lcavalheiro
(usa Slackware)
Enviado em 23/08/2016 - 18:39h
Em 20 anos de GNU/Linux eu descobri algumas verdades:
1) Um bom programa deve fazer apenas uma coisa, e deve fazê-la bem;
2) Simplicidade é a alma do negócio;
3) Se bem configurado, um programa não deve dar problema.
Dito isso, tanto o apt, quanto o pulse quanto o systemd falham nesses três critérios. O apt não faz bem o que ele se propõe a fazer (ele é pesado, ineficiente e uma tragédia como gerenciador de dependências), não é simples (apesar de parecer, ele depende de arquivos de configuração díspares demais e a documentação de alguns deles é arcana sem necessidade - alguém aí já tentou criar um pacote .deb?) e mesmo quando perfeitamente configurado basta um
# apt-get update para bagunçar o coreto.
Sobre o PA, essa é uma questão mais complexa. Áudio é uma coisa dinâmica e que precisa de flexibilidade, coisa que sob o ALSA puro só é possível se você tem um domínio imenso dos arquivos de configuração e punhetou o negócio até as entranhas. Infelizmente, a maioria das pessoas comuns não tem cérebro para entender os detalhes dos arquivos de configuração do ALSA, quem dirá um usuário comum. Então sim, precisávamos de um servidor de áudio no GNU/Linux e o PA, apesar de ruim, pesado e bugado (como tudo que o Poettering programa), vai ficando porque as opções (tipo o JACK) são mais arcanas ainda.
Quanto o systemd, ele faz o exato oposto das três verdades que comentei, e ainda acrescenta uns bugs legais no sistema. Só quem usa o lixo do GNOME se vê preso a esse bolo de fezes, pois temos outros sistemas de inicialização (os init scripts do Slackware e o OpenRC do Gentoo, por exemplo).
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Dino®
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Só Slackware é GNU/Linux e Patrick Volkerding é o seu Profeta
Mensagem do dia: Satã representa conhecimento sem limites e não auto-ilusão hipócrita.