kikobate
(usa Ubuntu)
Enviado em 29/09/2019 - 18:31h
Vivemos em uma época em que a maior parte da população que vive em grandes centros têm ou possuem acesso a um computador, seja para recreação, seja para trabalhar.
Esses usuários que em sua maioria se encaixam no perfil de usuários comuns utilizam de funcionalidades básicas de um computador, como acessar a internet, salvar arquivos e editores de texto, dentre outras funcionalidades que não requeiram um conhecimento avançado em tecnologia da informação.
Muitos desses usuários brasileiros, se quer sabem da existência de outros sistemas operacionais além do Windows e outros editores de texto além do Word. A cultura da utilização de softwares proprietários em ambientes públicos e privados no Brasil ainda é predominante, até mesmo em ambientes acadêmicos os estudantes, seja qual for o grau de instrução, são instruídos e orientados majoritariamente através de ferramentas proprietárias. Principalmente se não forem estudantes da área da computação.
O desconhecido na maior parte das vezes assusta, e essa mudança para softwares livres, até então que o usuário nunca havia ouvido falar, é algo desafiador.
Até porque, é recente o fato de um cliente ter a opção de comprar um computador que já não venha com softwares proprietários instalados, e mesmo assim, optar por pagar um pouco a mais para ter uma licença de uso do Windows, que é o caso mais comum no nosso país.
Nesse contexto, é necessário que haja uma mudança em três principais setores para que o Linux se torne popular até mesmo para os usuários mais comuns. O primeiro setor é o que rege o mercado, ou seja, deve ocorrer uma mudança dentro das empresas, essas devem começar a adotar o software livre como primeira opção em detrimento a software proprietários. Com uma demanda de funcionários com conhecimentos na utilização desses softwares livres, a busca e a oferta de cursos de capacitação para esses programas vai aumentar, e quem souber mexer com o Linux, por exemplo, estará um passo a frente no mercado de trabalho.
O segundo setor é o público, que em vez de pagar valores exorbitantes em licenças, optar por softwares livres e capacitar os servidores para a sua utilização, tendo a utilização do software proprietário como última opção sob o respaldo de não haver um software livre que atenda as tais necessidades.
O terceiro e último setor é o educacional/acadêmico, uma vez que o mercado comece a utilizar e a demandar profissionais com conhecimentos seja em libreOffice, Mysql, Linux ou qualquer outro software livre, é inevitável que a educação deverá capacitar os discentes nesse sentido, uma vez que o ambiente acadêmico é um reflexo das necessidades de mercado.
É evidente que a ignorância em software livre é um fator determinante para que as pessoas de modo geral não os utilizem, uma vez que quando ficarem cientes das oportunidades e das possibilidades que eles oferecem ficarão encantados com todo o suporte que as comunidades oferecem aos usuários e a possibilidade de experiência de uma utilização de forma personalizada e adaptada as suas necessidades.
Joshua K. A.