Buckminster
(usa Debian)
Enviado em 10/05/2017 - 14:52h
Ok. O UEFI ((Unified Extensible Firmware Interface) é um software que fica dentro do chipset da placa-mãe, é uma interface com o sistema operacional.
Quando você acessa o BIOS, verá que na maioria das placas-mãe tem uma opção BOOT, e é nessa opção que, geralmente, você desliga o UEFI e o Secure Boot se NÃO for utilizar o GPT e o UEFI.
"No caso do sistema GPT, há uma partição escolhida para ser a orientação da inicialização dos sistemas."
Essa partição que você cita aí em cima, nada mais é do que um espaço no HD onde serão instalados os arquivos específicos de cada sistema que dizem ao UEFI da placa-mãe qual é o sistema que será executado na inicialização.
E esses arquivos específicos, no Linux, estarão geralmente na partição /boot.
É a chamada "ligação" entre o hardware da máquina e o software no HD (sistema operacional, programas, etc).
Você pode criar uma partição para esses arquivos (chamada de partição UEFI [ou EFI, não lembro agora] no caso do Windows), mas que no Linux estarão dentro da partição /boot. Claro que você pode criar uma partição exclusiva para o UEFI e outra para /boot, o Linux te dá essa liberdade, porém, por questões de desempenho e organização (e menos trabalho) coloca-se tudo dentro de /boot para que o sistema não tenha que ficar procurando os arquivos em partições muito separadas.
Veja bem, para usar o GPT, o sistema operacional deve, obrigatoriamente, ter suporte ao UEFI que está na placa-mãe.
Os sistemas operacionais Linux que tem suporte ao UEFI instalam seus arquivos geralmente na partição /boot (arquivos estes que dirão ao UEFI da placa-mãe qual o sistema operacional em uso). Essa partição /boot deve ficar no início do HD e deve ser marcada como inicializável.
O GPT é um formato de tabelas de partições, bem como o MBR também era. Tanto o GPT como o MBR é onde fica a tabela de partições do sistema e essa tabela difere de sistema operacional para sistema operacional, ou seja, o hardware precisa saber qual o sistema operacional será executado e quem diz isso para o hardware é o gerenciador de inicialização.
Aqui tem uma ótima explicação sobre este imbróglio todo:
http://www.hardware.com.br/comunidade/mitos-definitivo/1340637/
Dependendo do tamanho do teu HD, deixe 1 GB de espaço. Neste caso, o que abunda não prejudica.
Hoje em dia os HDs são de tamanho grande. Aquele problema antigo de ter que ficar economizando espaço em partições acabou.
O mínimo para o que você quer (BOOT ou /boot) é 512 MB. Mas, repetindo, caso depois você queira instalar outros sistemas operacionais Linux, ou compilar novos kerneis, pode lotar os 512 MB, aí aparecerá um aviso durante a instalação do sistema dizendo que não há espaço suficiente.
Coloque, no mínimo, 3 GB para /tmp, se tiver HD grande coloque 5 GB. Repetindo, esse negócio de espaço em partições depende única e exclusivamente da quantidade de sistemas operacionais que você irá instalar. Caso você tenha certeza que irá colocar, por exemplo, um Linux e Windows e teu HD tiver, por exemplo, 500 GB, coloque 1 GB disso que você chama de BOOT e 5 GB de /tmp. Como citado acima no comentário do XProtoman, quando o usuário for gravar CD/DVDs é na /tmp que os arquivos temporários serão "jogados", caso der uma mensagem futuramente de que a /tmp está com espaço insuficiente, basta ir lá e deletar os arquivos.