Devido a sua simplicidade e ao mesmo tempo flexibilidade, existem diversas forma de cálculos:
Simples: na sua forma mais simples, o ROI é calculado através da divisão dos seus benefícios pelo custo do investimento. É expressado em porcentagem. Ou seja:
{(Benefícios Esperados - Custos do Investimentos)} over {Custos do Investimentos} <-- fórmula open office
Lucratividade vs. Giro do ativo:
Esta forma representa a relação entre a lucratividade e o giro do ativo. Retorna valor percentual.
{{Lucro Líquido} over {Vendas}} times {{Vendas} over {Total de Ativos}} <-- fórmula open office
Retorno do ativo total empregado:
Representa o retorno que o Ativo Total empregado oferece. Utilizado geralmente para determinar o retorno que uma empresa dá. Retorna valor percentual.
{Lucro Líquido} over {Total de Ativos} <-- fórmula open office
Retorno específico de determinado investimento:
Representa o retorno que determinado investimento oferece. Geralmente utilizado para determinar o retorno de investimentos isolados. Retorna o valor percentual desse investimento. Invertendo-se a relação (ROI=Investimento÷Lucro Líquido), obtém-se o tempo necessário para se reaver o capital investido.
{Lucro Líquido} over {Investimento} <-- fórmula open office
Quanto custa:
O custo realmente é variável. Segundo a Price Waterhouse Coopers, de 1% a 3% do custo do projeto de TI é consumido no estudo e montagem do ROI. Normalmente são empregados 3 meses nestes estudos.
Entretanto, de acordo com outra pesquisa da ISS, empresa de serviços de segurança adquirida pela IBM, são investidos cerca de 8% da verba do projeto em ROI. Ainda no setor financeiro, devido suas características intrínsecas, o percentual é mais elevado, sendo em torno de 10%.
"Já tivemos pico de 15% do orçamento aplicado em segurança, com foco num grande plano de continuidade de negócios", diz José Waldir de Carvalho, gerente de segurança de TI da Nossa Caixa, o terceiro maior banco público brasileiro.
Riscos:
No tocante ao ROI, quanto maior for o prazo de retorno de uma aplicação, maior será o risco aliado a esse projeto. Basicamente são dois tipos de riscos:
- Tecnológicos: Simplificadamente, é o risco inerente a evolução tecnológica tornar obsoleta a solução existente. Neste contexto, por exemplo, soluções baseadas em arquiteturas clientes-servidor perderam espaço para soluções baseadas na internet. Organizações que optaram por projetos com prazo de retorno mais curto provavelmente puderam aproveitar melhor os benefícios do projeto antes de descartá-lo.
- Financeiros: Risco a fatores tecnológicos que podem influenciar o projeto: mudança dos gestores, vendas, fusões e aquisições, entre outros.
Conclusão
Vale lembrar aqui que o ROI por si só, como qualquer indicador, não pode ser considerado de forma isolada, mas sim relativo ao seu ambiente para que ele possa ser válido como ferramenta.
Outro ponto a ser reforçado é a questão da sua aplicabilidade: o esforço para mensurar o ROI nem sempre é trivial e muitas vezes consome em demasia recursos e mesmo assim a sua acuracidade nem sempre é satisfatória. Deve-se atentar à sua utilização, optando por projetos mais simples e principalmente com um tempo de retorno mais curto, evitando uma grande parcela do risco do projeto (em especial de o projeto não dar o retorno esperado). Sabe-se que o motor dessas mudanças e consequentemente os riscos são a tecnologia e a fatores externos (normalmente financeiros).
O alcance e a utilização de uma aplicação tem um grande impacto no ROI, pois maximizam as chances do retorno assim como minimizam os riscos inerentes.
No que tange a estimativa da proporção dos benefícios indiretos sobre alguma implementação proposta, deve-se considerar três fatores-chave: o tipo de tecnologia em questão, a forma sob a qual se pretende implementar esta tecnologia e o seu ambiente atual da tecnologia da informação.
Concluindo, ROI é uma ferramenta muito útil que leva em conta aspectos tangíveis e intangíveis e através de uma mensuração financeira (embora nem sempre essa mensuração seja suficiente precisa) ajuda CIO's e CFO's a tomar uma decisão consistente na implementação de um projeto de TI.
Referências bibliográficas
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