Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 18/08/2010 - 23:30h
LTSP significa literalmente "Linux Terminal Server Poject" o que significa que é um recurso específico do Linux.
Através dele, alguém pode colocar um servidor atualizado e vários terminais ultrapassados, que nem mesmo precisam dispor de HD.
Pode-se dar o boot nos terminais através de disquetes ou da própria placa de rede, por exemplo.
Soluções semelhantes para Windows existem, porém não permitem o uso de terminais tão defasados assim. Portanto teria de gastar dinheiro para adquirir thin clients e suas interfaces controladoras.
Você encontrará alguns tutoriais no Guia do Hardware e até no YouTube.
Pelo que comecei a ver do LTSP, a coisa não é tão fácil como possa parecer.
Funciona bem mas não é fácil de implementar, e o fato de precisar usar o Windows será um grande agravante, pois em caso de falhas será por causa dos usuários - porém será o Linux quem certamente levará a culpa.
E o culpado de mudar para Linux será você, evidentemente.
Você poderá contar com o sucesso do empreendimento SE conseguir convencer os demais a não usar o Windows.
Afinal, PARA QUE o querem? Para que precisam DELE especificamente?
Editar textos, fazer planilhas, navegar na internet, fazer pesquisas?
OpenOffice e BR-Office permitem gravar em formato odf (que é menos perdulário e mais objetivo) e também permite gravar nos formatos proprietários da Microsoft se isso for realmente necessário.
Qualquer um que não seja "bitolado ao extremo" consegue fazer isso em outro sistema qualquer, com outros programas, enfim.
Ninguém precisa especificamente "de Windows" para isso, mas apenas para jogos e para rodar o AutoCad, que acreditamos não ser de forma alguma a tônica da utilização da redinha comunitária.
Um conselho:
Se vai utilizar Windows com thin clients, é também uma boa opção, mas isso custa dinheiro inclusive com o reforço que o servidor deverá ter.
Se quiser prosseguir nessa linha, deixarei para você o link de uma empresa que trabalha com isso e que já publicou anúncio aqui.
Mas prepare-se para vulnerabilidades indesejáveis, pois certamente os usuários vão pretender fazer coisas do arco da velha, como fazem em uma lan house... E aí haja virus, trojans e toda espécie de malware dos quais já estamos livres há muito tempo...
LTSP permite utilizar inteligentemente um bom número de terminais desde que seja para trabalho, produtividade, e não para diversão pura e simples.
Claro que sempre dá para jogar um Frozen Bubbble ou um Paciência à moda KDE, mas sempre lembrando que uma rede comunitária não é uma lan house.
Vantagens do LTSP: Você poderá usar tantos terminais burros quantos queira (que tal aqueles Pentium II - ou até mesmo os Pentium 100 - que estavam encostados?) com apenas 32MB de memória e uma placa de rede Ethernet 10/100 em cada um (é preferível que todas as placas sejam iguais, apenas para evitar possíveis problemas). Ah, e um switch com tantas portas quantas sejam os terminais (e mais alguma folga). Não use hubs.
Existem distros que apresentam mais facilidades que outras para uso em LTSP. A primeira delas foi o nosso Kurumin.
Então, o primeiro passo é necessariamente filosófico, e o segundo então será botar a mão na massa.