Boot Linux - o que acontece quando ligamos o computador

O artigo tem como objetivo principal mostrar as particularidades que envolvem o processo de boot (inicialização) do sistema operacional GNU/Linux.

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Por: Luiz Vieira em 13/07/2009 | Blog: http://hackproofing.blogspot.com/


Organização do Boot do Linux



Sobre o BIOS

Em nossos PCs encontramos na placa mãe um chip (figura 1 e figura 2), no qual há um firmware (programa gravado permanentemente em um chip de memória). Ao observarmos a memória RAM do computador verificamos que o espaço de memória compreendido entre os primeiros 640 KB, que é onde termina a memória real, e os 1024 KB, onde começa a memória estendida, é justamente reservado para carregar esse programa antes de sua execução.

O programa é originalmente gravado de forma compactada no chip de memória flash instalado na placa mãe, quando o computador é ligado esse programa é detectado, carregado e descompactado no espaço da memória RAM mencionado acima, reservado para essa finalidade (esse espaço de memória é conhecido como shadow RAM).

Esse programa é chamado de BIOS Basic Input/Output System (Sistema Básico de Entrada/Saída), o BIOS é responsável por fazer a contagem da memória RAM, detectar rapidamente os dispositivos instalados e por fim carregar o sistema operacional principal a partir do HD, CDROM, disquete, rede etc. Este procedimento inicial é chamado de POST (Power-on self test).
Linux: Boot Linux - o que acontece quando ligamos o computador
Figura 1
Linux: Boot Linux - o que acontece quando ligamos o computador
Figura 2
Existe um projeto para substituir o BIOS da placa mãe por uma versão compacta do Kernel do Linux, esse Kernel deve ser capaz de executar as mesmas funções originais do BIOS de uma forma confiável e flexível. Você pode saber um pouco mais sobre esse projeto no link abaixo:

Componentes essenciais para o boot

Voltando ao processo de inicialização do computador observa-se que, depois de fazer a parte principal do seu trabalho (inicialização do hardware), o BIOS carrega o sistema operacional. Esse processo ocorre do modo seguinte: o BIOS lê o primeiro setor do disco rígido, esse setor é chamado de "Master Boot Record" (MBR), é também conhecido como trilha zero ou trilha MBR, nesse setor do disco encontra-se um bootstrap que é um pequeno software que ocupa apenas 446 bytes, o bootstrap tem a função de instruir ao BIOS como encontrar no HD o endereço do gerenciador de boot. Como cada setor do HD tem tamanho de 512 bytes, nos outros 66 bytes do setor MBR também é gravada a tabela de partições, essa tabela guarda informações sobre onde cada partição do HD começa e termina.

Lilo e grub, tratam-se de gestores de boot mais usados no GNU/Linux, têm como função dar-nos a escolher qual dos vários sistemas operativos instalados no PC queremos iniciar, qual o pré-definido para arrancar automaticamente, quantos segundos até arrancar automaticamente etc.

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Páginas do artigo
   1. O Boot
   2. Os gerenciadores do boot
   3. Organização do Boot do Linux
   4. O Boot no Linux - Conclusão
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Comentários
[1] Comentário enviado por darkhscosta em 15/07/2009 - 22:38h

Muito bom o artigo Luiz. Apesar de não haver entrenós intimidades ou familiaridades, venho com certa liberdade lhe dizer q se trata - dentro de meu leigo conhecimento - de um material de referência muito claro e eficiente, tanto para leigos como também acho que os mais experientes também o podem colocar num "post-it" para eventual consulta.

Parabéns!

[2] Comentário enviado por BrunoEstevao em 03/05/2010 - 11:22h

Opa... Muito legal seu artigo. Simples e explica bem
Valeu,

Bruno Estevao
www.sempihost.com.br

[3] Comentário enviado por nicolo em 27/01/2011 - 07:45h

Apenas curiosidade:
O dicionário americano de etmologia define o termo boot como muito antigo (middle english). Basicamente significa botas ou sapatos curtos em contraste com a s botas longas.
Foi utilizado em 1944 para inicialização de recrutas "boot camp", como gíria para colocar as botas pela primeira vez.
Segundo o dicionário de etmologia (origem das palavras) o termo original pode ter vindo do germânico ou norse (escandinavo antigo), também do grupo germânico.

Quando utilizado em informática o termo já existia.


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