Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 23/06/2012 - 09:32h
Processar órgãos ligados de alguma forma aos governos geralmente é algo extremamente cansativo, e na maioria das vezes infrutífero, já que os juizados especiais (gratuitos) estão igualmente ligados à máquina administrativa.
Processar a Anatel, que é uma agência do Governo Federal, é
teoricamente possível, mas como não há retorno financeiro garantido, geralmente ninguém se interessa em fazê-lo, pois um processo demoraria anos a fio até o seu término.
Contudo, o Ministério Público poderia arguir, o Ministério das Comunicações poderia intervir, e se fosse o caso, até mesmo a Fazenda Pública ou a Polícia Federal poderiam tomar algumas providências cabíveis em alguns casos.
Aqui para nós:
Se houvesse apenas
vergonha na cara e o real
sentimento do dever, apenas algumas ações administrativas internas e bastante simples, por parte das chefias, poderia solucionar mais de 70% desses desserviços (alguns até mesmo involuntários). Não precisariam ser ações punitivas, apenas de cunho didático.
Vamos entender que as brechas são mais notáveis quanto maior for o porte da máquina administrativa. Grandes corporações multinacionais, por exemplo, e a despeito do enorme esforço em controlar as minúcias do dia a dia, perdem feio para as "garage companies", para as firmas de natureza "enxuta".
Ciente disso, a HP já vem há algum tempo tomando providências para readotar a mentalidade de "garage company", tendo já conseguido algum sucesso nesse empreendimento (quem se lembra do mote "Invent!" ?) e com isso ganhando uma grande agilidade.
A grande diferença, a meu ver, é que uma multinacional trabalha com um tipo de burocracia, e a máquina governamental por seu lado tem em seu entorno e por que não dizer em suas entranhas um complexo de burocracias as mais diversas e que ao mesmo tempo se sobrepoem a até mesmo se contrapoem.
Em lugar nenhum do mundo se consegue um serviço governamental que possa obter a nota máxima.
Sempre será falho em alguma coisa.
Mas isso não é desculpa para deixarmos de buscar a perfeição, mesmo que esta seja meramente utópica.