Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 09/11/2013 - 11:09h
Os programas em Clipper ficavam imensos (para a época) porque gravavam suas bibliotecas junto com o executável.
Hoje em dia o tamanho desse acréscimo seria absolutamente "natural" ou "normal" para os padrões atuais.
Esses programas eram feitos para processadores de 8 bits e embora permitissem alguma manipulação de imagens (muitos programas de PDV ainda são em Clipper) e de sequências musicais, todavia esse não era o seu forte.
O Clipper na verdade era um banco de dados (a evolução do dBase) com uma enorme facilidade de manipulação.
E5ra um comṕilador, enquanto o dBase era um interpretador.
Um exemplo: Se ao fazer um programa em COBOL que manipulasse um Cadastro de Clientes eu me esquecesse do campo do CPF, por exemplo, para corrigir eu teria de redesenhar - e regravar - o arquivo e reescrever no programa todas as partes que a ele se referissem.
No Clipper, bastava acrescentar o campo no arquivo e fazer um (ou mais) pequeno(s) remendo(s) no código.
Essa pequena diferença poderia significar a economia de até uma semana de serviço (para apenas alguns minutinhos).
Como desvantagem, os arquivos de índice do Clipper eram facilmente corrompíveis.
O pulo do gato portanto era apagá-los e recriá-los a cada vez que o programa fosse chamado.
Além do que, havia utilitários que permitiam desenhar as telas com grande facilidade.
Programas em dBase, por serem interpretados, não necessitavam gravar bibliotecas e portanto eram bem pequenos.
Os mesmos programas, vertidos para o Clipper, tinham praticamente o mesmo tamanho, porém o executável ficava bem maior porque as bibliotecas eram gravadas junto.