Mais um fork do Gnome???

1. Mais um fork do Gnome???

Guilherme Moreira de Oliveira
coelhoposa

(usa Ubuntu)

Enviado em 25/12/2011 - 16:55h

É difícil ficar contente com um negócio que antes simplesmente funcionava, mas que do nada mudou tudo de lugar e ficou confuso, não é? Perda de produtividade, necessidade de estudo e reaprendizado, mudanças de hábitos que eram tidos como "naturais"... Coisas que não agradam muitos e muitos usuários do GNOME.

A Canonical abriu mão do GNOME Shell para criar sua própria interface, o Unity. Mas também é muito diferente de tudo o que se tinha até então. O Mint, distro baseada no Ubuntu, muito popular também, optou por usar extensões do GNOME Shell para criar uma experiência mais tradicional, além de aproveitar como opção o MATE - um fork do GNOME 2.x mantido por outras pessoas. Mas isso tudo ainda é pouco. É necessário algo mais do que o MATE pode oferecer, ao mesmo tempo que não dá para ficar preso nas limitações artificiais do GNOME. E para esse pessoal o KDE parece não existir.

Clement Lefebvre, fundador do Mint, agora trabalha num fork do GNOME Shell. Ee está projetando um ambiente próprio: toda a modernidade das versões atuais do GTK, o poder do GNOME Shell mas com um jeitão mais tradicional. E bastante personalizável, algo que o GNOME acabou falhando.


Nasce aí o Cinnamon. Ainda está dando os primeiros sinais de vida como embrião, mas vindo do cara por trás do Mint, provavelmente dará certo (nem tanto embrião assim, já que o GNOME está razoavelmente completo). Se não fizer sucesso nas outras distros, no mínimo do mínimo poderá ser a interface padrão do Mint.

"O Cinnamon é um desktop Linux que fornece recursos inovadores e avançados com uma experiência de usuário tradicional. O layout do desktop é similar ao do Gnome 2. A tecnologia por trás de tudo é derivada do Gnome Shell."

Entre os recursos que provavelmente veremos no Cinnamon estão notificações no estilo do GNOME 2.x (e ícones na bandeja do sistema), opção para alterar a posição do painel e outras coisas, como ocultação automática, etc.

Algumas coisas já foram implementadas no MSGE (Mint GNOME Shell Extensions), mas a aplicação prática se mostrou muito limitada. A integração das extensões no GNOME Shell deixa a desejar. Parece que parte dos objetivos dos desenvolvedores do GNOME é ter maior controle sobre o sistema do que os próprios usuários, produzindo algo que não se altera tanto - o que pode ser bom ou ruim, dependendo do ponto de vista e uso. Mas talvez seja um exagero pensar assim, vai ver é só questão de tempo.

Por enquanto o Cinnamon parece o GNOME Shell com MSGE, com a diferença que as "extensões" são nativas. Nos próximos meses o sistema tende a amadurecer bastante, vale a pena acompanhar.

Se estiver interessado no projeto, acesse: http://cinnamon.linuxmint.com/">http://cinnamon.linuxmint.com/

E falando nisso, vale ficar de olho também no Razor-Qt, um ambiente novo baseado em Qt, algo raro considerando que tudo em Qt vai pro lado do KDE.

Nessas horas muita gente critica o Linux (sistema final, não só o kernel), fala que o sistema não vai substituir o Windows nunca e bla bla bla. Na verdade, esse nem é o objetivo. Quem cria esses sistemas abertos quase sempre não os faz por dinheiro (diferente do Windows, que é 100% comercial), mas faz para uso próprio e muitas vezes por prazer. É natural que o Linux tenha diversas interfaces gráficas, vários ambientes diferentes... Os maiores e melhores sobrevivem a longo prazo, é só deixar acontecer.

É a liberdade completa de imaginar um ambiente e fazê-lo acontecer sem depender do fabricante do sistema, algo que o sotfware proprietário desconhece (apesar de existirem algumas modificações de terceiros, não há tantos desktops para Windows ou Mac, por exemplo; e se existem, não são famosos).

Se isso prejudica por causa da fragmentação? Pode até prejudicar. Mas prejudica a quem? Tirando algumas exceções, os desenvolvedores não estão interessados em dominar o mundo com seus ambientes gráficos. Usa quem quer. E há modelos para todos os gostos. Se não existir nada como você gostaria, estude e crie :) Ou contente-se com o sistema pronto comprado numa loja ou via download. É uma utopia achar que um sistema livre terá uma administração única e uma interface padrão ditada por um grande grupo de desenvolvedores unidos.

Fonte?? Aqui: http://www.hardware.com.br/noticias/2011-12/fork-gnome-shell-cinnamon.html
Site oficial: http://cinnamon.linuxmint.com


  


2. Re: Mais um fork do Gnome???

Andre (pinduvoz)
pinduvoz

(usa Debian)

Enviado em 25/12/2011 - 17:46h

Concordo inteiramente com o último parágrafo. A "cara" do SO livre não é imposta, e nunca vai ser.


3. Re: Mais um fork do Gnome???

Perfil removido
removido

(usa Nenhuma)

Enviado em 25/12/2011 - 17:50h

milesmaverick escreveu:

É difícil ficar contente com um negócio que antes simplesmente funcionava, mas que do nada mudou tudo de lugar e ficou confuso, não é? Perda de produtividade, necessidade de estudo e reaprendizado, mudanças de hábitos que eram tidos como "naturais"... Coisas que não agradam muitos e muitos usuários do GNOME.

A Canonical abriu mão do GNOME Shell para criar sua própria interface, o Unity. Mas também é muito diferente de tudo o que se tinha até então. O Mint, distro baseada no Ubuntu, muito popular também, optou por usar extensões do GNOME Shell para criar uma experiência mais tradicional, além de aproveitar como opção o MATE - um fork do GNOME 2.x mantido por outras pessoas. Mas isso tudo ainda é pouco. É necessário algo mais do que o MATE pode oferecer, ao mesmo tempo que não dá para ficar preso nas limitações artificiais do GNOME. E para esse pessoal o KDE parece não existir.

Clement Lefebvre, fundador do Mint, agora trabalha num fork do GNOME Shell. Ee está projetando um ambiente próprio: toda a modernidade das versões atuais do GTK, o poder do GNOME Shell mas com um jeitão mais tradicional. E bastante personalizável, algo que o GNOME acabou falhando.


Nasce aí o Cinnamon. Ainda está dando os primeiros sinais de vida como embrião, mas vindo do cara por trás do Mint, provavelmente dará certo (nem tanto embrião assim, já que o GNOME está razoavelmente completo). Se não fizer sucesso nas outras distros, no mínimo do mínimo poderá ser a interface padrão do Mint.

"O Cinnamon é um desktop Linux que fornece recursos inovadores e avançados com uma experiência de usuário tradicional. O layout do desktop é similar ao do Gnome 2. A tecnologia por trás de tudo é derivada do Gnome Shell."

Entre os recursos que provavelmente veremos no Cinnamon estão notificações no estilo do GNOME 2.x (e ícones na bandeja do sistema), opção para alterar a posição do painel e outras coisas, como ocultação automática, etc.

Algumas coisas já foram implementadas no MSGE (Mint GNOME Shell Extensions), mas a aplicação prática se mostrou muito limitada. A integração das extensões no GNOME Shell deixa a desejar. Parece que parte dos objetivos dos desenvolvedores do GNOME é ter maior controle sobre o sistema do que os próprios usuários, produzindo algo que não se altera tanto - o que pode ser bom ou ruim, dependendo do ponto de vista e uso. Mas talvez seja um exagero pensar assim, vai ver é só questão de tempo.

Por enquanto o Cinnamon parece o GNOME Shell com MSGE, com a diferença que as "extensões" são nativas. Nos próximos meses o sistema tende a amadurecer bastante, vale a pena acompanhar.

Se estiver interessado no projeto, acesse: http://cinnamon.linuxmint.com/">http://cinnamon.linuxmint.com/

E falando nisso, vale ficar de olho também no Razor-Qt, um ambiente novo baseado em Qt, algo raro considerando que tudo em Qt vai pro lado do KDE.

Nessas horas muita gente critica o Linux (sistema final, não só o kernel), fala que o sistema não vai substituir o Windows nunca e bla bla bla. Na verdade, esse nem é o objetivo. Quem cria esses sistemas abertos quase sempre não os faz por dinheiro (diferente do Windows, que é 100% comercial), mas faz para uso próprio e muitas vezes por prazer. É natural que o Linux tenha diversas interfaces gráficas, vários ambientes diferentes... Os maiores e melhores sobrevivem a longo prazo, é só deixar acontecer.

É a liberdade completa de imaginar um ambiente e fazê-lo acontecer sem depender do fabricante do sistema, algo que o sotfware proprietário desconhece (apesar de existirem algumas modificações de terceiros, não há tantos desktops para Windows ou Mac, por exemplo; e se existem, não são famosos).

Se isso prejudica por causa da fragmentação? Pode até prejudicar. Mas prejudica a quem? Tirando algumas exceções, os desenvolvedores não estão interessados em dominar o mundo com seus ambientes gráficos. Usa quem quer. E há modelos para todos os gostos. Se não existir nada como você gostaria, estude e crie :) Ou contente-se com o sistema pronto comprado numa loja ou via download. É uma utopia achar que um sistema livre terá uma administração única e uma interface padrão ditada por um grande grupo de desenvolvedores unidos.

Fonte?? Aqui: http://www.hardware.com.br/noticias/2011-12/fork-gnome-shell-cinnamon.html
Site oficial: http://cinnamon.linuxmint.com


Muito bom, concerteza tudo isso é pra somar + +, e quanto mais liberdade de escolha é melhor.
Abs.


4. Re: Mais um fork do Gnome???

Neto Nardin
netonardin

(usa Arch Linux)

Enviado em 25/12/2011 - 20:14h

Eu acho que o gnome3 precisa de tempo, é muito diferente e ainda tem poucas extenções. O unity, para mim, está preso ao ubuntu o que o faz parecer windows e mac, sem liberdade. Eu ando pensando em instalar o centos e ficar com gnome2 mais uns 3 anos, porem não consigo, sempre acabo ficando com vontade de usar gnome3, o negocio vai ser comprar outro pc... Enfim um dos maiores problemas e vantagens do linux é ser livre e feito por qualquer um. É facil falar "não gostei" o dificil é fazer alguma coisa!


5. Re: Mais um fork do Gnome???

Elder Marco
eldermarco

(usa Fedora)

Enviado em 25/12/2011 - 22:35h


Clement Lefebvre, fundador do Mint, agora trabalha num fork do GNOME Shell. Ee está projetando um ambiente próprio: toda a modernidade das versões atuais do GTK, o poder do GNOME Shell mas com um jeitão mais tradicional. E bastante personalizável, algo que o GNOME acabou falhando.


Acho que a palavra 'falhar' é um pouco forte. A verdade é que a equipe resolveu arriscar e mudar completamente a interface e a interação com o usuário. Isso não agradou muitos usuários que não querem se preocupar com isso. Eu detestei no início, mas a verdade é que agora ando gostando muito dele. Depois que vc aprende, as coisas costumam ficar mais simples e fáceis de mexer. E ele é tão personalizável quanto o GNOME 2, acredito. Exceto pelo compiz que já era e faz falta..






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