Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 12/09/2011 - 17:18h
No século passado, os HDs (até então chamados de "Winchester") vinham com uma tabela de bad blocks, e os técnicos (usuário não botava a mão) utilizavam ou não aqueles blocos.
Para aproveitá-los tínhamos de usar o misterioso "debug" do DOS e informar cada um de seus endereços "na unha".
Essa tabela era feita sob um controle tão rigoroso, que dava para aproveitarmos TODOS os blocos considerados "defeituosos".
Se porventura aceitássemos os tais blocos como "ruins" eles simplesmente eram contornados e desapareciam de qualquer mapa, aparecendo apenas os bons.
O sistema então "saltava sobre eles" e gravava somente nos blocos bons.
E todos viviam felizes para sempre.
Um dia os fabricantes deixaram de fabricar "Winchesters" e instituíram os HDs.
Agora a tal tabela não vem mais para nós pobres mortais; Eles mesmos isolam os tais bad blocks lá na fábrica e é por isso que vemos que deteminados drives vêm com vários valores "configuráveis" para capacidades diferentes (nesse caso, quanto menor a capacidade, mais confiável ele será).
Um bom truque para evitar os prejuízos com os refugos que não são poucos.
Neste exato momento tenho em mãos um curioso HD (Eu juro que ainda depois de morto não vou dizer que é um Fujitsu) que pode ser configurado para ter 2,57GB ou 2,11GB ou 1,70GB ou ainda 1.28GB, que é finalmente como ele funciona melhor.
No momento ele tem gravadas as lembranças de um Kurumin 2.21. que instalei em 2007.
Pois ainda hoje é assim. Existem partes da camada magnética dos discos que apresentam falhas e que ficam sob suspeição nos testes de fábrica.
Os setores detectados como "ruins" não aparecem jamais.
Então dá a impressão de que toda uma área contínua está boa, mas isso nem sempre é verdade, e podem haver várias interrupções ou "buracos" na camada magnética onde a gravação não "pega".
E de onde vem os bad blocks agora detectados pelo nosso PC?
Ahaá!... São os que restaram, são os que ESTAVAM bons, e que agora começam também a se deteriorar.
Como eles não são os primeiros, e seus muitos "irmãozinhos" estão ocultos, quando estes começam a aparecer é hora de correr e fazer um backup "tout de suite", ou seja, "a toque de caixa e a repique de sinos"...
Coisa para ontem!