo a instalação do
Fedora 19, pois já temos bons guias que explicam com detalhes esse procedimento. Para maiores informações, colocarei um exemplo de instalação no sub-título "Referências".
Com o tempo, os comandos de terminal que utilizam endereços da Internet (repositórios, arquivos, etc.) também podem (irão) ficar desatualizados e parar de funcionar, portanto, colocarei também no sub-título "Referências", links das páginas originais que apontam esses endereços.
A minha abordagem para a pós-instalação é a de ajustar o GNOME Shell de acordo com as necessidades que, pessoalmente, considero úteis, como adicionar repositórios de softwares que não vêm com o Fedora e instalação e ajustes de softwares que utilizo.
Para alguns ajustes, instalações de repositórios e softwares, recorrerei a um programa chamado
Fedora Utils, que faz muito do trabalho 'sujo' e evita entrarmos em demasia com comandos no terminal. Há também o programa
EasyLife, que tem basicamente as mesmas funções do Fedora Utils, porém, eu não o utilizei nesse guia.