SELinux - Security Enhanced Linux

A estrutura SELinux (Security Enhanced Linux) é uma camada de segurança extra para servidores que limita as ações dos usuários e programas pela imposição de políticas de segurança por todo o sistema operacional. As restrições impostas por suas políticas fornecem segurança extra contra acesso não autorizado.

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Por: Luiz Vieira em 07/05/2009 | Blog: http://hackproofing.blogspot.com/


Conceitos iniciais



O SELinux ("Security-Enhanced Linux") foi desenvolvido pela agência nacional de segurança dos EUA, a NSA (National Security Agency), e toma como base o princípio do mínimo privilégio ao extremo, restringindo até o usuário root.

SELinux foi implementado usando uma flexível e refinada arquitetura MAC ("Mandatory Access Control"). Desta forma ele provê uma política de segurança sobre todos os processos e objetos do sistema. Suas decisões são baseadas em labels, e contém uma variedade de informações relevantes à segurança. A lógica da política de tomada de decisões é encapsulada dentro de um simples componente conhecido como servidor de segurança ("security server") com uma interface geral de segurança.

Ele foi integrado ao kernel do Linux usando o "framework" LSM ("Linux Security Modules").

Inicialmente sua implementação utilizou os identificadores (IDs ou PSIDs) armazenados nos inodes livres do sistema de arquivos ext2. Tal representação numérica era mapeada pelo SELinux como um label do contexto de segurança. Porém, isso necessitaria de uma modificação em cada sistema de arquivo para suportar os PSIDs, o que não é uma solução escalável.

Assim, a próxima etapa da evolução do SELinux foi um módulo carregável no Kernel 2.4 que armazenava os PSIDs em um arquivo normal fazendo com que suportasse mais sistemas de arquivos.

Entretanto essa solução não possibilitava a ideal performance do sistema.

Então o código do SELinux finalmente foi integrado ao kernel 2.6.x com total suporte por LSM e contendo atributos (xattrs) no sistema de arquivos ext3. E o SELinux foi alterado para usar xattrs como forma de armazenamento da informação do contexto de segurança.

Atualmente vem sendo realizado um extenso trabalho com o objetivo de deixar o kernel pronto para o SELinux bem como seu subsequente desenvolvimento em esforços conjuntos da NSA, Red Hat, IBM e a comunidade de desenvolvedores do SELinux.

Vantagens na utilização

O MAC mostra-se bem superior ao tradicional DAC ("Discretionary Access Control"), pois este possui diversas limitações.

Caso utilize somente o DAC, o dono de um arquivo/objeto provê um potencial risco de corrompê-lo. Um usuário pode expôr arquivos ou diretórios à brechas de segurança utilizando incorretamente o comando chmod e uma não esperada propagação dos direitos de acesso. Um processo inicializado pelo usuário como um script CGI pode fazer tudo que quiser com quaisquer arquivos possuídos por este usuário. Por exemplo um Servidor HTTP pode realizar qualquer operação sobre arquivos que estão no grupo web ou softwares maliciosos podem conquistar nível root de acesso rodando como processo de root ou utilizando setuid ou setgid.

O DAC prevê apenas duas grandes categorias de usuários: administradores e não-administradores. Para alguns serviços e programas rodarem com nível elevado de privilégio as escolhas são poucas e tipicamente resolvidas dando completo acesso de administrador.

O MAC permite que sejam definidas permissões de como os processos irão interagir com outras partes do sistema como arquivos, devices, sockets, portas e outros processos (todos chamados de objetos para o SELinux).

Isso é feito através de uma política de segurança definida administrativamente sobre todos os processos e objetos. Estes processos e objetos são controlados pelo kernel e a decisão de segurança é tomada com todas as informações disponíveis ao invés de utilizar somente a identidade do usuário. Com este modelo os processos podem garantir apenas permissões necessárias pela funcionalidade seguindo um princípio de poucos privilégios.

Sobre MAC, por exemplo, usuários que expõem seus dados utilizando chmod estão protegidos pelo fato de seus dados têm um tipo único associado com seu diretório "home" e outros processos não podem tocar nestes dados sem devida permissão dentro da política.

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Páginas do artigo
   1. Conceitos iniciais
   2. Pré-requisitos
   3. Instalando o SELinux
   4. Contas de usuários
   5. Regras
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Comentários
[1] Comentário enviado por rl27 em 27/08/2009 - 16:35h

Parabéns Luiz!
Seu artigo ficou bem legal. Foi mais direto ao ponto.
Agora dá pra começar a estudar SELinux. :)
Na verdade comecei esses dias estudar o GNU/Linux com mais seriedade.
Redes e segurança da informação me interessam muito. Já tinha lido algumas coisas sobre SELinux. mas seu artigo deu uma clareada legal.
Valeu!
Abraço

[2] Comentário enviado por ferrarini em 07/10/2012 - 13:12h

parabéns


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