Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 14/11/2010 - 20:51h
No final da semana passada estive analisando um currículo que me foi enviado por um candidato à area de vendas.
O candidato é certificado pela Microsoft e tem prática de um monte de coisas, e no entanto teve dois empregos anteriores como "instrutor de informática", um como "auxiliar administrativo" e outro com vendas internas (balconista).
Está portanto fora de sua área para a qual está mais preparado - um verdadeiro peixe fora d'água. Seu currículo é realmente forte, ele realmente entende das coisas pertinentes à Microsoft - embora nada entenda de Linux. É uma pena que ele não tenha sido aproveitado por nenhuma empresa da área.
O que me faz pensar em uma antiga conjetura minha: A maioria dos empresários tupiniquins não está realmente preocupada com o quesito "competência", porém com "baixo custo". Uma vez satisfeito esse último quesito, a certificação será apenas "um detalhe a mais".
Em alguns casos, ser certificado pode até mesmo ser considerado "perigoso".
Havia no passado uma grande empresa jornalística (digamos assim, do mesmo porte das empresas Globo) que simplesmente não dava emprego a jornalistas formados academicamente, preferindo sempre aqueles sem formação alguma.
Dá a impressão de que funcionário competente ameaça de alguma forma a segurança das chefias nem tão preparadas assim.
É apenas uma conjetura, não chega a ser uma teoria, mas acho que está bem próxima da verdade.
Faça um currículo de mais de uma página e ele será praticamente atirado ao lixo - ou simplesmente desconsiderado.