O gerenciador de janelas provavelmente, é um dos softwares que você mais usa em suas tarefas cotidianas. O gerenciador de janelas serve para desenhar as suas janelas, movê-las, redimensioná-las, etc.
Se você tem um botão de minimizar ou maximizar na barra superior dos seus aplicativos, agradeça ao gerenciador de janelas. Existem dois tipos principais de gerenciadores de janelas:
1.
Floating window managers
São os gerenciadores de janelas mais usuais, que permitem que você posicione suas janelas onde quiser no Desktop, de forma que as janelas são independentes uma da outra, permitindo que haja sobreposição, mais ou menos da forma que você posicionaria folhas de papel em sua mesa.
Exemplos: KWin, *Box, xfwm4, FVWM etc...
Também existem os Window Managers, cuja principal função é renderizar e processar efeitos, além das funções habituais, porém, pelo seu funcionamento, também são classificados dentro desta categoria.
Exemplo: Compiz.
2.
Tilling window managers
É um tipo mais elitista de gerenciador de janelas. Extremamente simples e minimalistas ao extremo, ajustam automaticamente o tamanho e a posição das janelas, não permitindo sobreposição e nem espaço perdido entre as janelas, ou seja, divide as janelas lado a lado.
Daí o nome "tilling", que significa aproximadamente "em mosaico". A tarefa de posicionar as janelas compete ao gerenciador de janelas em maior parte do que ao usuário, que ainda mantém o controle se preferir.
Exemplos: i3, awesome, dwm, ratpoison, wmii, entre outros.
A fronteira entre esses dois tipos nem sempre é clara, pois alguns gerenciadores da primeira categoria possuem algumas funções da segunda, e vice-versa.
Contudo, a pergunta principal seria: por que uma pessoa usaria um
Tilling Window Manager, se este limita (em termos) a sua liberdade de sobreposição e redimensionar sua janela como quiser e ainda parece ser mais difícil de usar?
É difícil dar uma resposta sem entrar em território da preferência pessoal, subjetiva quase sempre, porém, alguns pontos seriam:
- Uso de múltiplos monitores é muito frequente, com telas grandes, pois ficar dividindo um monitor pequeno em 8 quadros, por exemplo, prejudicaria a usabilidade. Com múltiplos monitores, a produtividade pode ser até maior. Imagine-se, no outro extremo, com um Desktop com 6 monitores como o da foto (abaixo). Usar o i3 com seus atalhos seria até mais fácil do que ficar correndo atrás com o mouse pelas diversas telas.
- Os Tilling Window Managers podem ter múltiplas áreas de trabalho, assim como os gerenciadores mais habituais. Apresentam geralmente um uso mais intensivo do teclado do que do mouse para realizar as suas tarefas.
- Geralmente, as janelas não vão ter decoração nas bordas. Vão ter uma barra superior apenas com o nome, o que economiza espaço.
- Trocar de janelas e Desktops virtuais através de atalhos do teclado, quando você se acostuma, pode ser mais fácil e conveniente, principalmente se usar diversas áreas de trabalho.
Em minha limitada experiência com eles, fica meio complicado utilizar o Browser lado a lado com outras aplicações, e o jeito é rodar ele sozinho em outra área de trabalho, ou em Fullscreen.
Vale a pena utilizar os Tilling Window Managers quando você utiliza várias aplicações ao mesmo tempo, principalmente o terminal, precisa alternar frequentemente entre elas, e algumas vezes abrir aplicações gráficas, como vídeos, jogos, fotos, etc.
E têm o seu uso garantido também em computadores com poucos recursos, pois são ainda mais leves que os *box. Com um monitor de 19", já fica bom pra usar. Nestes casos, a produtividade pode ser até maior do que nos gerenciadores padrão.
Não tem jeito, tem que experimentar para ver se gosta e se adapta.
O i3 Tilling Window Manager
O
i3 é um gerenciador de janelas baseado no Wmii. Ele usa um layout baseado na divisão manual, ou seja, quando você abre uma nova janela, você escolhe se dividirá a tela horizontal ou verticalmente, o que leva a layouts complexos, se necessário.
Além disso, você pode agrupar determinadas janelas em containers, que são grupos de janelas. Esse arranjo é extremamente flexível, porém, exige uma curva de aprendizado maior e mais intervenção do usuário.
Possui uma barra de status na parte inferior que é bastante útil, mostrando informações do sistema. Trabalha com teclas de atalho semelhantes ao estilo do
Vim.