removido
(usa Nenhuma)
Enviado em 23/10/2013 - 13:12h
No site do SphinUX, a distribuição Linux promete ser 150% mais rápida que qualquer outra distribuição e ainda promete rodar em computadores com processadores de 333 mhz e 256 mb de RAM.
Se o enunciado acima fosse verdade, seria algo incrível! A promessa era rodar o KDE com os requisitos acima expostos.
Quem conhece o KDE sabe que ele não é nenhum pouco leve, sendo muitas vezes considerado o mais pesado dos ambientes gráficos para Linux.
As informações que obtive sobre a distribuição SphinUX dão conta de que ela utiliza uma arquitetura chamada LSX, que é compatível com o padrão POSIX, mas não obtive muitas informações sobre esta arquitetura, a única informação é de que nesta arquitetura o Linux começa a trabalhar de forma semelhante a um micro-kernel.
Os desenvolvedores afirmam que a distribuição trabalha bem com hardware legado e também tem suporte a hardware mais recente.
A informação que talvez seja a mais importante: o SphinUX usa o Debian Testing como base, porém parece que os pacotes Debian comuns não são suportados por conta da arquitetura utilizada pelo SphinUX. Portanto, a distro tem seus próprios repositórios.
Bom, após várias horas baixando a imagem da distribuição SphinUX, a qual prometia um desempenho incrível e pouco consumo de memória, finalmente consegui criar um pendrive inicializável para testar a distribuição.
Fazia tempo que algo não me animava a baixar uma nova distribuição Linux para testar. Afinal, a maioria das distribuições não passam de uma simples remasterização de alguma outra distribuição e não oferecem nada de novo.
Pensei que me surpreenderia com o SphinUX, pois esta remasterização do Debian prometia um desempenho incrível e usando poucos recursos. Decepcionei-me!
O boot da distribuição foi a primeira decepção: apesar de mostrar uma animação bonita, a inicialização foi mais lenta que o Ubuntu, e tão lenta quanto o Kubuntu. Esperava que a promessa de melhor desempenho se iniciasse pelo tempo de boot.
Depois de iniciado, o SphinUX me apresentou um KDE com um tema horrível, sem integração entre aplicativos QT e GTK. Bom, o tema é o menor dos problemas, pois pode ser configurado.
E os programas? O LibreOffice estava sem integração com o KDE, o Firefox usava um tema que ficaria bem para o Gnome e não para o KDE. No restante, havia o VLC (e com isto um bom suporte para áudio e vídeo) e outros programas já conhecidos de todos os usuários Linux, ou seja, nada novo.
Mas e o desempenho? O sistema iniciou com um consumo de 250 MB de RAM, que é algo impressionante se considerar que o ambiente gráfico é o KDE; porém com alguns ajustes em qualquer distribuição é possível ter o mesmo resultado.
O processador trabalhou bastante quando eu utilizava os programas, algo um pouco acima do normal que no meu Ubuntu costuma acontecer. Aliás, eu já havia usado o KDE alguns meses atrás e o processamento era sim mais alto, mas não tanto quanto no SphinUX.
Não consegui ver os tais repositórios próprios, pois a senha do administrador não está disponível na documentação do live-CD, e sem ela não posso fazer nada no sistema.
Em resumo: o SphinUX não cumpre nada do prometido, uma verdadeira decepção e apenas uma remasterização do Debian.