O Linux é seguro? A resposta é enfática: não. Ou mais flexivelmente: depende. Mas depende de quê? Depende de quem o administra. Um Linux mal configurado pode ser tão ou até mais vulnerável do que outro sistema qualquer. Nesse artigo apresentaremos as principais fontes de vulnerabilidade do Linux e algumas medidas para torná-lo mais seguro.
Nenhum sistema que opera em rede está livre de vulnerabilidades. Para que se chegue a um grau de 100% de segurança de um sistema, é necessário isolá-lo do mundo por completo. Entretanto, há medidas para torná-lo mais seguro e resistente a ataques.
Existem alguns aspectos que fazem com que o GNU/Linux não seja seguro por natureza (por si só, sem a intervenção do administrador). São eles:
Assim como nas versões anteriores do UNIX, o GNU/Linux é otimizado para conveniência, não para segurança. Os sistemas geralmente são manipulados de maneira a oferecer facilidades ao administrador, em detrimento da segurança. Todo administrador de sistemas deve ter em mente que: Segurança = 1/ (1.000.000 x Conveniência).
A segurança é quase que binária: ou você é um usuário sem poderes no sistema ou você é o root! E lembre-se que como root, você pode tudo. TUDO MESMO! Inclusive destruir todo seu sistema ou comprometer sua segurança por completo. Algumas características do sistema, tais como execução com "setuid" tendem a dar poderes de root para usuários quaisquer, de forma que qualquer deslize na utilização de tais facilidades pode comprometer o sistema por completo.
O GNU/Linux é desenvolvido por uma grande comunidade de programadores, dos mais variáveis níveis de conhecimento, experiência e grau de atenção. Devido a essa grande variedade de desenvolvedores, até mesmo os mais bem-intencionados estão sujeitos a introduzir falhas de segurança no sistema. Por outro lado, o código é aberto e está disponível para todos, de modo que é muito mais fácil se descobrirem falhas de segurança do que em sistemas fechados. Esse é um dos grandes trunfos do GNU/Linux que o tornam geralmente mais seguros do que sistemas fechados.
No decorrer do artigo faremos uma introdução sobre os principais conceitos relacionados à segurança em sistemas GNU/Linux, apresentando soluções para torná-los cada vez menos vulneráveis. Já que é impossível termos um sistema 100% seguro, então vamos tentar aumentar o máximo esse nível de segurança. Nas seções seguintes abordaremos algumas das principais questões de segurança a serem consideradas no GNU/Linux, apresentando conceitualmente alguns aspectos aos quais devemos estar sempre atentos de forma a proteger nosso sistema.
[2] Comentário enviado por fulllinux em 14/05/2007 - 08:31h
Parabéns,
Muito bom seu artigo! Porem a conclusão disso tudo é o fato 'Administração' não que o sistema seje inseguro, mas quem o administra!
O trecho:
"o código é aberto e está disponível para todos, de modo que é muito mais fácil se descobrirem falhas de segurança do que em sistemas fechados. Esse é um dos grandes trunfos do GNU/Linux que o tornam geralmente mais seguros do que sistemas fechados."
É um pouco contraditório... pensando por outro lado, se eu sou o desenvolvedor do sistema, eu deixo brechas para me sobresair em cima desse sistema, porem, se eu deixo tais brechas no sistema eu tenho que saber sana-las também para me sobresair em cima desse sistema!
É algo que naum poderia acontecer, mas, infelismente isso é do proprio homen.
Parabéns pelo artigo, gostei muito de fazer esta leitura!
[5] Comentário enviado por tatototino em 14/05/2007 - 11:01h
seu artigo muito bom, mas achei o que vc descreveu no artigo muito voltado para segurança para usuarios Desktop ou inicinates e não para administradores re rede ou de servidores.
Acho que faltou você falar de Serviços em jaula (chroot), o que o próprio leo_mineiro disse falar sobre IDS e alguns patchs como o lids e o selinux e outros como pax grsecurity e etc
não entenda como uma crítica, só que acho poderia ficar melhor
[9] Comentário enviado por y2h4ck em 15/05/2007 - 09:33h
Tatatotino,
Assim como vc e outros ai encima que postaram falando que faltou ele falar isto e aquilo, é exatamente este o conceito errado de Segurança que administradores tem. Assim como você a maioria acha que é entopindo a maquina com patches e programas de "segurança" é que ela ocorre.
Na verdade o conceito mais básico de segurança e o da Simplicidade e o Least
Privileges. Ou seja para formular um sistema seguro deve-se levar em conta que qto mais simples de administrar ele for, mais facilmente falhas de segurança serão encontradas e administradas, e pensando sempre no quesito do menor privilégio podemos configurar um padrão de segurança condizente com o necessário real para continuidade dos negócios :).
Na verdade, enfiar um monte de programas e deixa-los mal configurados acaba criando mais vulnerabilidades do que soluções.
[10] Comentário enviado por juninho (RH.com) em 15/05/2007 - 09:44h
Realmente seu artigo é ótimo, fala principalmente sobre os pontos onde se pode verificar falhas em termos de segurança, e mostra ainda que as principais falhas vem realmente dos usuários e ainda do Administrador.
[12] Comentário enviado por apdrall em 15/05/2007 - 15:34h
Prezados,
Primeiramente obrigado pelos elogios e críticas construtivas.
Gostaria de deixar claro que a principal intenção do artigo foi dar uma geral sobre segurança no Linux, apontando algumas fontes mais comuns de vulnerabilidade. Dessa forma, creio que a leitura tenha sido muito mais proveitosa por parte de usuários iniciantes/intermediários do que administradores de sistema, os quais provavelmente já conhecem (se não todos) a grande maioria dos tópicos abordados. Pode-se dizer que o público alvo predominante desse artigo são usuários domésticos ou mesmo administradores de pequenas redes. O intuito foi mais apresentar as principais fontes de vulnerabilidade do sistema para esses usuários, para que eles, por si próprios, pesquisem mais a fundo sobre os tópicos abordados e se interessem cada vez mais sobre esse assunto que não tem fim: a segurança.
O grande problema de se produzir um artigo que generaliza um assunto vasto como segurança, é justamente deixar de falar uma ou outra coisa que possa ser importante. Creio que os 6 tópicos abordados sejam realmente a base da segurança nesse sistema. Um IDS, por exemplo, obviamente é uma ferramenta de grande importância para um administrador, mas já entra em um nível de segurança um pouco mais avançado do que o escopo dese artigo.
Enfim, espero que pelo menos eu tenha aguçado a curiosidade de algumas pessoas para aprofundarem seus conhecimentos nessa área :)
[15] Comentário enviado por removido em 15/01/2017 - 13:53h
Boa dica para os iniciantes no mundo Linux e para os amantes de suposta distribuições Linux que não tem nenhuma segurança e nem estabilidade no sistema.