Weidllan
(usa Ubuntu)
Enviado em 28/12/2008 - 00:15h
Vantagens do Linux em Relação ao Windows
* Não tem vírus. Cada arquivo tem um dono e pertence a um grupo, e tem permissões de leitura, escrita e execução separadas para o dono, o grupo e os demais usuários do sistema. Arquivos baixados da internet são gravados no disco sem permissão de execução. Assim, para executar um vírus você teria que baixar o programa-vírus da internet, deliberadamente torná-lo executável e propositalmente executá-lo. Ainda assim, o vírus somente conseguiria agir sobre os seus arquivos. Os outros usuários e o sistema como um todo não teriam nem notícia do vírus.
* É estável. Se quiser, você pode passar anos com o computador ligado 24 horas por dia, instalando e desinstalando programas todos os dias, e ainda assim não terá que reiniciar o computador uma única vez.
* É muito fácil de instalar e desinstalar programas se você usar uma distribuição que tenha um bom sistema de gerenciamento de pacotes. No Debian ou Ubuntu, por exemplo, existem mais de 15000 programas disponíveis. Para instalar ou desinstalar qualquer um deles basta abrir o synaptic, procurar o programa que lhe interessa, e usar o mouse para fazer alguns cliques (mas eu prefiro usar o aptitude e apertar algumas teclas).
* Enquanto você estiver usando apenas software livre, será possível garantir que no computador inteiro não há nenhum programa executando código malicioso. Os responsáveis por uma distribuição do Linux inspecionam o código de todos os aplicativos que distribuem e podem, com segurança, afirmar que nenhum deles tem como objetivo roubar seus dados pessoais e repassá-los para ladrões. No Windows é impossível fazer essa garantia porque os programas são vendidos já compilados e os códigos fonte são mantidos em segredo. No Linux é preciso confiar apenas nas pessoas que fazem a distribuição escolhida; no Windows é preciso confiar em cada um dos milhares de desenvolvedores e distribuidores de software. Existe software livre para quase tudo, mas a maioria dos usuários do Linux também usa alguns softwares proprietários. No meu caso, por exemplo, sou obrigado a confiar na Adobe (plugin flash para navegador da internet), na NVidia (driver para placa de vídeo) e no Google (GoogleEarth).
Desvantagens do Linux em Relação ao Windows
* De uma maneira geral, para o administrador de sistema profissional, o Linux é mais fácil de administrar do que o Windows. Mas, para um usuário comum, o Linux pode ser um pouco mais difícil de usar do que o Windows. Isso é decorrência do sistema de permissões que se aplica a arquivos e programas e também do fato de toda a configuração do Linux ser feita em arquivos de texto simples que algumas vezes precisam ser editados manualmente. Para muitos dos arquivos de configuração mais comuns, há ferramentas em modo gráfico que facilitam a configuração para quem não tem muita noção de como é o funcionamento do sistema operacional, mas, em alguns casos, poderá ser necessário a edição manual dos arquivos.
* Alguns fabricantes de hardware mantêm segredo sobre as especificações das peças que produzem e, conseqüentemente, os desenvolvedores de software livre não conseguem produzir drivers para esses equipamentos. Por isso, existem alguns modelos de alguns periféricos, como modems, impressoras, webcams, etc..., que não funcionam no Linux. Este problema de hardware incompatível está cada vez menor, mas quem usa ou pretende usar o Linux, antes de comprar qualquer equipamento, precisa pesquisar na internet para descobrir se ele funcionará corretamente. Uma forma de saber se seu computador funcionará com o Linux é usar um Live CD (Ubuntu, por exemplo). Se o Linux rodar a partir do CD, funcionará depois de instalado no HD. Se alguma coisa não funcionar, será porque o driver não foi incluído na distribuição, mas talvez exista em outra. No caso de um periférico muito raro um driver pode até mesmo existir para o Linux e não ser incluído em nenhuma distribuição. Neste caso, a solução seria ou trocar de equipamento ou compilar um kernel personalizado. Há ainda os drivers que somente são distribuídos pré-compilados pelo fabricante do equipamento, e não pelos responsáveis pela distribuição Linux. Neste caso é preciso seguir as instruções do fabricante para que o equipamento funcione corretamente.
Migrando em Quatro Fases
Mudar de sistema operacional implica em reaprender muita coisa. Uma forma de suavizar o impacto da mudança é não trocar abruptamente o Windows pelo Linux. Uma migração em etapas poderá ter maiores chances de ser bem sucedida.
Fase I − Use Programas do Linux no Windows
Antes de instalar e começar a usar o Linux, você poderá começar a substituir programas que existem apenas no Windows por outros que funcionam nos dois sistemas operacionais.
Fase II − Crie uma Partição para o Linux
Algumas distribuições, como Ubuntu e Kurumin NG, podem ser instaladas dentro do Windows, sem necessidade de particionar o disco, mas o melhor desempenho é obtido com a instalação tradicional. Para tanto, crie uma partição com alguns gigabytes de espaço livre e instale uma distribuição do Linux. Ao ligar o computador, você poderá escolher qual sistema operacional deseja usar. Você terá 5 a 10 segundos para fazer a escolha e, inicialmente, poderá deixar o Windows ser carregado automaticamente caso não escolha o Linux explicitamente. Nesta fase, você terá que descobrir quais programas que funcionam exclusivamente no Linux têm funcionalidade similar aos do Windows.
Esse também será o momento de explorar as funcionalidades exclusivas do Linux. Uma delas, é a opção que o usuário tem de escolher o gerenciador de janelas ou ambiente do computador (Desktop), e é recomendável que você experimente alguns antes de se decidir por um deles. Os dois ambientes mais comuns são o Gnome e o KDE, mas existem dezenas de outros gerenciadores de janelas, como o IceWM, XFCE, e o FluxBox, todos mais leves do que o Gnome ou o KDE.
Outra coisa que praticamente pode-se dizer que é exclusiva do Linux é a poderosa linha de comando. Assim como você pode usar o Windows sem nunca abrir a janela do DOS (aliás, você sabe o que é isso?), é possível usar o Linux somente em modo gráfico. O DOS é difícil e irritante de usar, e não se consegue fazer muita coisa com ele. No Linux, a linha de comando é muito mais fácil de usar e existem centenas de programas que permitem fazer em modo texto quase tudo que se faz em modo gráfico. As duas grandes vantagens do modo texto é que as coisas funcionam com rapidez e é possível automatizar tarefas com facilidade. A desvantagem é a necessidade de memorizar comandos. Como já disse, você não precisa usar o modo texto, mas se resolver aprender a usar um terminal de linha de comando no Linux entenderá porque alguns usuários do Linux chamam o Windows de Ruindows.
Qual distribuição escolher dentre as centenas de opções existentes gratuitamente na internet? Se você usa internet discada, a melhor opção talvez seja o Kurumin, que vem com drivers de modem pré-compilados e fáceis de configurar (através dos seus “ícones mágicos”). Outra opção é o Ubuntu que pode ser instalado a partir do seu Live CD. O Ubuntu inclui o GParted, um particionador de disco que você poderá usar para diminuir o espaço ocupado pelo Windows e possibilitar a instalação do Linux. Mas, ATENÇÃO, antes de reparticionar o disco é recomendável a DESFRAGMENTAÇÃO da partição do Windows com o desfragmentador de disco do Windows (Programas | Acessórios | Ferramentas do Sistema). Para instalar o Linux, por precaução, faça um backup dos seus arquivos e, então, desfragmente o Windows, coloque o CD do Ubuntu na bandeja e reinicie o computador.
Criando Partições para o Linux
gparted
A primeira será a raiz do sistema ("/"), a última será a partição "/home", onde ficarão os arquivos pessoais dos usuários; ambas estão formatadas como "ext3". A pequena partição entre essas duas será usada como área de troca (swap) para melhorar o desempenho do computador. Num esquema comum de partição do disco, a partição raiz fica com 3 a 8 Gigabytes, a partição swap com o dobro da memória ram (se o seu computador tem 1 GB de memória ram, crie uma partição swap com 2 GB) e a partição home com todo o restante do espaço disponível. Note que você pode usar o GParted para preparar o disco para qualquer distribuição do Linux.
Fase III − Torne o Linux o Sistema Operacional Padrão
Quando você estiver usando mais o Linux do que o Windows, mude a configuração do Lilo ou do Grub para que o Linux seja o sistema operacional inicializado automaticamente.
Se houver programas do Windows que você continua precisando (como alguns jogos, enciclopédias e dicionários) e para os quais não existem softwares livres equivalentes e os seus fabricantes ainda não se preocuparam em produzir uma versão para Linux, isso será um problema que talvez possa ser resolvido pelo wine: um programa do Linux que consegue rodar muitos programas do Windows sem precisar ter o Windows instalado. Com um pouco de sorte, o aplicativo que você precisa será um dos que funcionam com o wine. Mas, cuidado, ao usar o wine, seus arquivos poderão ser contaminados por vírus do Windows. Para não correr esse risco, é recomendável criar um usuário apenas para o uso do wine, como ensina Carlos Morimoto em seu artigo Usando as novas versões do Wine.
Em último caso, se o wine falhar, será possível rodar o Windows dentro de uma máquina virtual, como o VirtualBox.
Fase IV − Delete o Windows
Depois de uns 6 meses sem usar o Windows, você provavelmente estará pensando em como fazer um bom uso do espaço ocupado por ele no seu HD.