No diretório /boot existe um arquivo personalizado facilmente identificável, que pode estar linkado para um "config" genérico, a fim de facilitar a vida da gente...e dos desenvolvedores da distro também! ;-)
O config é usado na hora de recompilar o kernel, como um guia do que deve ser construído na árvore do kernel ou ficar esperando como um módulo bem comportado láááá em /lib/modules...
Por exemplo: no Mandriva 2005, existe o config-2.6.11-6mdk; no meu Slackware 11, o config-generic-2.6.18 (dos últimos pacotes pré-compilados para esta distro) e um config-generic-2.6.19.1 do último kernel genérico que instalei (este, salvo por mim). Abra seu /boot e veja como está armazenado o seu.
Além deste arquivo no diretório /boot, existe um arquivo oculto ".config" em /usr/src/seu_kernel que é usado para a compilação do kernel propriamente dito.
Fazer as opções pelo xconfig, menuconfig ou qualquer_coisa_config nada mais é do que fazer a alteração do ".config", um simples arquivo-texto oculto armazenado em /usr/src/seu_kernel:
Resumindo:
1) em /boot há um "config" com as opções necessárias para todas as arquiteturas/dispositivos de hardware, para manter uma compatibilidade com todos os PCs possíveis;
2) em /usr/src/seu_kernel há um ".config" com as opções para seu PC, que pode ser igual ao anterior ou não se você fez alterações (mesmo que não tenha compilado o kernel);
Está difícil de entender??? Acho que não!!! ;-))
Usando o xconfig
Eu sempre usei o "make xconfig" por achá-lo muito mais prático. É uma interface gráfica que trás muitas comodidades ao usuário. Veja:
Atente-se para os botões no canto superior esquerdo:
Pode-se:
a) navegar nos itens de trás-para-frente (seta azul redonda);
b) navegar para carregar um arquivo "config" qualquer:
c) salvar as alterações em /usr/src/seu_kernel/.config (desenho do disquete):
d) escolher o tipo de visualização da árvore.
Observações ao se fuçar nos "config" da vida:
- faça sempre um becape do /usr/src/seu_kernel/.config (.config_old);
- faça sempre um becape do /boot/qualquer_nome.config;
- após terminar todo o trabalho de escolha do que deve ou não entrar no kernel, salve como /boot/qualquer_OUTRO_nome.config usando o passo "b)" anterior;
- se fizer craca, apenas renomeie /usr/src/seu_kernel/.config_old para .config e recomece.
Prontinho! Mais uma dica espertíssima para os amantes da grande aventura de fuçar aonde não se deve... ;-)
Um grande abraço e até a próxima.
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