No início dos anos 70 começava os primórdios do desenvolvimento de programas para computadores. Embora fosse comum o compartilhamento de software na época, muito dos fabricantes de computadores eram também os responsáveis na época pela fabricação de softwares. Surgia um problema, eles queriam evitar que seus softwares executassem em outros computadores que não os seus próprios. Para isso os fabricantes de computadores pararam de distribuir o código fonte, lembrando que o código fonte é o que gera os programas de computadores, além disso, restringiram a cópia e a redistribuição de softwares.
Inconformado com a situação de não divulgar, de não compartilhar principalmente as informações técnicas de criação dos programas, o programador de softwares,
Richard Stallman resolveu agir contrariamente a esse movimento. Ele escolheu compartilhar seus trabalhos com todos e considerou sua atitude como espírito clássico da colaboração cientifica.
Stallman acreditava que os usuários do software deveriam ter a liberdade de "compartilhar com seu vizinho", além de poder estudar e fazer mudanças nos softwares que usam. Debatia ele aos fabricantes de Softwares Proprietários que suas atitudes eram anti-sociais. Sua campanha era "software deve ser livre".
A partir de então Stallman se dedicou a divulgar o "Software Livre", que deve poder ter a liberdade de executar o software para qual seja o propósito independente de seus motivos, sendo uma pessoa jurídica ou pessoa física, em qualquer atividade ou trabalho. Deve o SL ter a liberdade de poder estudar como o programa funciona e poder adaptá-lo às suas necessidades, sendo que para isso o acesso ao fonte que gerou o programa é um pré-requisito para essa liberdade.
Você também deve ter a liberdade de redistribuir cópias e inclusive vender ou não, se for o caso, de modo que você possa ajudar seu próximo. Não é necessário avisar o autor ou o distribuidor do software para redistribuí-lo, a própria licença de uso do software livre permite isso. E por fim a liberdade de modificar o programa e poder liberar estas modificações, de modo que toda a comunidade se beneficie do acesso ao código-fonte (é um pré-requisito para que esta liberdade seja atendida). Um software é considerado livre quando essas quatro liberdades são atendidas para o usuário.
Considerando que a grande maioria dos Softwares Livres tem licença gratuita, assim temos que os custos de manutenção de laboratórios de informática das escolas por meio de softwares livres são bem inferiores se comparados ao software proprietário, em que para cada versão é necessário pagar uma nova licença. Além do mais o suporte, forma na qual se obter ajuda, em Software Livre é praticamente acessível a todos e principalmente pela internet e em alguns casos em tempo real.
O desempenho do software livre é maior que o dos softwares proprietários. Ele pode rodar com certa rapidez até mesmo em máquinas ditas "obsoletas", o que garante o reaproveitamento de equipamentos. Isso pode representar uma economia nos custos de compra de equipamentos ou "upgrade" de hardwares. Isso permite que comunidades mais carentes possam se apropriar de novas tecnologias a um custo mais baixo. Fora o fato ambiental que equipamentos destinados a entulhar nosso planeta, como equipamentos considerados sem chances de aproveitamento, passa a serem reutilizados.
Atualmente diversos países como Portugal, Dinamarca, China tem adotado Software Livre em instituições governamentais e de ensino. O próprio governo brasileiro tem apoiado o Software Livre, migrando certos setores para o Software Livre, como por exemplo, o Exército e o Serpro.
Toda filosofia do Software Livre está no princípio do compartilhamento do conhecimento e na solidariedade praticada pela inteligência coletiva conectada na rede mundial de computadores. A adoção do software livre contribui para o combate à corrupção, uma vez que a obtenção não onerosa de licenças elimina o processo licitatório e diminui a relação, nem sempre sadia, entre o setor público e empresas fornecedoras de software.
Além do mais há uma questão ética envolvida: a opção pelo software livre representaria uma alternativa para todos aqueles que recorrem à pirataria quando não podem ou não estão dispostas a adquirir licenças de software para uso doméstico. Ressalte-se, no entanto, que a pirataria doméstica, em alguns casos, favoreceu o software pirateado, pois criou uma massa de utilizadores que pressiona por sua aquisição no âmbito corporativo.
Em resumo temos que o Software Livre é por si só educacional, e incentiva o aprendizado. É menos custoso em termos financeiro e mais seguro, pois é desenvolvido abertamente, além de que vários programadores do mundo inteiro estão envolvidos em sua elaboração, e que por isso mesmo é mais estável, colaborativo e cooperativo Enfim, você tem liberdade de escolha.
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