O GNU/Linux é um sistema operacional apaixonante, e uma das suas características que mais me encantam é o poder que ele dá aos seus usuários de customizá-lo ao extremo. Cada usuário pode adaptar e personalizar o seu sistema de acordo com o seu gosto. Essa é uma liberdade imprescindível para nós, tanto que para mim, já é inconcebível usar um sistema que não me permita ao menos mudar a sua interface gráfica.
Acho que dentre todas as distribuições Linux, o Slackware é uma das que mais se destaca, em se tratando de personalização do sistema, é o Slackware. Talvez ele não seja tão customizável quanto às famosas meta-distribuições, mas a simplicidade na sua organização e a clareza na forma em que funciona, o torna a distro perfeita para quem quer iniciar um aprendizado mais profundo sobre o sistema que está a rodar em sua máquina.
Você pode customizá-lo, em três momentos diferentes:
1° Com o Slackware já instalado, onde você começa a modificá-lo diretamente em seu HD.
2° Durante a instalação, onde você pode selecionar apenas os pacotes que lhe interessam, e modificar mais alguns parâmetros de configuração.
3° Diretamente no DVD de instalação, onde você personaliza a mídia contendo a distro, e já a instala com as suas devidas personalizações.
Neste trabalho, irei abordar apenas a última opção. Ou seja, mostrarei alguns passos simples para que você possa fazer uma customização básica do DVD do Slackware, de modo que você passe a ter um CD/DVD contendo apenas o que você quer, podendo tanto retirar pacotes desnecessários, quanto adicionar programas que não são disponibilizados no DVD de instalação padrão do Slackware.
Acredito que essa seja a maneira mais simples de se personalizar uma mídia de instalação de alguma distro Linux. Enquanto algumas distros oferecem alguns ótimos serviços online e outras oferecem programas gráficos onde o usuário faz a sua personalização com alguns poucos cliques, o Slackware não traz nenhuma dessas facilidades, porém acho que dá um poder de customização muito maior ao usuário.
Neste artigo eu vou me conter apenas em mostrar como se faz a adição e remoção de pacotes, bem como a devida edição dos menus de seleção de pacotes do Setup do Slackware. Justamente por isso, esse artigo é voltado para os usuários ainda inexperientes em Slackware, ou que nunca tenha se aventurado na customização do seu DVD.
Não irei dar nenhuma indicação de pacotes que podem ou que não podem ser retirados do DVD do Slack (isso eu mostrarei no meu próximo artigo), vou apenas mostrar os passos para retirar e adicionar os pacotes que melhor convierem para o leitor.
Gostaria de salientar que, algumas das informações que usei para escrever este artigo, eu achei na internet e citei as suas respectivas fontes no final. Porém algumas das informações tratadas neste texto, eu não achei nada na internet, e precisei descobri-las sozinho, o que pode acarretar em algum engano da minha parte, informações insuficiente ou até mesmo equivocadas. Peço que, caso eu cometa algum engano, o leitor se sinta à vontade para me corrigir nos comentários.
[1] Comentário enviado por removido em 04/05/2011 - 19:47h
O processo é complexo e requer muita atenção na inclusão/remoção de pacotes.
Quando via por aí esses métodos de customização, achava muito complicado pelo jargão utilizado, mas você simplificou tudo.
A forma simples mas didática de expor a técnica, ajuda quem tem pouca experiência e quer customizar seu 'preguiçoso'.
Uma coisa, a mesma dúvida que tinha continua, e justamente na fase de criação da ISO.
O último comando deve ser feito numa única linha seguido de <enter> ou é uma linha por vez?
[2] Comentário enviado por levi linux em 04/05/2011 - 19:48h
O mais impressionante no slackware é sua EXTREMA capacidade e simplicidade de personalização, muito embora alguns processos sejam um pouquinho trabalhosos.
Mas gostaria mesmo de dar os parabéns pelo excelente artigo.
[3] Comentário enviado por removido em 04/05/2011 - 21:04h
Olá Izaías
Muito obrigado pelo elogio. Na verdade, eu acredito que não simplifiquei nada, pois o Slackware, por si só, já é simples, quem complica é o usuário e alguns que querem assustar os outros usuários menos experientes.
Sobre o comando, vc deve copiá-lo e colá-lo no terminal todo de uma vez, do jeitinho que ele aparece no artigo
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Levi, você disse tudo: o Slackware as vezes é trabalhoso, mas não é difícil.
[6] Comentário enviado por removido em 05/05/2011 - 07:50h
Olá alberto
Acho que pra eu ser um fera, falta muito heheheh
Mas muito obrigado pelo incentivo.
Eu acho que esse artigo pode sim, ser adaptado para várias outras distros. Talvez nas outras distros não seja tão simples quanto no Slackware, mas acho que muita coisa dá pra adaptar. Ifelizmente não posso ter certeza disso, pois nunca fui um cara multidistro rsrsrs, só venho usando Slackware e ubuntu mesmo.
[9] Comentário enviado por brunotec em 05/05/2011 - 13:36h
Ótimo Artigo!
pena que eu ultimamente não estou tendo muito tempo para mecher com Slackware pois esse artigo seria uma mão na roda para eu personalizar ele e deixar somente o lxde(leve) com apache,mysql, e etc..
Em um Lab que montei aqui em casa no VB onde todas estações não tinham ambiente gráfico e só em modo de texto tive um grande surpresa com o Slack pois foi a distro que teve o menor consumo de memória! muito leve!
[10] Comentário enviado por removido em 05/05/2011 - 15:12h
Olá Bruno,
Ano passado, dediquei algum tempo ao estudo do DVD do Slackware, e estou preparando um artigo com as descrições das categorias e pacotes mais importantes, além de algumas indicações de pacotes que podem ser retirados, para deixar o seu Slackware enxutinho da silva. Acho que esse artigo, já pode adiantar o lado de quem quer se aventurar na busca pelo seu "próprio Slackware".
Mas o tempo tem me sido escasso, não sei se conseguirei terminar esse artigo :(
Porém vou fazer uma forcinha para terminá-lo :D
[11] Comentário enviado por ricardoolonca em 06/05/2011 - 09:58h
Vocês acham esse procedimento de customização simples? Imaginem como seria trabalhoso atualizar todos os pacotes do Slackware dessa maneira. E se uma nova versão de um aplicativo depender de uma atualização em uma biblioteca, que afete outros sistemas? Pesquisar cada nova dependência, alterar cada grupo e cada pacote. Vai me desculpar, mas não é fácil, não! Bem mais fácil é customizar uma distro live. Se for baseado em Debian, como o Ubuntu, um simples apt-get resolveria.
[13] Comentário enviado por pinduvoz em 06/05/2011 - 22:30h
Nada no Slackware é feito sem trabalho.
Com ele, muitas vezes, somos obrigados a digitar comandos ou editar algum arquivo de texto em vez de simplesmente dar cliques no mouse.
Por isso que é preciso gostar do Slackware para usá-lo no dia-a-dia, mas não porque ele é difícil e é preciso se esforçar para aprendê-lo, mas porque sempre dá algum trabalho mantê-lo ou deixá-lo do jeito que queremos.
Quanto ao artigo, é realmente muito bom. Aliás, é um dos bons artigos sobre o Slackware escrito por um ex-ubuntero que vem nos brindando com excelentes contribuições.
[15] Comentário enviado por removido em 10/05/2011 - 07:50h
Olá grande Pinduvoz, receber um incentivo de um cara como vc é incentivador (não que o incentivo dos outros amigos não seja igualmente valioso)
Realmente, é preciso gostar do Slackware para usá-lo no dia-a-dia, pois não existe outro jeito, ou você o estuda para fazer um bom uso dessa ferramenta ou você simplesmente desiste. Por mais que hoje exista o Slapt, o Slackpkg e CIA, o Slackware não é um Debian ou Ubuntu, ele tem seu próprio jeito de funcionar. Não é difícil, só é um pouquinho trabalhoso, mas no final tudo vale a pena.
Na verdade ainda sou Ubunteiro de carteirinha, pois o Ubuntu é a distro que uso no meu trabalho (eu e os 450 alunos da minha escola com seus laptops). O Slackware vem sendo muito mais um hobby que me permite estudar o Linux um pouco mais a fundo. Hoje em dia, me sobra muito pouco tempo, para que eu eu realmente possa usá-lo como desktop.
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Celso, tb sofro do mesmo mal rsrsrs
Queria baixar o novo Slackware, mas tive que parar o download, acho que vou baixá-lo em cds, pois aí eu baixo só os três primeiros cds rsrsrsrs
[16] Comentário enviado por removido em 12/05/2011 - 02:03h
Ufa, enfim chegou! :)
Gedimar, o que pretendo fazer é retirar programas diretamente ligados a controle ou acesso remoto, vnc, krfb, krdc, etc. Uma coisa bem paranoica mesmo, compreende? kk
Acho que dá, né? Você sabe quais deste gênero, além destes que citei, o Slackware tem?
E será que é possível agregar o Gnome? Caso não seja, instalarei depois. Sem problema.
[17] Comentário enviado por removido em 12/05/2011 - 08:37h
Olá Celso
Sobre o Gnome, é perfeitamente possível agregá-lo. É só baixar os seu pacotes no Slackbuild e adicioná-los ao seu DVD, da mesma maneira que eu expliquei como acontece a agregação do LXDE na página 4 do artigo. Mas lembre-se que o GNOME possui dezenas de pacotes, portanto, se vc quer que cada um deles apareça no Setup do Slackware, vai ter um pouquinho de trabalho rsrsrs. Mas não deve ser nada demais para quem gosta do Slackware :D
Sobre os programas que vc citou, não lembro agora de cabeça, quais são os pacotes referentes à eles. Vou dar uma olhada e se descobrir alguma coisa, lhe passo.
É um pouquinho chato, iniciar uma customização do Slackware, pois você nunca sabe exatamente o que tirar, de início. Mas quanto mais enxuto ele vai ficando, mais fácil fica para gerenciá-lo. É por isso que quero terminar o meu artigo sobre a descrição das categorias e dos principais pacotes, para dar as primeiras orientações para aqueles que querem enxugar o seu Slackware, para que eles saibam o que pode e o que não pode tirar. Que Deus me ajude nessa empreitada hehe.
[19] Comentário enviado por williamcosta em 31/07/2011 - 20:49h
Tentei aqui no slackware 13.37, abri os tal de arquivos tagfile, maketag e maketag.ez com o editor, e me apareceu apenas codigos , não apareceu em arquivo como esse que postou aqui.
o editor não é, pq usei todos que tenho instalado aqui, o resultado foi o mesmo, e também tentei abrir como root e usuario comum, mais também da o mesmo resultado (arquivo em codigos)
[22] Comentário enviado por removido em 26/02/2012 - 12:19h
Olá Josimario,
Na época em que eu escrevi esse artigo, eu era professor de Xadrez, e um dos meus hobbys era o slackware.
Mas logo em seguida eu voltei a ser professor de informática, comecei a trabalhar no ProUCA de Brusque.
Isso mudou o meus rumos, fui obrigado e deixar o Slackware de lado para desenvolver uma remasterização do Ubuntu, o UbuntUCA. http://www.ubuntuca.com.br/
Hoje, por motivos profissionais, infelizmente não tenho condições, nem tempo de voltar a usar o slackware.
[23] Comentário enviado por leoCCB em 01/04/2013 - 15:59h
Muito bom esse artigo.
É através de materiais como este que a distro vai se popularizando cada vez mais, pois um leigo como eu que nunca fez nenhum curso de linux na vida não teria chance nenhuma de se envolver e aprender simplesmente por tentativa e erro, (embora eu faça muito isso)