Na Infosec World Conference, realizada recentemente em Orlando, inúmeros gerentes de segurança manifestaram suas opiniões sobre a terceirização de segurança.
"Costumávamos gastar muitos milhões de dólares por ano para monitorar nossos firewalls", diz Anish Bhimani, vice-presidente de gerenciamento de risco de TI do JPMorgan Chase, que está deixando de terceirizar funções de segurança. "O que isso me proporciona?".
Monitoramento de firewalls, avaliação de vulnerabilidades e outras funções voltaram a ser executadas internamente com ferramentas compradas, o que parece ser uma solução menos dispendiosa do que a terceirização.
Terceirizar a segurança não é uma prática generalizada na Boeing Commercial Airplanes, onde predomina o desejo de verificar as coisas diretamente. "Você tem que levar em conta a cultura", ressalta Derek Schatz, arquiteto-chefe de segurança.
Mark Grimmelikhuijsen, gerente sênior de segurança de TI da Campbell Soup Company, reconhece que, de um modo geral, hesitaria em terceirizar a segurança.
"Você pode acabar na situação de vigiar o vigia", aponta Grimmelikhuijsen. Ele acredita que a terceirização da segurança introduz novas incertezas. Em caso de conflito, por exemplo, de quem é a responsabilidade?
Terceirizar por motivo de eficiência faz sentido para Kevin McCaffery, gerente sênior de segurança e TI da Avaya, que acrescenta: "Você pode terceirizar as funções, mas não pode terceirizar a vigilância".
A supervisão está no cerne de qualquer acordo de outsourcing, incluindo a segurança. O contrato de terceirização subjacente deve garantir que você está autorizado a auditar o fornecedor, salienta Kathy Kirk, diretora de segurança da informação da Prudential Financial.
O fornecedor de outsourcing deve demonstrar capacidade de cumprir metas de conformidade regulatória. Se sua própria organização tem que satisfazer requisitos como o padrão de segurança de dados Payment Card Industry, o mesmo fará o fornecedor de serviços terceirizados. Você precisa ter algum meio de monitorar as atividades que o fornecedor está exercendo em seu lugar.
Ainda assim, algumas empresas dizem que não cogitaram terceirizar a segurança porque seu pessoal interno parece ser capaz de gerenciá-la suficientemente bem por conta própria.
"Terceirizamos grande parte da nossa empresa, mas se tem uma coisa que não precisamos terceirizar é a segurança", sustenta Greg May, chief technology officer da Paradigm Investment, que possui e opera mais de 90 restaurantes Hardee's no sul dos Estados Unidos.
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Matéria retirada de Derwood.eti.br
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