pinduvoz
(usa Debian)
Enviado em 27/01/2013 - 19:23h
É complicado trabalhar com Linux.
Eu, por exemplo, tinha um "amigo" (ficou amigo, de tanto que eu ia lá) que era dono de uma loja de informática e ele passou a vender notebooks fabricados em Santos (minha terra), por uma empresa que usava o tal do "Processo Produtivo Básico" (regime especial de produção, com vantagens fiscais). Antes, ele me perguntou se realmente dava para usar Linux, pois foi ele que me vendeu um Acer Aspire One, com Linux. Eu, é óbvio, disse que sim.
Um dia eu vou na loja dele e vejo o tal notebook santista rodando Ubuntu na resolução errada (1024x768 numa tela 1280x720), numa versão já quase sem suporte. Ele reclamou e disse que não sabia como corrigir a resolução instalando um driver de vídeo apropriado, perguntando se eu podia ajudar.
Eu mostrei para ele o VOL, com várias telas de Linux bem configuradas, e falei que iria instalar, caso ele deixasse, um Ubuntu decente naquele notebook. Ele deixou e fui para casa (moro a duas quadras de onde era a loja) buscar um pendrive com o Ubuntu 11.04, que era o lançamento de então.
Chego na loja dele, ponho o pendrive para dar boot e de cara recebo a mesma resolução que estava, porque o chipset da droga do notebook era 100% SIS. Assim não dá! Quem quer vender notebook com Linux não pode usar chipset da SIS.
O resultado. Eu disse para ele que com a placa da SIS não tinha jeito e ele, para poder vender, mandou os notebooks pro fabricante (parece que ele tinha comprado 10) e pediu o Windows 7 em OEM (o cara também vendia assim, obviamente). Mesmo assim, demorou uma eternidade para ele vender os notebooks, que, com o Windows 7, ficavam no mesmo preço de concorrentes muito mais conhecidos, como Positivo, CCE, Megaware, Philco etc.