Neste artigo serão analisados os projetos de implantação do Software Livre em Instituições Públicas através de estudos em diversos segmentos do cenário mundial, como países, órgãos públicos e privados, mostrando exemplos e explicações sobre o por quê, quando e como se pode utilizar o Software Livre.
O Governo de Santa Catarina também incentiva a utilização do Software Livre para todo o Estado. O Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina (CIASC) através da Diretoria de Tecnologia da Informação e Governança Eletrônica do estado assinaram em convênio (em andamento) com a Faculdade Metropolitana de Guaramirim- FAMEG, o desenvolvimento do SC-Famelix, que se trata de uma versão personalizada do Famelix GNU/Linux para a utilização na rede pública do Estado. Como o Famelix é uma distribuição Linux com uma interface semelhante ao principal sistema proprietário, torna mais viável a migração na rede pública facilitando o processo de inclusão digital. E pelo fato de não ter gastos com licenças de software, o governo poderá investir mais na infraestrutura tecnológica estadual.
De acordo com uma pesquisa desenvolvida pela Sociedade para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (SOFTEX), junto com o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), verificaram que das 5560 prefeituras existentes no Brasil, 60 já adotam o Software Livre. Desses 60 municípios a pesquisa analisou 13 municípios com o intuito de levantar experiências adquiridas durante o processo de introdução e migração e aspectos positivos e negativos deste processo.
Os 13 municípios analisados são: Amparo (SP); Belo Horizonte (MG); Campinas (SP); Manaus (AM); Petrolina (PE); Piraí (SP); Porto Alegre (RS); Recife (PE); Rio das Ostras (RJ); Sobral (CE); São Paulo (SP); Solonópole (CE); e Viamão (RS).
Tendo sido analisadas prefeituras de pequeno, médio e grande porte, as variações de resultados giraram em torno, principalmente, da questão dos legados, ou seja, os programas e sistemas informatizados adotados anteriormente ao início do processo de implantação do SL. Em sua maioria, "as grandes prefeituras tiveram de se defrontar com dificuldades relativas aos investimentos já realizados e contratos estabelecidos com as empresas fornecedoras". Já nas pequenas prefeituras, houve facilidade para a implantação dos SL, pois não tinham legados - por possuírem pouco ou nenhum recurso para a implantação. (Giancarlo Stefanuto, coordenador de planejamento e estudos da SOFTEX. 2004).
[1] Comentário enviado por lord_roxton em 15/01/2007 - 10:26h
Muito boa análise sobre a utilização de software livre em órgãos públicos!
São os que deveriam dar o exemplo, pois é dinheiro público dos impostos que está sendo gasto com software proprietário onde muitas vezes existem alternativas de softwares livres!
[2] Comentário enviado por jr_vasc em 15/01/2007 - 12:02h
Muito interessante, trabalho na Bahia com um programa que é o maior da América Latina em inclusão digital todo baseado em software livre.
Faço parte da equipe de Suporte, me sinto feliz por ver que o governo investe, mesmo que muito pouco ainda, nessa nova realidade, muito dinheiro que seria gasto com a implementação de softwares proprietarios pode ser alocado para outras camadas carentes da sociedade em geral, muito interessante mesmo.
Parabéns.
[8] Comentário enviado por fhespanhol em 26/01/2007 - 07:27h
Eu acho que para o software livre ser implementado com seriedade os pensamentos radicais e excludentes devem ser deixados de lado. Substituir um S.O como o Windows que tem grande carisma entre usuários comuns devido a sua facilidade de operação leva tempo, ainda mais em um pais onde encontramos programas a R$5,00 em cada esquina e a fiscalização é praticamente inexistente.
Porém várias empresas já estão acordando para o fato de que é bem mais prático ter um S.O gratuito que executa as mesmas funções do Windows, bastando para isto dar treinamento a seus funcionários e ir substituindo os S.Os gradativamente.
Contudo no ambiente doméstico só os Linux baseados no Knopix e em Debian garatem um ambiente amigável o suficiente para garantir a migração, para o processo ser completo desenvolvedores deviam criar um modo de jogos para Windows rodarem também em Linux com facilidade e criar um modo de periféricos se comunicarem com o micro automaticamente, afinal não era esta a proposta inicial do Java? Fazer com que todos os equipamentos domésticos conversassem entre sí?
[10] Comentário enviado por jlmc1 em 17/09/2010 - 19:55h
Sou militar e trabalho na seção de informática do meu Batalhão, e em cumprimento ao plano de migração do Exercito Brasileiro, em 1 (um) ano foi migrada todas as maquinas de Windows para Linux Ubuntu. Esse processo se deu primeiramente com a substituição das ferramentas offices ( msoffice para broffice) e depois a substituição do sistema de Windows XP para primeiramente para a distribuição Kurumin 7 e depois para Ubuntu sendo uma distribuição mais amigável que permite ate a utilização de temas parecidos com o Windows facilitando uma maior aceitação do usuário. Tudo foi planejado para que a migração acorresse de uma forma suave e tranqüila com inicialmente problemas de resistência dos usuários, mas superadas pelas facilidades que a ambiente desktop Linux trás na atualidade nos tornando uma das poucas unidades do Exercito Brasileiro a migra 100% para Linux sendo que a seção de informática já teria migrado a mais de 5 (cinco) anos utilizando a distribuição Debian. Resultado disto:
0 (ZERO) problemas de vírus perda de arquivos formatação de computadores queda se serviços da rede sendo os servidores Linux mais leves e robustos.