Virtualização não é um conceito novo, ela tem sido usada há décadas para os mais variados graus de complexidade de segurança e processamento distribuído (HAGEN, WILLIAM, 2008). Um dos usos de sistemas baseados em máquinas virtuais é a "virtualização dos terminais".
Em vez da utilização de vários equipamentos com seus respectivos sistemas operacionais, utiliza-se somente um computador com máquinas virtuais abrigando os vários serviços e aplicações.
Benefícios da utilização de máquinas virtuais
Muitos dos benefícios das máquinas virtuais utilizados nos mainframes também são consideráveis aos computadores pessoais.
Várias são as vantagens de seu uso:
- Aperfeiçoamento de sistemas operacionais, usando a máquina virtual pode fazer testes sem afetar o sistema hospedeiro;
- Auxílio no ensino prático de sistemas operacionais e programação ao permitir a execução de vários sistemas no mesmo equipamento;
- Executar vários sistemas operacionais diferentes sobre o mesmo hardware;
- Simular configurações e diversas situações do mundo real, a fim de aperfeiçoar sistemas ou hardwares;
- Garantir portabilidade das aplicações;
- Desenvolvimento de novas aplicações para arquiteturas diferentes;
- Diminuição de custo com hardware, utilizando a consolidação de servidores;
- Gerenciamento de fácil acesso;
- Possibilidade de prover um serviço específico a um determinado cliente, como itens de segurança ou configurações extras sem afetar outros sistemas virtualizados ou sistema hospedeiro.
Dificuldades de implementação da virtualização
Apesar de todos os benefícios citados, a virtualização tem pontos que a deixam inviável para implementação de acordo com o caso.
Alguns itens que dificultam a implementação:
- Processador não virtualizado: A arquitetura dos processadores Intel 32 não permite a virtualização. Segundo "Formal Requirements for Virtulizable Third Geration Architectures", uma arquitetura pode suportar máquinas virtuais somente se todas as instruções aptas a inspecionar ou modificar o estado privilégio da máquina forem executadas em modo mais privilegiado e puderem ser intersectadas (LAUREANO, MARCOS, 2008);
- Arquitetura aberta: Como existe uma vasta quantidade de equipamentos (devido à arquitetura aberta do PC), o monitor de tarefas teria de controlar todos esses dispositivos, o que requer um grande esforço de programação;
- Preexistência de software: Em mainframes, que são configurados por administradores, os desktops normalmente já vem com um sistema operacional ativo, que é justamente para o usuário final. Em um ambiente como esse, é de suma importância permitir que o usuário possa utilizar a tecnologia das máquinas virtuais, mas sem perder a estabilidade e facilidade de seu sistema padrão;
- Maior necessidade de gerenciamento: à medida que cresce o número de sistemas virtualizados, o nível de gerenciamento aumenta com o mesmo rigor que qualquer sistema. Os administradores precisam dedicar mais tempo e esforços para gerenciar configurações, patches, níveis de software e segurança. Além de um monitoramento mais rigoroso em relação a desempenho, utilização de recursos. Com isso o custo de gerenciamento de ambientes aumenta significativamente;
- Segurança e exposição a riscos: sem um controle adequado, os sistemas virtuais podem se tornar rapidamente portas alternativas não autorizadas para todo o ambiente corporativo de T.I. Como exemplo pode-se citar os hackers, que poderão acessar o ambiente facilmente se não for efetuada uma segurança de maior eficiência.
A grande desvantagem é o custo adicional de execução dos processos em comparação a máquinas reais e upgrade de equipamentos (LAUREANO,MARCOS, 2008).
Além de considerar as exigências especiais de hardware para SOs e aplicativos guest, o administrador de sistemas deverá se certificar que o computador host também seja suportado. Algumas soluções de virtualização de servidores apresentam exigências específicas de hardware para o computador host. Componentes como controladores de disco e adaptadores de rede deverão estar na lista de itens aprovados de hardware para serem suportados pelo fornecedor da virtualização (DESAI, ANIL, 2008).