Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 28/11/2009 - 12:37h
Bem, eu já foi programador Assembly (que muitos chamam de "assembler")
e por premente necessidade, tive de aprender LM (linguagem de máquina) "a toque de caixa e a repique de sino", para fazer o meu primeiro sistema de gerenciamento de RH (!!!) e que coubesse em apenas 512 palavras de memória (traduzindo: 512 bytes!!!).
Não recomendo a ninguém esse tipo de experiência.
Assembly está intimamente vinculado e amarrado, acorrentado e algemado ao processador. Se amanhã ou depois mudarem o conjunto de instruções do processador, todo o investimento que você teve NAQUELE assembly terá ido por agua abaixo (no entanto o Pc vem mantendo em todos os sucessivos processadores o mesmo conjunto, exceto quanto a extensões como MMX e padrões gráficos diversos (Hercules, CGA, VGA, SVGA, XVGA...)
Portanto, Assembly não é amigável, nem multiplataforma, nem produz uma documentação clara, e isso limitaria bastante o seu mercado de trabalho.
C, C++ e suas derivadas, já é algo a se pensar, pois mantém o poder do Assembly e um meio-termo da leveza de outras linguagens mais modernas.
Para quem precisa de uma execução rápida, esse tipo de linguagem é o que existe de melhor.
As linguagens modernas, que ajudam o programador a escrever o código, são ideais para quem precisa de grande produtividade, para quem precisa produzir software em grandes quantidades, e depressa, depressa, depressa!...
No entanto, induzem a uma "preguiçite aguda" onde o programador acha que o código ficou definitivamente pronto e que não há necessidade de ser revisado. Quando dá prejuízo, é geralmente enorme, e será o cliente o primeiro a arrancar os cabelos.
As linguagens realmente mais "cômodas" e não-perdulárias que já experimentei foram o Clipper(1) e o Paradox(2) e me aventurei pelo Fox Pro e pelo Visual Basic, sendo que todas essas estão extintas.
Ainda se pode programar em COBOL hoje em dia. Existem alguma GUIs para COBOL para ficar com um bom aspecto visual. Apenas que COBOL é uma linguagem excessivamente verborrágica (para escrever um "Alô Mundo" é preferível exumar o Luis de Camões...).
Uma linguagem na qual se pode investir deverá necessariamente ser leve, segura e multiplataforma. Não somente rodar em diversos tipos de computadores, mas também sob diversos sistemas operacionais.
De uma forma ideal, essa linguagem deveria fazer chamadas a rotinas de baixo nível, a fim de agilizar certos processos.
Enfim, as linguagens chamadas de "alto nivel" produzem códigos relativamente curtos, mas no entanto são "gordas" e "pesadas" porque carregam consigo um monte de bibliotecas necessárias à sua execução.
Algumas chegam a ser lerdas, outras nem tanto. De qualquer forma, a execução do código será sempre muito mais lenta que no caso de uma linguagem de baixo nível.
Faça sua escolha com critério e boa sorte!
(1) Há que diga que Clipper não é uma "linguagem", mas um "compilador". Outros dizem que é um "gerenciador de base de dados".
Ora, se RPGII (Report Program Generator II) era uma LINGUAGEM, então defendo que Clipper também é ou era também uma linguagem.
(2) Paradox! Paradox é na verdade um gerenciador de base de dados, mas que vinha acompanhado da linguagem PAL (Paradox Application Language). Gostei muito do Paradox, pena que ele "evoluiu" para o Delphi (acho que não tem nada a ver um produto com o outro).
Finalmente, MUMPS! O que se chamava MUMPS antigamente era um sistema de gerenciamento completo desenvolvido para uso hospitalar (e "mumps" em Inglês significa literalmente "caxumba"). Era um sistema operacional/linguagem de programação/banco de dados integrado e não-perdulário. Atualmente tem o nome de "Tecnologia M", porém não sei nada mais a seu respeito. No meu entender era o banco de dados que menos ocupava espaço em disco, pela maneira inteligentíssima como era implementado.