PauserBR
(usa Ubuntu)
Enviado em 02/10/2018 - 01:07h
Começo a entender porque o Linux, apesar das grandes qualidades e vantagens intrínsecas, ainda não decolou para usuários domésticos. Talvez os ajustes iniciais, até que a instalação esteja completamente azeitada, seja muito mais difícil do que, por exemplo, no Windows. Vou citar alguns pontos que acho relevantes nessa discussão:
1. Ao decidir instalar o Linux em um
desktop, verifiguei que existiam dezenas, quiçá centenas, de opções possíveis para essa escolha. Optei pelo Ubuntu, por me parecer uma das possibilidades mais bem avaliadas em várias páginas que li, levado pelo Google. Mas aí, abriu-se um novo leque. Mesmo dentro do Ubuntu, existem várias versões disponíveis, sem que um usuário noviço seja devidamente informado das diferenças que existem em relação à versão "
Ubuntu desktop". Compare com o Windows, onde fica muito claro para um usuário que o Windows Home é para usuários domésticos e o Windows Professional para uso empresarial, com algumas
features extras (não muito bem definidas para o leigo, mas certamente claras para o usuário final, que necessita delas);
2. Após instalar o Ubuntu 18, verifiquei que o ícone de "configuração do sistema" não aparece e, até hoje, mais de um mês após essa instalação, ainda não consigo ter acesso à minha configuração, algo, convenhamos, bastante básico. Perguntei aqui nesse forum, no Tópico
UBUNTU 18 - O ícone de "Configuração do Sistema" não aparece, como corrigir esse problema. Um colega, com muita gentileza e espírito de serviço, deu-me algumas dicas, que infelizmente não funcionaram.
Quanto instalei o Ubuntu 18
desktop, estava com um monitor de 23 polegadas e resolução 720p. Com vários programas funcionando e atendendo-me muito bem, resolvi comprar um monitor 1080p, para melhorar a resolução e, até agora, mais de 3 semanas após a troca de monitor, ainda não consigo configurar corretamente o monitor, que é reconhecido pelo meu
hardware como 1080p, mas continua configurado pelo Ubuntu como 720p, com a queda de qualidade daí resultante.
3. Ainda não consegui configurar a minha impressora, uma multifuncional Epson L355, após diversas tentativas. Seguindo os roteiros que li em diversos sites, encontrados via Google, consigo fazer a instalação, mas a impressora não imprime a partir do
desktop Ubuntu, sem qualquer aviso explicitando em qual ponto está o problema. Envio os arquivos que quero imprimir para o meu celular e comando a impressão a partir deles. Como esse é um problema que já foi contornado (reconheço que de uma forma muito pouco prática e elegante), deixei para continuar a pesquisar uma solução em uma época com a agenda mais tranquila. O ponto importante aqui é que os adeptos do Linux percebam que essas "pequenas dificuldades" diminuem muito a possibilidade de aceitação do Linux entre os usuários domésticos.
Comecei a usar microcomputadores com um TRS-80 da Radio Shack, no princípio da década de 80. Acompanhei todo o desenvolvimento da informática ao longo desses quase quarenta ṹltimos anos. No mundo PC, comecei com o DOS da Microsoft e usei todas as versões do Windows. Os preços do Windows foram sempre subindo, ao contrário de todos os outros itens de
hardware e
software que aconteceram ao longo dessas quase quatro décadas. Qual o motivo dele ainda ser o SO preferencial, existindo o Linux tão eficiente e com o investimento financeiro definido pelo usuário? Minha hipótese: dificuldades ainda não resolvidas na instalação e ajustes iniciais do Linux.
Apesar de não ser profissional de TI, não sou propriamente um leigo, pois entre outras coisas, programava em Assembly no meu TRS-80, que tinha um processador Z80 de 8 bits. Se eu apanho na instalação e configuração do Ubuntu, imaginem um usuário completamente leigo.