Quero facilidade!

Muitas vezes o usuário que prefere a facilidade no Linux é encarado com desprezo pelos "verdadeiros linuxers", tanto que Ubuntu acabou se tornando sinônimo de distro de primeiro nível, para iniciantes; começar pelo Ubuntu é um estágio probatório, cerimônia de iniciação que antecede a entrada do usuário no "verdadeiro" mundo Linux.

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Por: Xerxes em 09/06/2009


Facilidade é importante



Gostaria de compartilhar uma simples opinião com o leitor desse artigo.

Assim que comecei a gostar do Linux, em determinadas vezes me referia ao Windows chamando-o de "Ruindows". Hoje vejo como fui imaturo. Não é desprezando outros sistemas operacionais que se consegue melhorar a imagem do Linux. Nesse período, que não faz muito tempo, eu também acreditava que o usuário de Linux não tinha direito a ser preguiçoso. Nesse artigo eu comento meu pensamento atual sobre a importância da facilidade no Linux.

Muitas vezes o usuário que prefere a facilidade no Linux é encarado com desprezo pelos "verdadeiros linuxers", tanto que Ubuntu acabou virando sinônimo de distro de primeiro nível, para iniciantes; começar pelo Ubuntu é um estágio probatório, cerimônia de iniciação que antecede a entrada do usuário no "verdadeiro" mundo Linux. Por quê?

Nem sempre a vida dos usuários de Linux foi fácil como hoje. Nessa época remota (que eu não conheci), usuários Linux eram muito mais raros. Esses usuários podiam ser chamados de "hackers" pelos leigos. Mas hoje, principalmente devido ao surgimento do Ubuntu, um leigo consegue instalar e usar o Linux! Quão revoltante deve ter sido essa mudança para alguns usuários que se sentiam especiais por usarem o Linux... São justamente esses usuários (os que se sentem especiais por usarem Linux) que encaram os usuários de Ubuntu com um certo desprezo.

Ubuntu é exemplo de sucesso, possivelmente seja a distribuição mais popular da atualidade e tem atraído muitos usuários para o mundo Linux, fazendo-os abandonar o Windows (como foi o meu caso). E isso não é bom? Sim! Acho que o leitor deve concordar que quanto mais gente usando o Linux, melhor será para todos os usuários de Linux. Infelizmente isso parece incomodar alguns usuários mais antigos, aqueles que aprenderam a usar Linux numa época em que esse sistema operacional era mais obscuro.

Com a popularização do Linux, os usuários "especiais" tiveram que encontrar algum refúgio. Não bastava mais ser usuário de Linux, era preciso ser usuário de uma distribuição "complicada", alguma que o usuário iniciante não conseguiria usar. Só assim o status de "usuário avançado" poderia ser mantido.

Vamos refletir. Será que realmente existe distribuição inacessível para o usuário curioso iniciante no Linux? Veja, para saber instalar uma distribuição é preciso quase sempre seguir um tutorial. Qual é a dificuldade nisso? Seria lógico atribuir o status de "usuário experiente" a alguém que seguiu um tutorial para instalar o Linux, sendo que qualquer pessoa, não completamente leiga em informática, faria o mesmo? O mérito nesse caso não está verdadeiramente em usar uma distro considerada difícil e sim no fato de que o usuário consegue ler tutoriais.

Vejamos o caso da distribuição Gentoo, que na minha opinião é a mais trabalhosa de instalar. O manual de instalação em português está completamente desatualizado e isso quase força o usuário a procurar o manual em inglês e "quebrar" a cabeça. Manuais não oficiais quase sempre são incompletos. Porém, no caso do Gentoo, a aversão que muitos podem ter a ele não é só o fato do manual estar em inglês e também não é o conhecimento necessário para instalá-lo, já que basta seguir os passos do manual, a dificuldade está principalmente no tempo que se leva para instalá-lo. Nem todos os usuários concordam que vale a pena demorar na instalação do Gentoo!

Agora vejamos o caso do Arch Linux, outra distro para usuários experientes - é uma distro bem ao estilo do Slackware, que segue a filosofia KISS. A sua instalação não é problema, pois há manual de instalação atualizado e ilustrado em português na página do Arch. Por que então o usuário não a prefere? É porque ela vem "pelada", sendo necessário gastar um tempinho para deixá-la bonitinha e pronta para uso em desktops, o que pode ser apreciado por uns, mas não pela maioria.

Agora vamos ao Slackware, uma distribuição que carrega a fama de ser Linux de verdade (para alguns, claro). Porque ele não é o mais popular se é tão bom? Simples: seu repositório de pacotes oficiais é pobre. Seu gerenciador de pacotes é primitivo. Mesmo usando repositórios não oficiais, Slackware não é uma das distros mais práticas.

O que eu quero dizer com esses exemplos é que apesar de muitas distros terem vantagens em vários pontos, como otimização para o seu hardware, por exemplo, o que mais conta para a popularidade (sucesso!) é a facilidade de uso, a praticidade. Não é por menos que o Ubuntu esta no topo da Distrowatch. Facilidade: isso atrai usuário para o mundo Linux, o verdadeiro mundo Linux. E que mundo seria esse? Com certeza não é o mundo da complexidade.

Penso que enquanto for cultivada a imagem de que Linux é coisa de expert ou de hacker, pouca coisa irá mudar em relação a sua aceitação pelo usuário comum. Hoje a imagem do Linux já não é tão underground como já foi um dia, entretanto, ainda há muito por melhorar. Cabe a nós, usuários Linux, apaixonados por esse sistema operacional símbolo de liberdade, mudar a sua imagem. Não, não estou sugerindo "mascarar" o Linux escondendo os possíveis problemas que o usuário irá encontrar, mas sugiro darmos valor às suas características atrativas para o usuário comum. E a maior atratividade nesse caso é a facilidade de uso. Distro fácil é bom, tanto para o usuário comum, como para o expert. Digo isso por experiência como usuário comum e por ouvir a opinião de alguns usuários experts. Se Ubuntu fosse distro usada só por iniciantes, o Fábio (criador do VOL) não a usaria (ou pelo menos não a teria como sua distro secundária).

Não sonho com o dia em que o Linux será tão popular quanto o Windows, mas sonho com o dia em que o Linux não será visto como algo restrito a poucos. O Linux é uma opção de sistema operacional, simples e fácil de usar. Se um dia a maioria das pessoas pensarem assim, mesmo que não use Linux, ficarei satisfeito.

Existem vários problemas que impedem a aceitação do Linux por parte do usuário comum, como por exemplo a propagação da ideia de que Linux é coisa de nerd, a falta de suporte, a falta de compatibilidade com jogos, a falta de costume e a falta de uma família disposta a migrar de uma vez (pois há residências com um único PC usado por todos os moradores e nem todos estão dispostos a migrar). Não seria bom adicionarmos mais uma dificuldade a essa aceitação, desprezando o fator facilidade no Linux.

Também gostaria de dizer rapidamente algumas palavras para os usuários de Linux que falam mal do Windows.

Desprezar o Windows não contribui em nada para a imagem do Linux e nem para a imagem de quem assim se pronuncia. Quem nunca usou Windows que atire a primeira pedra.

A informática é uma área que serve para dar suporte a outras áreas, ou seja, ela é uma área "meio" e não uma área "fim", como a medicina, por exemplo. Os profissionais da informática devem oferecer a solução que mais se adéqua às necessidades de determinado setor. Isso implica usar Windows ou Linux, não somente um deles.

Respeito se conquista respeitando. Isso também vale para usuários Windows que criticam o Linux. O Linux é respeitado, mas não graças aos difamadores do Windows e sim graças ao próprio sistema que se mostra sólido e prático para muitas soluções.

Finalizando...

O objetivo do software livre é a divulgação livre do conhecimento. Se alguns se acham especiais por usarem Linux e querem ser os detentores do conhecimento, saiba, caro leitor, que eles estão seguindo na contra-mão! Usuário Linux, que ama a liberdade, não deve olhar torto para o Ubuntu ou ao aumento da facilidade no Linux, pois sempre haverá espaço para os especialistas, aqueles que se destacam por mérito. Mas nesse caso o mérito não estará em usar Linux, nem em usar determinada "distribuição de usuário experiente", mas o mérito estará em conseguir soluções, independente do sistema operacional.

Abraço.

PS.: Desculpe a falta de coerência. Tem muita coisa simplesmente jogada nesse artigo. Foi quase um desabafo.

   

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Comentários
[1] Comentário enviado por Aioria em 09/06/2009 - 15:13h

Parabéns pelo post.

Realmente é muito complicado bater de frente
com os mais antigos da área do Linux por causa daquela filosofia de que "O Ubuntu atrapalha o aprendizado".
Atrapalha?? Pega os codigos dos scripts deles e estuda pra vc ver... vai aprender mais que muitos...
Eu uso Ubunto no Dia a dia.. mas na hora de configurar meus servidores não abro mão do Slack. Isso é pra mim um meio de estar
sempre me atualizando na distro. O importante é achar a solução mais adequada para cada problema.

Um abraço!


Leandro Vicente
:wq

[2] Comentário enviado por demoncyber em 09/06/2009 - 15:14h

Olá,

Segue minha opnião =)

Acho que como muito já devo ter dito em forums e outros lugares, distribuição é como time de futebol cada um tem o seu e tem motivos para gostar deles. Eu desde o inicio de minha vida de usuário linux usei slackware pois tive um amigo que me indiciou e me incetivou a aprender e usar, e hoje uso e aprendi a gostar, se for para falar a verdade gosto dele pelos motivos da comunidade dele, bom ter um estilo parecido com que acho interessante de querer entender mais como os programas funionam, não somente instalar os programas ou seguir um tutorial.

Penso que cada distro tem a comunity e publico que ela quer e cultiva, e por isso que umas e outras mantém muitas pessoas com caracteretiscas parecidas e portanto muitas vezes são rotuladas. O que muda de uma distro para outra em questão de software (não de community) é a simples forma de fazer enquanto em umas tem q digitar um programa outras tem q ler e aprender como instalar, outras tem q ler como compilar e assim vai.... Mas algo que difere o programa e a comunnity assim como temos a community aqui do vivaolinux que acho examplar por manter usuários de varias distros e inclsuvies de varios SO's diferentes.

Já vi discussões neste ponto interessantes e não posso negar, mas é interessante somente quando as pessoas tem argumentos técnicos não aquela coisa a não gosto.... tem de se ter motivos tecnicos. Muita gente reclama sem nem mesmo ter usado ou fala mal, acho que o primeiro passo e tentar usar, sim vai ser diferente não tem como negar, mas assim como foi diferente mudar do windows para o linux, mudar de uma distribuição gnu/linux para outra também pode ser....

Bom em resumo, use o que você se sente bem, ninguem lhe obriga a usar nada =) e no fullscreen com o firefox aberto é tudo igual =p

Abraços

[3] Comentário enviado por xerxeslins em 09/06/2009 - 15:51h

Sim, distribuição é como time... cada um tem o seu. Não quero dizer, com o artigo, que as pessoas devam deixar de usar Slackware para usarem Ubuntu. Só queria dizer que acho ruim para a imagem do Linux, quando um usuário experiente despreza os usuários que usam Ubuntu. Pois tudo é Linux. E o Ubuntu tem atraído muita gente para o mundo Linux. Temos que elogiar e falar bem do Linux e não falar mal do Windows.

[4] Comentário enviado por rafaelfreitas em 09/06/2009 - 16:14h

Parabéns pelo Artigo "Desabafo", ele nos faz refletir sobre as nossas atitudes. Eu lembrei de dois artigos que eu publiquei sobre duas ferramentas do Slack, as ferramentas se parecem com o atualizador de pacotes synaptic utilizado pelo Ubuntu. Na época muitos usuários amaram enquanto outros me jogaram na fogueira da santa inquisição do Slack, o mais importante é que o conhecimento sobre o uso desses aplicativos foi passado adiante.

[5] Comentário enviado por xerxeslins em 09/06/2009 - 16:18h

Verdade rafaelfreitas; tem todo aquele lance de filosofia... Como as distros não se destacam tanto pelos aplicativos, já que no fundo todas são o mesmo kernel, só que com configurações diferentes, o jeito eh tentar diferenciá-la pela sua filosofia. Realmente existem diferenças, mas será que vale a pena dar tanta importância a isso? Não seria melhor dar mais importância ao fato de que o Linux está crescendo e se tornando mais usável?

[6] Comentário enviado por removido em 09/06/2009 - 17:04h

"...Se Ubuntu fosse distro usada só por iniciantes, o Fábio (criador do VOL) não a usaria (ou pelo menos não a teria como sua distro secundária)." Disse tudo.

[7] Comentário enviado por pmichelazzo em 09/06/2009 - 17:18h

Há tempos não leio algo tão coeso dentro da comunidade de software livre. Por estas e outras larguei em casa de usar Linux e comecei a usar Mac. Não tenho saco para coisas complicadas e tampouco para discussões sem pé nem cabeça. Continuo, claro, usando Linux dentro da empresa e também dentro do Mac com os aplicativos. Preocupado com a repercussão? Nenhum pouco. Como disse meu amigo Ananhuac há algum tempo, é dor de cotovelo.

Parabéns.
Paulino Michelazzo

[8] Comentário enviado por alisson.cr em 09/06/2009 - 17:19h

Você está de parabéns,
precisamos de mais iniciativas como sua, isso realmente é o que falta, silencio de nossa parte para
que eles aprendam da pior forma, errando e assim vendo o por que o software livre possui vantagem...


abraço

[9] Comentário enviado por dbahiaz em 09/06/2009 - 17:46h

É isso ai, respeito mútuo deve ser a palavra chave, não desmerecer a escolha, tanto pela facilidade (http://pt.wikipedia.org/wiki/Gestão
_de_facilidades)de simplesmente instalar e usar, quanto pela complexidade (http://pt.wikipedia.org/wiki/Complexidade) de querer entender como funciona, esse é um ponto fundamental, temos distro de todos os sabores, por isso que " Nós Amamos a Liberdade" .

Ps: achei interessante essas definições do wikipedia, por que mostra que para facilitar nem sempre é trabalho fácil, e a historia do linux mostra isso, nunca foi fácil o caminho de quem luta pela melhoria desse sistema.

Abraço Ronnie!

[10] Comentário enviado por Gilmar_GNU/Slack em 09/06/2009 - 18:55h

Não Uso Ubuntu.
Pois sinceramente essa coisa de muita facilidade nunca foi um dos meu fortes.
Para alguns usuários "experientes" devem ter visto o sistema como um novo desafio a ser travado.
E nem sempre a facilidade pode atrar um usuário.
Pois se formos colocar várias paltas conteudos que podemos chamar de atrativo fica bem dificil não é verdade pessoal ?
Então cada um que usa sua distro, não importando qual seja, ja faz a sua parte em atrair usuários para o linux.
No meu Caso eu usava o Famelix , e não sabia instalar um software e nem conhecia nenhum.
Na escola depois de ver, acabeu ficando frustrado pois não sabia mexer direito.
Então instalaram o kurumin, e ai acabei achando mais "facil", mais sim mais informações sobre a distribuição e acabei indo aprender linha de comando.. E como outras histórias de casa usuário aqui na comunidade.
Uso Slackware atualmente.
Pois não é aquele facilidade tipo "Ubuntu", Mandriva (Boa distro), Kurumin (L)-(minha primeira adoção no Linux).
Então passei para o Slackware e ai acabei amando a distro.
Desde a 10.2 que eu uso.
Mais tenho amigos aqui que migraram porque se deixaram ver as vantagens e o que eles podiam aproveitar do sistema.
Então Apresentei a eles o Slackware "Parece piada não é" ?
Ai emprestei documentação e materiais e mostrei foruns que eles podiam tirar duvidas.
E sempre marcamos nos fins de semana com os pc's de teste para poder ver o que eles conseguiram aprender.
E eu e jb0x que participa da comunidade sempre tiramos as duvidas dessas pessoas.
Hoje essas pessoas colam conosco e se desenvolvem.
Então não precisa só o "Ubuntu" para poder pessoas aprenderam a usar linux.
Pois o kde ja se familiarisa com o padrão do windows.
Então se as pessoas que usam distro complicadas ou faceis passarem o que sabem para aqueles que não saben o que é linux. então ja podemos atrair usuários sem precisar necessáriamente do Ubuntu.
Pois desse modo, Temos que atissar as pessoas a aprenderem.
Então é como diz aquele provérbio.
Primeiro damos o peixe e depois ensinamos a pescar.

[11] Comentário enviado por achteutis em 09/06/2009 - 19:31h

Tem uma outra questão, a questão cada vez mais presente dos aplicativos. Hoje cada vez mais, você não usa um sistema pelo sistema, mas pelas ferramentas que ele propicia. E no linux as ferramentas estão cada vez mais aperfeiçoadas. Pra quem precisa dessas ferramentas - eu sou um deles - focar na customização do sistema é secundário, importa o bom uso, a estabilidade e a segurança, todos em alto nível (e não perfeitos, já que nenhum sistema é). Nada sei de programação, acho a ideia fantástica mas não tenho tempo, pelo menos agora. Uso linux (ubuntu) porque é fácil, rápido, estável, completo, me dá as ferramentas que preciso (seja de escritório, multimídia ou gráficos). E não é o máximo?

Em tempo: ainda aprendo a programar e a "tunar" meu sistema. Adoro o lado geek da vida.

[12] Comentário enviado por xpf em 09/06/2009 - 19:47h

Gostei do desabafo, eu sou fã da facilidade, uso o Ubuntu a mais ou menos dois anos e Linux desde o Conectiva e o que quero é ligar o notebook ler meus email, ler meu google reader (onde cheguei aquí) escutar minhas músicas, baixar uns torrents de Gundan e editar uns orçamentos para uso em meu trabalho para isso o Ubuntu me sai muito bem melhor que o Windows. Sinceramente, até para fazer um repetidor wireless outro dia foi só uma questão de alguns cliques no NetworkManager e já estava eu usando meu smartphone em wi-fi graças ao Ubuntu. Para mim quanto mais fácil melhor pois me sobra mais tempo para outras atividades que não sejam "escovar bits" :D .

[13] Comentário enviado por cruzeirense em 09/06/2009 - 20:14h

Minha opinião.

Enquanto perdemos tempo brigando entre sí o Windows só ganha terreno. É aquela máxima: "Dividir para conquistar..."

Abraços,

Renato

[14] Comentário enviado por pinduvoz em 10/06/2009 - 03:20h

Quem lê meus posts vê que eu não costumo falar em ruindows e que jamais falei mal de uma determinada distro, sendo que de todas as mencionadas no artigo a única que não testei foi o Gentoo.

E não testei o Gentoo não porque ele é difícil ou demorado para instalar, mas por acreditar no Morimoto, que há muito diz que compilar programas tem um efeito mínimo no desempenho deles (então, para que perder tempo?).

Ficar aqui metendo o pau no Windows, no Ubuntu ou em qualquer outra distro, na minha opinião -- que, pelo que eu li agora, coincide com a do xerxeslins --, é pura falta de maturidade. Por isso mesmo eu venho aqui não para fazer isso, mas para ajudar os outros na medida da minha capacidade, já que sempre fui ajudado quando precisei.

Parabéns, xerxeslins. Espero que o seu artigo ajude a comunidade do VOL a manter o foco no que interessa, ou seja, na difusão do conhecimento sobre o GNU/Linux e o SL em geral.

[15] Comentário enviado por m4gnet0 em 10/06/2009 - 07:22h

Parabéns, tudo isso que você falou é verdade e é justamente essa verdade que faz as pessoas se afastarem do linux devido a essa dificuldade.

O linux tem tantas vantagem se formos realmente comparar a outros sistemas operacionais que eu não entendo o porque que essas vantagens não são mostradas de forma mais clara ou fácil.

Parabéns mesmo.

Vou por um topico no meu blogger com o seu artigo e se vocês visitarem verá que estou tentando conseguir pessoas para debater um projeto onde o objetivo é facilitar o uso do linux.

http://chokmahtech.blogspot.com

Um grande abraço e espero que apareça mais gente interessada em levantar essa bandeira.

[16] Comentário enviado por messeder.bhz em 10/06/2009 - 07:50h

Prezados,
Acho salutar haver discusões sobre a diversidade de distribuições Linux.
Porém, estamos em um mundo movido, não só por ideais, mas pelo capital. Esse é o calcanhar de Aquiles da situação.

Falta ao Linux não só mais facilidade de uso mas também softwares que permitam, principalmente às micro empresas, a deslanchar sem ter que pagar absurdos por licenças de uso.

Creio que o mercado para o Linux está exatamente aí. O Windows é caro, dispendioso e dá problemas demais. A cada problema chama-se o técnico e lá vai grana para efetuar correções muitas vezes idiotas.

Ao Linux falta software capaz de gerenciar empresas, controlar estoques e faturamento, contas a pagar/ receber e principalmente ponto de vendas com cartao/ cheque/ dinheiro. Isso é USABILIDADE
.
Não adinata dsiponibilizar um software e deixar as dependências para trás. Pacote tem de ser PACOTE. Tem que vir completo. Sem essa de ter que buscar dependências aqui ou acolá. Instalou é só usar.

Empresas não tem tempo para ficar alisando software e polindo máquinas. É preciso cuidar dos produtos e das vendas. È preciso ganhar dinheiro para sustentar a família e gerar empregos para se sustentar outras famílias.

A empresa não pode parar.

Se o Linux não atende a essas nescesidades então é carta fora do baralho. Mas se a comunidade se esforça e produz softwares que facilitem as tarefas do dia a dia podemos dizer que "SEUS PROBLEMAS ACABARAM" e todos vão usar Linux em casa ou no trabalho, afinal ninguém quer ficar enfiando a mão no bolso toda hora para se ter um computador funcionando dentro da lei.

Usei Slackware por muito tempo e confesso que aprendi muito com ele, mas devido aos apertões que a MS vem fazendo migrei para o openSUSE devido a um software de gestão que não tem para linux que com wine tem rodado muito bem. Pronto, estou livre de ser multado e preso por uso de software pirata e a MS não poderá mais me processar por PIRATARIAl. Estou LEGALIZADO. Estou LIVRE.

O desabafo do xerxelins é DEZ.

"EU USO O QUE O PRODUTO FAZ POR MIM E NÃO O PRODUTO EM SÍ". Pensem nisso.
Abraços

[17] Comentário enviado por Teixeira em 10/06/2009 - 08:01h

Acho que quem pode comer mel, DEVE comer o mel. Outros acham que o que se deve comer é a abelha, e frita com alho.
Com isso quero dizer que gosto não se discute, e que todos nós gostamos de algum conforto, afinal de contas.

Quanto aos Windows, sou usuário daqueles S.Os. há muito anos e quanto mais os uso, mais amigo fico do "saudoso" DOS.
E embora a própria MS tenha reconhecido internamente que o Vista não é lá essas coisas (já está chegando o seu substituto), ainda há entusiastas ferrenhos que afirmam "de pés juntos" que ele é melhor nisso ou naquilo...

Pela minha experiência em Windows, acho que cada uma das versões anteriores poderia ter melhorado - e muito - mas seus desenvolvedores sempre deram ênfase a lançar novos produtos em lugar de consertar as falhas.

Com vistas a esse fenômeno em particular, e embora respeitando o produto como um todo, acho-me no direito de chamá-lo eventualmente de "rwindows" quando sentir vontade, embora não me lembre de tê-lo feito antes (pelo menos na maioria das vezes em que isso, a meu critério, seria necessário).

Rwindows não porque o sistema "não presta", mas porque tem-lhe faltado o devido respeito ao usuário final.
Quanto a esse meu ponto de vista, já tenho escrito bastante.

Voltemos ao Linux:
A grande realidade é que o "average user" quer, sim, encontrar alguma facilidade. E eu também.
Nos meus primeiros contatos com o Basic Linux tive MUITA dificuldade (agravada pela falta de conhecimento do assunto) e depois que desvendei o fio da meada, julguei que os usuários depois de mim não deveriam ser necessariamente obrigados a passar por tudo aquilo que passei, e nem ver a BL3 monocromática conforme o é originalmente.
Eu mesmo não queria ter de montar e desmontar o floppy drive, mudar de diretório, "et cetera", todas as vezes que desejasse ler o conteúdo de um disquete.
É MUITO mais fácil arranjar-se uma forma de fazer isso automaticamente. E decidi que no futuro não seria mais "da forma difícil".
Mexi, fiz adaptações e incorporações. Precisei de MUITA ajuda do pessoal aqui do VOL. O amigo Fabio Maran foi de importância fundamental. Porém funcionou.
Descobri que BL3 - diferentemente do Windows - roda vídeos do YouTube em MODO TEXTO, e em micros jurássicos.

Aí procurei deixar para os demais o "mapa da mina". E deixei registrados aqui os meus experimentos, e meus passos, seja na forma de artigos, ou na forma de dicas. Hoje, com o auxílio do Marcelo Campos, temos até mesmo um site voltado para aquela distro.

Dificuldades existem para serem vencidas, e não apenas para serem amargadas ou lamentadas.

No Windows também é assim:
Há dificuldades, e muitas, mas os usuários vão descobrindo seus próprios "twakings" e repassando para os demais as suas experiências bem sucedidas.
Quando a coisa não tem jeito mesmo, vão chorar em algum dos milhares de forums que cuidam de experiências fracassadas daquele SO. Mas ainda é Windows;
A coisa se torna "Rwindows" em cada um dos MUITOS momentos em que a Microsoft se omite em dar soluções para problemas do dia a dia, dando respostas mecânicas e evasivas e que desviam o usuário de uma efetiva solução (lendariamente conhecidas como "respostas microsofteanas").

Espero que não achem o meu comentário "imaturo".
Acho que ele está mais-que-amadurecido pelos muitos anos rodando Windows diariamente.
E não estou FALANDO MAL seja do Windows, seja da Microsoft. Apenas estou comentando o que há de ruim naquele produto e naquela empresa. A parte positiva, grande por sinal, fala por si.

O futuro do Linux talvez não seja tornar-se o primeiro lugar entre os sistemas operacionais, mas de consolidar-se como um sistema fácil e amigável. Ora, não há problema algum nisso: O modo console sempre estará no mesmo lugar (talvez mais difícil de ser acessado) para ser usado em caso de necessidade, ou mesmo à disposição de alguns Linuxistas que eventualmente preferirem comer a abelha frita.

[18] Comentário enviado por marcosalgeri em 10/06/2009 - 11:41h

Sempre existem prós e contras em tudo.
Usar Linux ou Windows, usar Slackware, Ubuntu, Gentoo, Mandriva... etc.. a escolha é livre..
Li seu artigo e interpretei como um desabafo... tem todo o direito.

Quem nunca teve que usar disquete pra instalar o windows e bem nos últimos deu pau? O começo do windows foi sofrido, onde um usuário leigo também não sabia lidar com instalação. Hoje isso acontece com o Linux... talvez porque todos estão acostumados com o Windows... ou também porque alguns não tem paciência ou talvez porque sejam simplesmente.. leigos para isso. Coisa mais normal que existe. É a mesma coisa um médico ter que trocar um bico injetor de um carro (claro que existem médicos que sabem fazer isso :-) ).

Vejo que o Linux tem um futuro grandioso pela frente, independente de sua distro.. pelo simples fato de ser aberto, onde todos podem contribuir... não simplesmente pagar 300 e pocos reais por uma licença e ficar semanas esperando a correção de um bug ou ter de ligar num 0800 porque não consegue resolver um problema.

Enfim, cada um faz o que quer...

[19] Comentário enviado por mateusc em 10/06/2009 - 11:49h

o mundo moderno é pratico. Temos ai alguns exemplos de mudanças como: Mint 7, Moblin.
no futuro o linux com certeza será assim, Facilidade Total!

[20] Comentário enviado por xerxeslins em 10/06/2009 - 12:01h

Teixeira, no seu caso é diferente... você fala "rwindows" por causa da sua grande experiência profissional e não por pura paixonite pelo Linux. Quem sou eu para te chamar de imaturo? =]

Assim como devem existir profissionais que acham o Windows uma maravilha e o Linux um lixo.

[21] Comentário enviado por thiagods.ti em 10/06/2009 - 14:28h

Eu acho que não podemos desrespeita nenhum sistema operacional, muito menos distribuições do Linux.

A Microsoft por exemplo, graças a ela, os pc's foram popularizados, antes microsoft quase ninguém tinha computador ou vai dizer que é mentira? Agora ficar discutindo que "minha distro é melhor que a sua pq ela é mais roots" não tem nada a vê.
Conheço um mestre do Linux e ele usa Ubuntu direto, pois acha mais rápido para instalar em máquinas virtuais (next next next e finish). Eu já uso o Slack porque EU acho ele mais simples e o gerenciador de pacotes dele não é primitivo =P, mas se for pra criar uma máquina virtual para testes eu crio um ubuntu.

E achei que no seu desabafo você insultou um pouco as outras distros, apesar de que eu sei que não era isso que você queria fazer.

[22] Comentário enviado por isaque_alves em 10/06/2009 - 16:16h

Ótimo artigo e ótima abordagem a um problema real, e que sinceramente, não deveria sequer existir.
Hoje sou usuário do Ubuntu, (desde a versão 6.06) mas antes de decidir por usar apenas ele, passei por outras distros, inclusive as respeitadíssimas Slackware e Gentoo...
Também uso outra distro muito boa no que diz respeito a desktop e servidores: o Fedora...
Então, só o que acredito é que deveríamos usar as armas que temos para vencer o inimigo do código fechado. Só isso, afinal de contas não foi esse o motivo de ter nascido o GNU/Linux? O ubuntu no fim das contas, apesar dos argumentos em contrário, é a melhor opção em termos de distribuição para uso em desktops na atualidade. A versão para servidores também não fica atrás...
E se for discutir a questão de suporte... olha o launchpad, os foruns... e a propria canonical... :D

[23] Comentário enviado por stremer em 10/06/2009 - 16:52h

olha.... minha opnião é a seguinte:
as pessoas discutem distro... slackware, gentoo, debian, ubuntu, mandriva, etc etc etc...
enquanto deveriam discutir ambientes e aplicativos, como kde, gnome, fluxbox, firefox, open office, etc
hj sou usuário de ubuntu, debian, suse, open suse, fedora, slackware, dsl, slitaz, dentre outras...
cada uma é melhor para uma finalidade...
e pro desktop eu confesso que usei slackware um bom tempo (quase 10 anos, começando no slack 3.6) em que os repositórios do debian eram uma carroça na antiga internet discada (realidade para muitos ainda), que o rpm do antigo red hat (e conectiva) cansava de dar conflito e detonar com o sistema por incompatibilidade de versões... e que não existia ubuntu!

No quesito desktop ao meu ver 2 coisas são importantes... repositórios de qualidade e qualidade/quantidade de pacotes prontos, de versões recentes...
Agora qdo se fala de servidor, embarcado, maquinas antigas, etc etc etc a coisa muda...

mas volto a falar... as pessoas não deveriam discutir distribuição e sim aplicativos!

[24] Comentário enviado por annakamilla em 10/06/2009 - 23:31h

concordo com streamer.

e tambem que concordo que o ubuntu não emburrece os usuários, principalmente quando nos deparamos de frente com algum bug dele ( nesses ultimos tempos há muito bug com relação a placas de video intel).

[25] Comentário enviado por Slacker em 11/06/2009 - 00:24h

Let me guess...you must be...Xerxes :p

Parabéns pelo post Wood. Eu concordo e para os xiitas de plantão, o lance é o seguinte: O usuário final não quer saber de configurar sistema, o usuário final quer ligar o computador e vê-lo funcionando, todos os dias da sua vida. Quer a paciência ali no seu desktop, quer clicar no ícone do navegador e navegar, usuário final não quer saber de apt-pra lá, apt-cá, ele quer que o sistema facilite a vida dele e pronto. Usuário final não sabe o que é um OS e não sabe a diferença entre um Windows 98 e um ME quanto mais entre windows e linux. Eu sou a favor dos sistemas Next>Next>Finish porque ninguém é obrigado a se tornar System Admin da noite para o dia. Eu uso slack, mas testo frequentemente várias distros e sempre acabo voltando ao slack, porque pra mim, vejam PRA MIM, é um sistema confortável e confesso que tenho preguiça de ter que aprender a lidar com outro sistema e windows pra mim é video game. Mais uma vez, parabéns Wood. E o lance é ter bom senso.

[26] Comentário enviado por xerxeslins em 11/06/2009 - 00:31h

Valeu Avatar!

=D

[27] Comentário enviado por ch4c4r em 11/06/2009 - 09:56h

Muito boa matéria, segue minha humilde opinião sobre ela:

"O que seria do verde se todos gostassem do amarelo?"

[28] Comentário enviado por Teixeira em 11/06/2009 - 10:53h

Apenas complementando:

A popularização dos computadores pessoais deve-se à coincidência e sucessão dos seguintes fatores:

1- O desenvolvimento do processador Z-80 pela empresa Zilog, a um custo baixíssimo (para a época) e de dimensões razoavelmente pequenas, permitindo assim a elaboração de muitos projetos em seu entorno.
Esse processador tinha um bom número de instruções, e era bastante estável e preciso.

2- A empresa Micro-Soft (ainda tinha hífen nessa época) era desenvolvedora de dialetos Basic, e desenvolveu um específico para os Z-?*), dialeto esse conhecido por nós mortais apenas como "ROM BASIC".

3- A Intel lançou o processador 8088, 100% compatível com o Z-80 (e que ainda era um processador "de 8 bits"). Em seguida, lançou o 8086 que tinha como diferencial a sua capacidade de leitura de dois blocos de memória simultaneamente (8+8=16), propiciando o surgimento do IBM-PC.
Os PCs compatíveis com esse padrão logo tomaram conta do meercado e dos lares.

4- Outras empresas passaram a clonar o tal 8086. E de tal forma que o tal ROM BASIC, agora suprimido, era acusado através de uma mensagem da BIOS: "NO ROM BASIC. SYSTEM HALTED".

5- Anteriormente NÃO havia sistemas operacionais, e com o advento dos periféricos de armazenamento (floppy discs, Hds) foi necessário desenvolver um software que pudesse controlá-los.
O principal desses Disc Operation Systems era o CP/M (multiplataforma) desenvolvido pelo Gary Killdall que fundou a Digital Reseach.
Com o surgimento do 8086 houve necessidade de adaptação desse DOS para manipular 16 bits por vez, e surgiu o CP/M86 .

6- A IBM desejou lançar o seu próprio sistema operacional de disco, e naturalmente procurou a empresa lider, a Digital Research.
Conta-se que Gary Killdall não pôde ser localizado por estar-se dedicando a seu lazer pessoal. E a IBM não conseguiu ter paciência, recorrendo portanto à Micro-Soft. Surgiu aí o PC-DOS da IBM.

7- A Microsoft, já sem o hífen, e por necessidades de divorciar-se da parceira com a IBM, lançou o MS-DOS. Isso foi extremamente fácil para ela, pois sua experiência nesse campo já era muito vasta.

8- Posteriormente a isso, a Digitar Research lançou o DR-DOS ("D' e "R" de "Digital Research", embora aqui no Brasil as pessoas o chamassem de "doutor DOS").
O DR-DOS tinha a seu favor toda a experiência adquirida pelo desenvolvimento de dois sistemas perfeitos e consecutivos e não tinha a limitação de 512kb como o PC-DOs e o MS-DOS, podendo ler até 4MB diretamente.
Mas já era tarde. Além do que, a MS usou de um truque um tanto "sujo": Quando o Windows 3.x detectava que o S.O. era o DR-DOS, mostrava uma janela misteriosa apontando um pseudo "ERRO", que evidentemente incomodava o usuário. Era apenas uma janela, e não havia erro algum. Mas isso fez com que muitos desistissem de usar o sistema da Digital Research, que foi à falência.
Isso prova que não basta ter um produto perfeito, correto e abrangente: As ações maliciosas da concorrência podem por todo o seu esforço a perder e levá-lo ao fracasso.

Além do que, cabe aqui outro comentário: O primeiro PC-DOS e o consequente MS-DOS, no seu todo, eram "carbon paper compatibles" com a porção mais interessante do CP/M86. Ou seja, eram uma cópia descarada e deslavada, sendo que o Department of Justice (DOJ) andou anos e anos tentando pegar a MS pelo pé, embora ela fosse bastante escoregadia.

Significa tudo isso que as pessoas foram primariamente FORÇADAS a "escolher" os produtos MS porque supostamente os outros "não
eram seguros", "davam problemas", etc.

Depois foram INDUZIDAS a continuar "escolhendo" os produtos subsequentes, por simples falta de opções.

É isso: A vida continua. Alguns métodos também.


[29] Comentário enviado por xerxeslins em 11/06/2009 - 12:56h

Realmente. Por isso que as pessoas que tiveram o primeiro contato com o PC, quase todos, só conheciam o Windows... Daí quando o Linux começou a ganhar uma faminha a mais, para dektop, as pessoas estranharam.

[30] Comentário enviado por albfneto em 11/06/2009 - 13:54h

é isso, XerxesLins, mais um artigo seu legal!
é isso, Linux, para ser bom, não precisa ser acessível só aos Nerds...
O windows pegou muito, pq é um padrão internacional... Um dia, a muito tempo, todos os comps. eram para os Nerds, eram só com DOS....
Queiram os antigos Linuxers ou não queiram, os tempos da Tela Preta e da dificuldade intransponível acabaram também para Linux...
Os chamados Xiítas também tem diminuido... Vela, a uns 4 anos, KDE era só pra Noob!
Ora, o próprio Linus Torvalds, disse que usa KDE... Dificuldade grande? Ora, hoje, que vai ver vídeos , navegar, teclar sem interface gráfica?
Quem hoje, no mundo todo, usaria navegador de linha de comando? Com Compiz bonito, com Kwin, com Plasma, quem vai usar tela preta? Nem o Nerd, nem o Hacker!
Até Linus Torvalds tem menos trabalho hoje!
O Gentoo é complicado, sim, mas eu gosto muito. O Gentoo tem seus cultores, mas também tem inimigos!
Mesmo alguns Gentoístas puros, no mundo todo, dizem que se o Gentoo não criar um instalador gráfico que realmente funcione, o futuro do Gentoo é acabar... Pq os Gentoistas diminuem ano a ano, só usa Gentoo hoje quem gosta dele....

[31] Comentário enviado por xerxeslins em 11/06/2009 - 14:39h

albfneto,

seria uma grande perda se o Gentoo acabasse, pois ele fornece uma experiência única para usuários de Linux... seus usuários são verdadeiros fãs! Isso mostra que no que ele se propõe, embora não agrade a maioria, foi bem sucedido. O grau de satisfação dos usuários de Gentoo é muito grande.

[32] Comentário enviado por thiagods.ti em 12/06/2009 - 09:10h

Bom, a Microsoft teve todos suas artimanhas para chegar aonde chegou, mas foi ela que trouxe ao usuário a primeira tela visual (por mais que isto tenha sido roubado e blablabla), e desde então todos se acostumaram a usar a "sua" interface gráfica e o seu processo de instalação era mais simples que os de outros sistemas operacionais, por isso se popularizou tanto.
Lembro que eu era menor e meu pai tinha uma caixa do Linux Conectiva, lembro que ele nunca conseguiu instalar aquilo :P por falta de informações que se podiam encontrar na internet aquela época, porém ele era técnico e por isso chegou a "tentar" usar Linux nesses tempos, agora alguns anos atrás o número de pessoas leigas no assunto informática era muito maior, por isso ninguém tentava utilizar outro Sistema Operacional.

[33] Comentário enviado por XimenesWambach em 12/06/2009 - 11:12h

Parabéns pelo post.
Para o usuario que migra do windows para o linux, Possivelmente pela forma de pensar "não quero mais piratear ", deve iniciar com ditros consideradas simples como Ubuntu que é uma excelente distro, ou Big linux , entre outras distros simples, bem amigável e fácil de usar.
Uso Big linux no meu desktop do trabalho, e gosto muito da distro, sem nenhum problemas
Já no meu PC pessoal estou com o Fedora 11 é muito boa também.
Acho que o usuário final escolhe aquela que ele achar mais "bonitinha", mas "fácil" entre outras coisas...
Já usei o FreeBSD, Slakware, Solaris apesar de suas "complicações de instalar e configurar", não vejo muita dificuldade em usá-las.
O importante mesmo é ser Livre e usar Linux, seja qualquer que seja a distro

[34] Comentário enviado por Ricardo Camara em 12/06/2009 - 14:47h

Acho que o principal problema do Linux é a falta de literatura atualizada para o usuário comum. Sou usuário do Linux desde 2006 devido ao Blanes 2006 que veio instalado em meu laptop e pouco usei, fucei um Suse 10 e depois migrei para o Ubuntu 6.06 e nele estou desde então, sempre fazendo atualizações semestrais, portanto hoje uso a 9.04. Se você for procurar literatura atualizada, não encontra nada com menos de 1 ano de defasagem. Acho que em parte é culpa da falta de união entre as distribuições, essa coisa de sempre estar pegando uma distribuição existente tentando customizar do seu (este "seu" pode ser pessoa, equipe, empresa, o que for) jeito, gerando uma nova distribuição. À vezes não sei se uma tentativa de contribuição ou se é uma questão de ego. O Kurumin embora seguisse este caminho pelo menos tinha esta vantagem. Apesar de ser uma derivação do Knopix, ao lançar uma nova versão já existia um livro completo dela. Se você for procurar algo hoje sobre o Ubuntu, o mais recente que encontrará talvez seja o 8.04.
Outro problema que aos poucos o Linux vem melhorando é a questão de instalação de programas adicionais. Não é qualquer um por exemplo que instala o programa do imposto de renda. A Caixa Econômica, embora o governo federal queira estimular o uso de softwares livres só disponibiliza em versão Windows os programas SEFIP e Conectividade Social (o segundo é complementar ao primeiro), indispensáveis para qualquer empresa, pois eles em conjunto são a única opção para se concretizar os pagamentos do INSS e FGTS dos empregados.

[35] Comentário enviado por h3!pd3sK em 12/06/2009 - 21:56h

Sou usuário de Linux há 8 anos, comecei com RedHat 9 depois kurumin e porai vai até chegar no ubuntu 5.04, que no inicio não era maravilha que é hoje, mas é distro que, mais se deu bem, aos meus hardwares até agora, é por esse motivo que a uso, por sua facilidade de instalação, e sem domara.....assim que termina já tem tudo que preciso. Muito bom o artigo, é com esse espirito que usuários de linux tem ter ajundado os outros usuários iniciantes. Não importando qual distro for usar.

[36] Comentário enviado por Teixeira em 14/06/2009 - 08:35h

A bem da verdade, a primeira tela com um tratamento gráfico do jeito que conhecemos hoje (inclusive as janelas) foi implementado pela primeira vez nos micros Lisa, da Apple Computer; O Lisa foi continuado pelo MacIntosh (também da Apple) e a metáfora das janelas prosseguiu fazendo sucesso.
Os colegas mais antigos deverão lembrar-se disso.
Inesperadamente veio a Microsoft e lançou o seu produto incrivelmente igual, e ainda conseguiu a façanha de registrar como marca industrial o nome "janelas" (windows), abrindo com isso um incrível precedente, o do registro de nomes comuns do dia a dia como propriedade industrial.
Pessoalmente, acho que quem concedeu tal registro é - em primeiro lugar - altamente incompetente.
Experimentem registrar um nome comum qualquer como marca industrial, seja isso no Brasil, seja na Europa ou na América do Norte, e verão que a coisa não é tão fácil como o foi para a Microsoft.
E observem que o registro não é para "Microsoft Windows" mas para "Windows" simplesmente.
"Mistéeeerio!..."

[37] Comentário enviado por igormp em 14/06/2009 - 11:52h

Cara você esta mesmo de parabéns, amo linux, uso o slackware porque gosto, e respeito todas as distros. mais o que eu vejo hoje na propria comunidade linux é uma divisão muito grande, eu sou slackware, eu sou debian, isso não importa nada, linux é linux o respeito pelo usuario é tudo não temos que levantar bandeira de distro, temos que nos unir para que a cada dia essa comunidade maravilhosa cresça, lembrando que quanto mais usuarios o linux guanhar, melhor vai ser para a comunidade mesmo, um abraço!!!!

[38] Comentário enviado por alahara em 14/06/2009 - 13:39h

Parabens! Tomara que muitos sigam sua autocrítica e parem de se referir ao Windows como Rwindows, Window$ e outras idiotices. Parece que os usuários de Linux mais radicais parecem os antigos comunistas. Por Deus, quanta insanidade.

Este artigo me trouxe grande alento já que, ainda ontem, ao dar um PC antigo para minha sobrinha, a "condição" foi que o micro fosse usado com Linux e, no meu caso usei o UBUNTU juntamente com o EDUBUNTU. Em seguida propus que, daqui ha alguns meses vou instalar uma versão do windows, pois assim como na vida profissional e até mesmo pessoal é bom sabermos falar mais de um idioma, também é bom saber trabalhar com Sistemas Operacionais Diferentes e, na minha opinião, Windows e Linux é fundamental para qualquer pessoa.

Gostei de seus elogios ao Ubuntu, pena que não houve a menção honrosa ao Kurumim que, embora possa parecer contraditório, eu nunca usei, mas sei que ele (o kurumim) teve a fama de ser de fácil uso, mas, infelizmente não é lembrado pois não teve todo o dinheiro para promovê-lo como o Ubuntu tem com a Cannonical.

No mais, ótimo artigo, tomara que este seu pensamento começe a se multiplicar.

[39] Comentário enviado por Sp4wN em 15/06/2009 - 01:55h

Bom primeiramente queria deixar meus parabéns pela iniciativa ! mesmo sendo um "desabafo" foi interessante...

A pouco tempo atraz eu pensava exatamente desta maneira achava que linux tinha que ser difícil que tinha que forcar a pessoa que queria de fato utiliza - lo ser mais curioso e realmente gostar do que faz, em partes eu ainda penso desta forma porque e impossível ser alguém de respeito e se manter no mercado de trabalho sendo preguiçoso e acomodado, mas em contra partida não podemos nos dar o luxo de ficarmos amarrados a sistemas muito complexos e que podem vir a nos atrapalhar no dia - a - dia, mesmo que seja para executar simples tarefas como ler os emails, usar o msn, ou ver um vídeo na internet, por este motivo adotei o Ubuntu em meu computador a um tempo, venho utilizando ele e não sinto falta alguma do Windows pois hoje consigo fazer nele tudo o que fazia no outro sistema operacional, mas não abro mão de utilizar o Debian que e a distro que eu gosto e uso para meu aprendizado, hoje tenho ele em uma maquina virtual onde eu faço testes, dos mais variados tipos, ou seja tenho a facilidade e praticidade do Ubuntu no meu dia - a - dia e tenho a possibilidade de em minhas raras horas de folga ou descanso utilizar o Debian e continuar aprendendo como sempre fiz.


;-)

[40] Comentário enviado por luizvieira em 16/06/2009 - 10:32h

Parabéns pelo ótimo artigo!
Uso Ubuntu em meu PC e gosto muito dele, mais pela praticidade mesmo (além de gostar muito do gnome). No entanto, não é por usar o Ubuntu que posso ser classificado como iniciante. Até prq, tenho várias VM's com distros diversas: Debian, Fedora, Slackware, Samurai, OpenSuSE e algumas outras, para testes.
Além disso, ainda sou "heavy user" do Backtrack, distribuição que gosto muito de trabalhar quando faço auditorias e teste de invasão; além dessa, ainda uso uma outra distro, criada pelo FBI, baseada no Slax, para perícia forense. E só por usar Ubuntu (inclusive o Ubuntu está como minha distro primária aqui no VOL ) as pessoas me classificarão como iniciante? Bem, acho que pelos meus artigos publicados aki no VOL dá pra ver que esse rótulo não se encaixa.
A escolha de uma distro é algo pessoal e rotular alguém por isso é errado, limitado e fora de contexto...

Parabéns mais uma vez Xerxes!
[ ]'s
Luiz

[41] Comentário enviado por removido em 28/11/2009 - 12:40h

Cara, um dos melhores artigos que eu li.. senão o melhor.
PARABÉNS! :D

P.S:Deveria ter algum comando aqui no VOL, para repodruzi um som "de palmas" por que esse artigo merece.

[42] Comentário enviado por levi linux em 20/05/2011 - 19:12h

Embora o artigo já tenha algum tempo aqui no VOl, só o encontrei hoje.
É verdade concordo plenamente com uma leitura atenta aos manuais e tutoriais de distros como Arch, Slackware e Gentoo a instalação das mesmas é tranquila.
As pessoas ficam com a falsa impressão de que distros como o Slackware e Arch são dificéis porque perderam, em sua maioria, o hábito de ler manuais, visto que a informática atualmente presa pelos software "intuitivos", por isso as distros acima parecem antiquadas.
E de qualquer forma é aquela história o cidadão que decidiu instalar Arch ou Slackware por exemplo, não pode reclamar de ter que perder algumas horas com pesquisa e muita leitura.
Mas a facilidade é sim importante, embora número de usuários não diga muito.
Parabéns

[43] Comentário enviado por LeonardoCampos em 28/05/2018 - 17:51h

Amigo, já foi desse tipo. Chamava o Windows de Ruindows e achava o Linux uma maravilha. Até trabalhar na área de TI e precisar apresentar resultados rápidos para usuários pouco familiarizados ou pouco pacientes.
Então percebi 2 coisas:
1 - Windows (quando a interface com o usuário é necessária) ainda dá de 10 a zero no Linux.
Olha que o Mac e o Chrome OS, por razões diferentes, ainda tomam a frente das distribuições linux mais comuns. Mesmo que o Chrome OS ainda esteja usando fraldas.
2 - A Ideologia envolvida no mundo Linux.
Muita gente não percebe, mas existe uma ideologia no mundo linux (No GNU também), e muitas vezes é ela que atrapalha o seu desenvolvimento.
Por ser de distribuição aberta e aparentemente gratis, as distos Linux atraem a galeria anticapitalista que quer derrubar o sistema. kkkkk
Não é brincadeira.
A ideologia socialista impera dentro da cabeça de muitos dos usuários roots (desculpe o trocadilho).
Averdade é que muitos ideólogos tentam capitanea o linux como uma resistencia a Windows, onde o Linux simboliza o socialismo na lutra contra a opressão do capitalismo, simbolizado pelo Windows.
Acho até que foi realmente nesta ideia que foram criados o Linux e o GNU, mas, sinceramente... Não se pode manter algo com este tipo de ideia no mercado e se tornar realmente popular.
Por isso o Linux foi e ainda é de Nicho, quando se trata de Desktops.
Já as verções servers cagaram para estas bobagens e são usados largamente em servidores mundo à fora.


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